Cinco anos se passaram desde a memorável noite de 9 de dezembro de 1994, na sede da Somese, quando foi instalada
ASM nos 10 anos: Hamilton, Roberto Santos, Paes, Eduardo e Gileno Lima |
oficialmente a Academia Sergipana de Medicina. Estamos agora em 1999. Por uma deferência dos queridos confrades, à frente Gileno Lima, fui eleito como terceiro presidente da entidade, em março desse ano. Meses depois, mais precisamente em outubro, assumi em paralelo a recém-criada Diretoria de Economia Médica da Associação Médica Brasileira, atendendo convite do Dr. Eleuses Paiva. Essa nova atribuição, no entanto, não foi suficiente para diminuir o meu entusiasmo com a nossa Academia.
Alguns fatos merecem destaque nesse período: a filiação à Federação Brasileira de Academias de Medicina – FBAM -, graças ao decisivo apoio do Dr. Waldenir de Bragança, que veio a Sergipe especialmente para fazer a entrega oficial do diploma legal. Destaco também a realização, em Aracaju, de 4 a 9 de maio de 2001, do Encontro Nacional das Academias de Medicina, com a ilustre presença do presidente da Academia Nacional de Medicina, professor Aloysio de Salles Fonseca e de diversos presidentes de academias de medicina de todo o país, inclusive o da FBAM, o Dr. Ary de Christan, do Paraná.
Nesse mandato, a academia obteve o título de Utilidade Pública Municipal, graças a projeto da vereadora Jane Melo, sancionado em lei pelo prefeito de então, o saudoso governador Marcelo Déda, que compareceu pessoalmente à sede da Academia, acompanhado do seu vice- prefeito Edvaldo Nogueira, para fazer a entrega do documento.
Ainda em nossa administração foram eleitos e empossados os acadêmicos Henrique Batista e Silva, na Cadeira 31 – Patrono: Paulo de Figueiredo Parreiras Horta; Antônio Samarone, na Cadeira 32 – Patrono: Renato Mazze Lucas; e Manoel Hermínio de Aguiar Oliveira, na Cadeira 33 – Patrono: Roosevelt Dantas Cardoso Menezes, todas as posses ocorrendo em 2001.
Uma sessão solene marcou a homenagem aos acadêmicos falecidos Antônio Garcia Filho e Antônio Fernando Dantas Maynard, que foram saudados pelos acadêmicos Francisco Prado Reis e Luiz Hermínio de Aguiar Oliveira, respectivamente. Trouxemos a Sergipe os professores Antonio Carlos Lima Pompeo e Carlos da Silva Lacaz, que proferiram conferências magistrais. Ambos foram homenageados com títulos honoríficos da Academia.
O acadêmico Hyder Bezerra Gurgel, membro fundador da cadeira de número três, que tem como patrono Augusto Leite, sucedeu-me no comando da Academia Sergipana de Medicina, de 2001 a 2003. Na sua administração, em 2001, ocorreram as posses das acadêmicas Déborah Pimentel, na Cadeira 34 – Patrono: Theotonílio Mesquita; e Geodete Batista, na Cadeira 37 – Patrono: José Machado de Souza.
De 2003 a 2005, ano comemorativo do seu primeiro decenário, a Academia foi conduzida pelo médico Eduardo Antônio Conde Garcia, cientista e ex-reitor da UFS. A sessão solene para celebrar o 10º aniversário foi marcante e contou com a presença do renomado professor Antônio Paes de Carvalho (RJ), da Academia Nacional de Medicina, a quem lhe foi conferido, na oportunidade, o título de Sócio Emérito. Da Bahia, desembarcou uma delegação de dez médicos, liderada por Thomaz Cruz, então presidente da congênere baiana e orador oficial da sessão. Entre os baianos, as presenças de Geraldo Milton da Silveira, Antônio Jesuíno Neto, Roberto Santos ( ex-governador da Bahia), do casal Zilton e Sonia Andrade, de Rodolfo Teixeira, Nelson Barros, Aleixo Sepúlveda e José de Souza Costa.
Na administração de Garcia foram empossados os acadêmicos Marcos Ramos Carvalho, na Cadeira 30 – Patrono: Octávio Martins Penalva e Antonio Carlos Sobral Sousa, na Cadeira 38 – Patrono: Walter Cardoso. Fato marcante para a preservação da memória da medicina sergipana foi a confecção de uma placa de bronze contendo os nomes de todos os professores pioneiros da Faculdade de Medicina de Sergipe, com suas respectivas disciplinas. Essa histórica placa encontra-se afixada na sede da Sociedade Médica de Sergipe, em posição de destaque. A Academia de Medicina da Bahia também foi homenageada, sendo agraciada com uma placa de bronze em agradecimento pela sua participação na fundação da coirmã sergipana. Nesse período foi comemorado o centenário de nascimento do patrono da Cadeira 4, Benjamim Alves de Carvalho e a Academia obteve o Título de Utilidade Pública Estadual, por propositura da deputada Angélica Guimarães e lei sancionada pelo governador João Alves Filho.
Com participação em diversos eventos nacionais promovidos pelas coirmãs e pela FBAM, em Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Niterói, São Luiz, Maceió, João Pessoa e Recife, a Academia Sergipana de Medicina foi se consolidando a cada ano e novas ações viriam com a posse da primeira mulher, a médica e psicanalista Déborah Pimentel, no comando da entidade, nas eleições ocorridas em 2008.