A comissária do Ambiente da UE (União Européia), Connie Hedegaard, disse que o mundo quase certamente falhará em fechar um acordo contra o aquecimento global neste ano.
No mesmo dia, a chanceler alemã, Ângela Merkel, também levantou dúvidas sobre a perspectiva de assinatura do tratado do clima. A resistência da China e da Índia a adotarem metas de cortes na emissão de gases do efeito estufa é um “problema estrutural” da negociação entre os países.
A Organização das Nações Unidas realizará em abril uma sessão extraordinária das negociações climáticas globais em Bonn, na Alemanha, mas é cedo para dizer se haverá um novo tratado sobre o tema, depois do relativo fracasso da cúpula de dezembro em Copenhague, disse a Dinamarca.
De acordo com os representantes de 11 países importantes decidiram numa reunião de um dia na sede do Secretariado de Mudança Climática da ONU, em Bonn, acrescentar uma sessão extraordinária envolvendo todos os 194 países nessa cidade alemã, entre 9 e 11 de abril.
Até agora, o calendário se limitava a sessões oficiais em Bonn entre 31 de maio e 11 de junho e a discussões ministeriais em Cancún, no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro (a COP 16). A conferência de Copenhague, em contraste, havia tido cinco sessões preparatórias.
A despeito das grandes expectativas, a conferência de Copenhague terminou apenas com uma declaração de caráter político, estabelecendo como meta uma limitação da temperatura média do planeta em 20C acima dos níveis pré-industriais, além de verbas num primeiro momento de US$ 10 bilhões por ano – para ajudar os países em desenvolvimento.
Muitas nações vêem com pessimismo a conferência de Cancún, em parte porque a legislação dos EUA sobre o controle de emissões parece estar parada no Senado . A Casa Branca quer reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 17% até 2020, em relação aos níveis de 2005.
Países signatários do protocolo de Kyoto traçaram um mapa para estabelecer novas metas para a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) após 2012, mas não determinaram um calendário para decidir o nível dessas reduções.
Os últimos fatos científicos e econômicos Iigados às mudanças cllmátlcas serviriam de base para estas novas metas, decidiram os representantes de 160 países durante uma conferência em Bonn (Alemanha).
Kyoto obriga 35 nações industrializadas a reduzir as suas emissões de GEE em no mínimo de 5.2% abaixo do nível de emissão de 1990, no período 2008-2012.
O maior poluidor do mundo, os Estados Unidos, se retirou do Protocolo em 2001 e não estava presente no acordo.