Já é mais que chegada à hora em que o ser humano necessita aprender a ter uma relação harmoniosa e agradável com o elemento denominado “Poder”. Muitos são os que diariamente reclamam da arrogância aplicada por alguns magistrados no trato com os cidadãos, onde vez por outra é demonstrada uma má-vontade em ouvi-los ou em buscar compreender as razões que o levaram a praticar um simples descuido, e provocar complicações intermináveis para quem sempre teve uma vida marcada por um comportamento saudável sem agressões ou transgressões. Histórico que por si só deveriam servir com elementos de análise, para que um cidadão não fosse punido severamente por atitudes banais, ou simplesmente porque não teve a oportunidade de dizer diretamente ao juiz que ele está sendo vítima de uma armação, por quem possui interesse e influência suficiente para vê-lo condenado. Principalmente quando a parte que lhe acusa é alguém que possui autoridade constituída na esfera policial ou até mesmo judiciária. A realidade é que a arrogância e a insensibilidade demonstrada por alguns no exercício de uma função que lhe permite possuir a última palavra na decisão de uma questão, seja ela de qualquer natureza, não está dissociada dessa falta de habilidade em conviver com o elemento denominado “Poder”. A ação dos policiais que prenderam dois sindicalistas que estavam coordenando um movimento grevista, ao ser analisada pela justiça, poderia até em última instância ser considerada arbitrária e ensejar a recomendação de punições severas aos policiais que a efetuaram. Mas o fato do governador se antecipar ao julgamento do judiciário e mandar para a reserva oficiais que não possuem envolvimento com o crime, que não têm os seus nomes associados às ações desabonadoras e que receberam investimentos públicos nas suas formações, caracteriza-se como abuso de poder e é voz corrente em todo o Estado de Sergipe, que a atitude foi insensata e deslocada da instância adequada. Transparecendo que a decisão foi adotada para contemplar objetivos políticos e eleitorais, situação que a sociedade começa a ter dificuldade em aceitar como oportuna e acertada. Um velho ditado revela que: “Errar não é crime, crime é permanecer no erro”. E se o governador tiver ao seu lado assessores capazes de lhe fazer colocar os pés no chão, com certeza vão lhe recomendar que reavalie a decisão adotada, como forma de demonstrar que mesmo possuindo o “Poder” de ser o condutor maior dos destinos econômico, social e administrativo do Estado de Sergipe, ainda é possível conviver com o sentimento de humildade e sensibilidade humana. Os oficiais são cidadãos decentes, são pais de família, estavam no cumprimento de suas atividades laborais, e a justiça que é o foro adequado, ainda não se pronunciou atestando que cometeram arbitrariedade ou que praticaram abuso, justamente o abuso de “Poder”. Autoridade I Em entrevista ao radialista George Magalhães, na rádio Atalaia, o governador João Alves Filho (PFL) voltou a afirmar que no episódio dos oficiais da PM enviados para a reserva apenas exercitou a autoridade dele. “Porque este não é o procedimento da nossa briosa Polícia Militar e estes policiais não perderam nada com a aposentadoria”, avaliou o governador. Autoridade II O silêncio da Igreja Católica e do Conal é ensurdecedor com relação ao problema envolvendo os três oficiais da polícia que foram mandados para a reserva pelo governador João Alves Filho. Ultimato I O ex-governador Albano Franco tem apenas até sexta-feira para decidir se é ou não é candidato ao Senado Federal. O ultimato foi dado pelo pré-candidato ao governo, Marcelo Deda na “confissão” que os dois fizeram em Canindé na última segunda-feira. Deda gesticulou muito com Albano e deixou claro que ele tem que decidir logo ou então deixar a vaga para Zé Eduardo. Ultimato II Ontem o ex-governador Albano Franco e o governador João Alves Filho tiveram uma conversa reservada na residência do secretário da Indústria e Comércio, Tácito Faro. No muro I Como bom tucano o prefeito de Estância Ivan Leite, disse ontem – em entrevista concedida a Gilmar Carvalho, da FM Sergipe – que é uma pena não se concretizar a aliança entre João Alves e Albano Franco. Ivan demonstrou que está em cima do muro quando perguntado se votará em Maria do Carmo ou Albano Franco para o Senado, se o ex-governador concretizar a candidatura. “É um fato novo que muda o panorama das candidaturas majoritárias em Sergipe”, entende. No muro II Ivan lembrou que no início defendeu que Albano fosse o candidato a senador com o apoio do PFL, porém as pesquisas mostraram que a senadora Maria do Carmo não tinha como explicar uma desistência para o eleitorado. “Depois Albano ensaiou uma candidatura a deputado federal”, disse Ivan que reconhece a importância política de Albano em Sergipe e no país, mas também ressalta o grande trabalho que vem sendo realizado em Estância por João Alves e Maria do Carmo. Socorro Em Socorro, apesar das notícias na imprensa de que o prefeito José Franco pode mudar de rumo e não apoiar mais a candidatura de Zezinho Guimarães a deputado federal, vários vereadores já demonstraram que não seguem o pensamento do prefeito e fecharam questão com o candidato do PSC. Certo I Ao embarcar ontem para Brasília para participar da sessão da Câmara dos Deputados, Mendonça Prado (PFL) – em entrevista ao programa apresentado por Fábio Henrique na rádio Atalaia – foi correto ao dizer que os presidentes do Senado e da Câmara se equivocaram ao marcar uma sessão para ontem, no dia do jogo do Brasil, ameaçando de cortar o ponto de quem faltar. A imagem do Congresso está tão desacreditada que essa atitude foi meramente demagógica. Certo II Mendonça Prado voltou a afirmar que votará em Heloisa Helena para presidente da República, se não ocorrer à aliança em Sergipe entre o PSDB e o PFL. “Não é justo que o PFL em Sergipe faça todo esforço para eleger um presidente do PSDB, quando os tucanos do estado não façam o mesmo esforço para eleger um pefelista para o governo estadual”. Prado entende que as propostas de Heloisa Helena se identificam muito com o povo sergipano, como por exemplo, a posição clara contra a transposição do rio São Francisco. Nomeação I Ontem a deputada Ana Lúcia fez um discurso pedindo a nomeação das mulheres médicas que passaram no concurso da PM de Sergipe. Segundo Ana Lúcia está ocorrendo discriminação por questões de sexo, já que muitas delas passaram até em primeiro lugar, mas todas foram desclassificadas na força física. Nomeação II Segundo Ana Lúcia numa atitude suspeita a Polícia Militar aplicou o mesmo teste físico dos homens às mulheres. “Isso é ilegal. Não se pode tratar desiguais de forma igual”, denunciou a deputada Ana Lúcia, e lembrou ainda que as atividades que as mulheres médicas vão utilizar na Polícia Militar não necessita de uso da força física. Frase do Dia “Que ironia! Nostradamus errou e junto com ele, Marco Aurélio Mello. O dia da Besta, pelo visto, virou o dia dos bestas (nós, brasileiros)”. Do jornalista André Barros ao criticar o recuou do presidente do TSE, na questão referente a verticalização.
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