Acabou a vaga do bom

Quem quiser se dá bem no mundo atual, tempos de altíssima especialização tecnológica e profissional, deverá estar ciente de que a preparação, o estudo, a cooperação e a ética serão as suas melhores armas.

Querer, aprender, ser honesto e, de fato, saber fazer, representará, nesse momento, a grande idéia que deverá ser perseguida por aqueles que aspiram ao sucesso na vida.

Em contrapartida, aqueles que se guiarem pela manha, pela má vontade, pela desonestidade, pelo engodo, pelo “armengue”, pelo artifício e, sobretudo, pela falta de participação e comprometimento, estarão fadados a serem sempre relegados a segundo plano.

O mundo atual está de tal forma, seletivo e instrumentalizado, que expurgará para a vala dos comuns aqueles que se aventurarem nas águas turvas do “levar vantagem em tudo”, sem a devida contrapartida do esforço, da preparação e do trabalho. 

Não é que o mundo esteja pior do que há dez ou vinte anos. Não. Muito pelo contrário. Está muito melhor. Nunca houve tantas oportunidades como as que temos hoje.

É que acabou a vaga do bom, daquele que enganava até a si próprio, dizendo: “chá comigo, tá comigo, tá com Deus, o papai aqui é muito bom nisso”. Era. Não é mais, hoje você não tem mais espaço.

Neste momento, estamos, com absoluta certeza, anos luz à frente, no quesito “chance”, se compararmos com o passado.   Hoje, ninguém, por menos que tenha, pode justificar, com muita razão, que não tem condições favoráveis para se preparar para o futuro, para a vida.

As escolas, mesmo ainda um pouco deficitárias, abundam. O ensino superior e técnico também já é uma realidade mais presente. Os cursos preparatórios, técnicos, as faculdades e universidades proliferaram de tal modo que não há mais justificativas para os comodistas argumentos como justificativa, alegando que : “não estudei porque os políticos não ajudaram, porque nasci na cidade tal, porque…” Pode colocar a alegativa que quiser. Porém, desculpe, sabemos que tudo é uma questão de B. V. (boa vontade), quem quer faz quem não quer arranja uma desculpa.

Convenhamos, ressalvadas raríssimas exceções, sobretudo considerando a extensão do nosso país de proporções continentais, em alguns lugares perdidos nos mais longínquos rincões deste interiorzão de meu Deus, de fato a demanda ainda não é satisfatoriamente atendida.Disso sabemos, todavia sabemos também que não são muitos esses lugares. 

Sabemos também, é claro, que o nosso sistema ainda não é o ideal, temos de melhorar muito a qualidade e aumentar a quantidade de nossas escolas. Isso é também outra verdade, todos nós concordamos.

No entanto, tornou-se  mais urgente ainda entendermos que todos nós: pais, professores, famílias e sociedade, atentemos para o fato de que temos obrigações de colocar nas cabeças de nossos filhos/estudantes que eles são capazes, que eles podem, que é possível, que o esforço vale a pena, que, se persistirem, conseguirão.

É necessário que aprendamos a validar mais as iniciativas e penalizar menos o que chamamos de erros da criançada, para que cresçam acreditando neles próprios. É imperioso que os incentivemos mais a fazerem o certo da primeira vez.

É urgente que aprendamos a lidar com a alta estima da garotada para que eles cresçam cultivando atitudes de vencedores e não de perdedores. Para que tenham disposição e consciência de que devem fazer o melhor, – os seus melhores. É necessário que eles acreditem que haverá um futuro, um bom futuro para aqueles que derem um pouquinho a mais de si próprio para conseguir alcançar seus objetivos. Que seja um emprego, ou negócio.

O futuro está aí, batendo na nossa porta a cada amanhecer, e ele será sempre melhor para aqueles que construírem no hoje, no aqui e agora, o seu presente para o amanhã.

PENSE NISSO

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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