Pré-candidatos aproveitam as festas para distribuir simpatias

Faltando pouco tempo da campanha eleitoral, os pré-candidatos a prefeito e vereador estão plantando simpatias e distribuindo promessas. Quase todos estão aproveitando as festas juninas para visitar o eleitorado, participando de reuniões nos bairros, prestigiando apresentações de quadrilhas caipiras e, naturalmente, batendo ponto todas as noites no Forró Caju e no Arraiá do Povo. A Rua São João, na zona norte de Aracaju, tem sido outro local muito frequentado pelos pré-candidatos, que não deixam de fazer uma boquinha nos frege moscas das feiras livres e mercados municipais. Além de medir a popularidade junto ao eleitorado, os postulantes às candidaturas majoritárias e proporcionais treinam para quando a campanha começar pra valer. A partir de então, a ordem será gastar as solas dos sapatos nas visitas, aumentar as conversinhas de pé de orelha e distribuir promessas, a maioria incapaz de ser cumprida. Portanto, até as eleições, a população de Aracaju vai se cansar de cumprimentos, tapinhas nas costas e garantias que a capital sergipana será transformada num pedacinho do paraíso. E haja diálogo flácido para acalentar bovino. Misericórdia!

Força da máquina

Desde que se proibiu as empresas doarem dinheiro para campanhas que os candidatos apoiados pela máquina pública se diferenciaram dos que só contam com o fundo eleitoral e vaquinhas virtuais. Muitos prefeitos sem direito à reeleição por já estarem no segundo mandato usam a caneta oficial para ajudar concorrentes de suas preferências. Os gestores também aproveitam as inaugurações de obras para defender a necessidade de se eleger candidatos aliados deles. Portanto, a ajudazinha dos prefeitos acaba tornando a disputa pra lá de desigual. Só Jesus na causa!

Mal na fita

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), vem passando por um processo de desgaste interno no Palácio do Planalto, com críticas nos bastidores de pessoas próximas ao presidente Lula (PT). Esta informação é do jornal Folha de S. Paulo. Assinada pelos jornalistas Catia Seabra, Marianna Holanda e Renato Machado, a reportagem revela que o ministro sergipano não é recebido por Lula para uma audiência exclusiva desde o 1º de Maio, de acordo com a sua agenda oficial. Também revela que o desgaste de Márcio junto ao “Barba” começou no ano passado, após auxiliares dele terem curtido o Pré-Caju bancados por recursos públicos. Danôsse!

Inimizade condenada

Os arcebispos e bispos da CNBB Regional Nordeste 3 divulgaram uma mensagem sobre as eleições municipais deste ano. O texto destaca a importância de uma escolha serena e consciente por parte dos eleitores, que devem sempre estar atentos aos critérios cristãos e humanos oferecidos pela Igreja.  “Além de escolher os candidatos é também nossa tarefa acompanhar seus mandatos e perceber se há empenho dos mesmos em realizar aquilo que propuseram no período de campanha”, diz um trecho da nota. Os arcebispos e bispos concluem o documento afirmando que “das eleições não devem ficar legados de divisão e inimizade”. Crendeuspai!

E tome festa!

O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) tem aproveitado os festejos juninos para tocar zabumba nos forrobodós espalhados pela capital sergipana. O ilustre não esconde que se tem uma coisa que ele gosta é viver tudo que este período tem de melhor. Esta semana, o pedetista pediu licença ao zabumbeiro de um animado trio pé de serra e treinou um pouco no instrumento preferido. Quem assistiu a apresentação garante que o prefeito não deixou a desejar. Marminino!

Fogo amigo

O pré-candidato a prefeito de Aracaju, Luiz Roberto (PDT), tem sido a maior vítima do fogo amigo disparado pelos governistas mais à direita. Quando não “atiram” na direção do aliado pedetista, os liderados do governador Fábio Mitidieri (PSD) miram no prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), pois sabem que atingindo-o estão acertamento na imagem de Luiz Roberto. A questão é saber como essa relação de tapas e beijos funcionará durante a campanha eleitoral. Casos insistam nessa briga interna, os governistas podem terminar as eleições sem o mel nem a cabaça. Home vôte!

Igreja na política

Foi-se o tempo que padres e pastores evangélicos queriam distância da política partidária. Chamavam de “coisa do diabo”. Agora, a ordem das igrejas é disputar todos os espaços de poder, principalmente no Legislativo. Segundo os religiosos, a igreja deve andar lado a lado com a política, pois “para que o mau prevaleça, basta que o bom se omita”. Cruzes! Também pregam que, no passado, ao se afastar da política a igreja ajudou a fortalecer políticos que buscam desconstruir os valores cristãos e da família. Deus é mais!

Capital da vaquejada

O senador Rogério Carvalho (PT) comemorou a aprovação pela Comissão de Educação e Cultura do Projeto de Lei tornando Lagarto a Capital Nacional da Vaquejada. De autoria do deputado federal licenciado Fábio Reis (PSD), a propositura teve como relator o senador petista que, tal qual o pedessista, é lagartense. Segundo Rogério, o título que Lagarto está prestes a receber impulsionará a geração de emprego e renda na região Centro-Sul de Sergipe. Carvalho destaca que Lagarto é hoje a maior referência nacional da vaquejada. Então, tá!

Tapa na macaca

A vereadora aracajuana Sônia Meire (Psol) aprovou a decisão do Supremo Tribunal Federal de não considerar crime o porte de maconha para uso pessoal. “Basta de criminalização e encarceramento da população preta e periférica”, reagiu a parlamentar. Por sua vez, o movimento Marcha da Maconha de Aracaju postou nas redes sociais que, “apesar de não ser o ideal para uma política de drogas antiproibicionista, a decisão do STF pode ser um passo importante em nossa luta”. De acordo com o movimento, a posição adotada pela maioria dos ministros contribuirá para desencarcerar milhares de pessoas presas em função da Lei de Drogas. Aff Maria!

Terra de ninguém

O vereador Elber Batalha (PSB) está preocupado com a falta de segurança na região da Praia Formosa e do Calçadão da 13 de Julho, localizados na zona sul de Aracaju. O parlamentar destacou os casos de assédio sofridos por corredoras que precisam treinar sozinhas em horários variados e por trabalhadoras que passam por lá diariamente: “Isso tem gerado muita insegurança e impedido que as pessoas continuem usando o calçadão para atividades físicas”, discursa. Élber defende uma intervenção da Secretaria da Segurança Pública. Há muito tempo, este apelo do vereador vem sendo feito pelos moradores das imediações. Cruz, credo!

Recorte de jornal

Publicado no jornal Correio de Aracaju, em 29 de novembro de 1929.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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