A VISÃO, A ÉTICA E O DIREITO

 

O mais importante sentido do ser humano é a visão, responsável pelo fornecimento da maioria dos estímulos que nos relacionam com o meio ambiente. Como a ética nos meios de comunicação a visão parece ser tão natural que chega a ser esquecida pelos profissionais de comunicação em todos os níveis. Nas universidades a matéria ética é repudiada pelos alunos que não querem organizar um determinado conjunto de idéias e ligá-las a uma tendência doutrinal, elegendo-a como prazer a finalidade de agir de cada ser humano. A verdade é que a ética tem por objetivo não conter natureza puramente normativa, não se dedicando exclusivamente à compreensão do dever de ser ético, pois “ética não é coisa que se ensina”, esta é adquirida ou formada por cada indivíduo que deverá empregá-la na forma que melhor lhe convir. Entretanto deve haver algumas normas morais que fazem parte das preocupações do saber ético.

 

Isso significa dizer que conceituar ética já leva à conclusão de que ela não se confunde com moral, embora estejam ligadas pelo laço do matrimônio, ou seja, uma teoria de costumes. Já a moral não é ciência e sim objeto de ciência, visto que como a ciência a ética procura extrair dos fatos morais os princípios gerais a ele aplicáveis. Por isso, admitimos que o conteúdo de normas éticas tem em vista o que a experiência registrou como bom ou mau, como o que é capaz de gerar felicidade e infelicidade, como sendo o fim e a meta da ação humana, e como virtude e vício. Ressalva-se que a necessidade da comunicação da ética e de tamanha grandeza, pois evita que fatos banais como o “Big Brother”, por exemplo, sejam manchetes nos principais noticiários da TV, afastando assim da sociedade a capacidade de pensamento. “Hoje, o jornalismo aético é aquele que domina a mídia atual”, disse Alberto Dines. A verdade é que Dines acredita que a ética não é estável e nem homogênea em sua totalidade.

 

Se o saber ético é importante para atingir um conceito pessoal do que realmente seja ética para cada ser humano, até porque a ética é algo perssonalíssimo e, o saber ético estuda o agir humano. Diante disso é que muitos filósofos arriscaram discutir ética. Sócrates, por exemplo, tem um pensamento de ética profundo revestido de preocupações éticos-sociais que traduz uma linha teleológica, que mesmo na sua condenação questiona que ética é coletivo acima do individual, que mais tarde foi seguido por Platão.

 

Retomando o que seria o real e verdadeiro sentido ético, Epicuro de Samos – 341/270 AC -, ensina que a sensação e a percepção humana a partir de coisas visíveis, como também das invisíveis, nos faz compreender o real sentido ético, pois essas sensações desempenham fundamental papel para o homem. Sem muitas delongas seria uma falta de ética deixar de citar Emmanuel Kant – 1724/1804 -, que tem um pensamento revolucionário de ética no sentido que inaugura um conjunto de preocupações muito peculiares, que não se confundem com as preocupações teleológicas  tão defendida por Sócrates. De acordo com Kant, todos os homens são dotados, pelo só o fato de serem racionais e, por isso, devem conduzir suas condutas éticas.

 

(*) é advogado, jornalista, radialista, professor universitário (FASER – Faculdade Sergipana) e mestrando em ciências políticas. Cartas e sugestões deverão ser enviadas para a Av. Beira Mar, 3538, Edf. Vila de Paris, Bloco A, apto. 1.201, B. Jardins, Cep: 49025-040, Aracaju/SE. Contato pelos telefones:  079 3042 1104 // 8807 4573/. E-mail:  faustoleite@infonet.com.br

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