Neste momento que o tema transposição das águas do rio São Francisco volta às notícias dos meios de comunicação, por conta da retomada do projeto pelo Governo Federal, é preciso voltar os olhos para os problemas que Sergipe vem enfrentando nas suas bacias hidrográficas. O governador não pode, e já assumiu o compromisso que não mudará o discurso contra a transposição, mas também tem a obrigação de fazer o chamado “dever de casa”. Enquanto o ex-governador estava à frente – com todos os méritos – da luta contra a transposição do rio São Francisco – esqueceu de pedir aos seus secretários que fizessem o dever de casa em prol das bacias sergipanas. Não é legitimo qualquer que seja o gestor público, posar de paladino do ambientalmente correto, mas na prática sua administração ser pautada pelo caminho inverso. O que se observa na prática em Sergipe – apesar de ações isoladas como do MP e do movimento criado pelo jornalista Osmário Santos – é o descaso total, no qual se constata diariamente agressões e ações irracionais com desmatamento, assoreamento, poluição, contaminação, barramentos, pesca predatória e tudo mais. Marcelo Déda precisa fazer o dever de casa direcionando os trabalhos da Deso para a manutenção da rede, principalmente da Grande Aracaju, que foi deixada de lado nos últimos anos. Hoje a Grande Aracaju tem uma verdadeira peneira na sua rede de abastecimento. Não é justo alguns gestores pregarem a preocupação ambiental, quando na verdade não combatem os desperdícios de água da Deso (que segundo um técnico pode chegar há 50%) ou realizar obras indiscrimadas, sem recursos suficientes como foi o caso do projeto “Água em Toda Casa”, com fins meramente eleitoreiros, deixando de lado toda a manutenção da rede e os povoados beneficiados, muitos deles estão sem água hoje. A Deso é uma companhia superavitária, porém nos últimos anos seus recursos foram usados em desvio de finalidade, em projetos de irrigação e até na compra de motoniveladoras para o DER. Quando o colunista escreve que Déda precisa fazer o dever de casa é porque para ter um discurso diferenciado – e não ser igual ao governante anterior – deve ser contra a transposição do rio São Francisco, mas não continuar a linha de gestão de lançar esgoto in natura, onde boa parte da população paga pela sua coleta e tratamento. A negligência foi tão grande que algumas estações elevatórias, como a localizada ao lado do Colégio Dinâmico e a da biblioteca pública deixam de funcionar várias vezes jogando o esgoto in natura no rio Sergipe. Sem citar as ligações clandestinas que não são fiscalizadas por conta do sucateamento da Deso. Para ter legitimidade em seu discurso em prol do rio São Francisco e contra a transposição, o governador que pregou as mudanças no palanque eleitoral tem que primeiro mostrar na pratica que em Sergipe (sua casa), ele iniciou uma mudança de mentalidade na área do saneamento, do abastecimento e do meio ambiente. É preciso que autorize a Secretaria do Meio Ambiente a capacitar seus técnicos e prepara um quadro para que possa não apenas fiscalizar os riachos e ribeirões, onde começa toda a vida de um rio, mas também para educar a população. Precisa reestruturar a Deso para que a companhia volte com força a fazer a manutenção de toda rede, das estações elevatórias e toda estrutura de saneamento. Nos próximos meses o projeto de transposição do rio São Francisco volta com força nas manchetes dos meios de comunicação de Sergipe. Além de manter a palavra, com o discurso contra a transposição, Déda não é mais oposição, é situação, e deve mostrar que já está fazendo a sua parte no governo estadual. Não é legitimo defender os recursos hídricos, escolhendo rio “a” ou “b” , como se apenas estes tivessem importância para o país e para o Estado. Todos têm sua importância e cumprem sua função no meio ambiente. Sem fazer o dever de casa o discurso não tem legitimidade e a população sergipana está cansada de falsos paladinos. Pressão, stress, JB e Déda I Desde o ano 2000, o diálogo entre Jackson Barreto (PTB) e Marcelo Déda (PT) não alcançava o grau de stress a que chegou por esses dias. A coluna apurou que no momento de um telefonema a Rosalvo Alexandre, presenciado por uma seleta roda de amigos, o mau humor do governador estava no limite da explosão. Pressão, stress, JB e Déda II Na verdade, todos sabem que Déda sempre destaca a importância de Jackson Barreto na sua vitória, mas não suporta o estilo de fazer pressão que Jackson sempre utiliza. Desde 2000, repite este colunista, quando Jackson apoiou Valadares contra a candidatura de Déda, o clima entre os dois não chegava a essa ebulição. Duas unanimidades e uma pergunta Depois que o governador João Alves Filho deixou o governo estadual aconteceu dois fatos interessantes na Assembléia Legislativa: Flávio Conceição foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas e Ulices Andrade foi eleito presidente da Assembléia por unanimidade. Dá para fazer uma análise interessante, ou não? Com o Ulices Andrade foram para a Mesa Diretora os seguintes deputados: Angélica Guimarães, vice-presidente; André Moura, primeiro secretário; Adelson Barreto, segundo secretário; Conceição Vieira, terceira secretaria e Walmir Monteiro, quarto secretário. Machado é eleito 4º secretário da Câmara O deputado federal José Carlos Machado (PFL), foi eleito ontem 4º secretário da nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que tem como presidente o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP).Leia o perfil de Machado publicado no site da Câmara: Engenheiro civil, pecuarista e comerciante, 57 anos. Está em seu segundo mandato de deputado federal. Foi titular da Comissão Mista de Orçamento, presidiu a comissão especial sobre bacias hidrográficas no semi-árido e foi 3º vice-presidente da comissão sobre saneamento básico. Entre 1995 e 1998, foi vice-governador de seu estado. Também presidiu vários órgãos públicos estaduais. Valadares é suplente da Mesa no Senado Federal Já no Senado Federal, com a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL), faz parte da nova Mesa Diretora, como segundo suplente o senador Antônio Carlos Valadares (PSB). O senador sergipano já foi vice-presidente do Senado Federal há alguns anos. Ontem foi também o dia da posse da senadora Maria do Carmo Alves (PFL), reeleita para o segundo mandato no Senado Federal. Este novo mandato que vai até 31 de janeiro de 2015. Dos 27 que tomaram posse ontem, apenas sete senadoras foram reeleitos. Caladinho, governador autoriza auditorias Caladinho, caladinho, o governador Marcelo Déda já autorizou auditorias em três importantes órgãos do Governo do Estado. Maquiagem na publicidade A coluna teve a informação ontem que o novo governo não usará o artifício de “maquiar a publicidade” pratica usada por diversos governos. Um jornal semanal era campeão de maquia publicidade como texto jornalístico, fotos e até matérias opinativas. Esse artifício não será usado pelo novo governo. Em determinado tempo o Ministério Público chegou a alertar para a ilegalidade já que a legislação proíbe o caráter pessoal dos atos públicos por meio dessa maquiagem nojenta. Saga dos Escrivães & Saga dos empregados domésticos Leitor indignado com militares à disposição de ex-governadores: “Se fosse só a saga dos escrivães de polícia seria mais fácil, pois saiba que, a saga dos policiais militares lotados no gabinete militar à disposição de “ex-governadores” ganhando cargos em comissão CCE-10 para serem “empregados domésticos” bem remunerados dessas autoridades em detrimento de seus colegas que permanecem na tropa carregando o piano e sem cargos em comissão e quando percebem são insignificantes. É preciso acabar com este dois pesos e duas medidas. Banco do Povo está sendo reestruturado Desde de ontem (01/02), o atendimento do Banco do Povo de Sergipe está feito, exclusivamente, nas agências do Banese. De acordo com a coordenação do programa de microcrédito, o objetivo da mudança é agilizar o atendimento aos clientes na capital e no interior. Com isso, a sede do Banco do Povo, que funcionava na avenida Adélia Franco, 3130, no bairro Luzia, foi desativada.Criado em 2003, o Banco do Povo está sendo reestruturado. O programa tem como objetivo estimular e ampliar a atividade produtiva através da concessão de crédito e abertura de micro e pequenos negócios. Os valores dos empréstimos oferecidos pelo Banco do Povo variam de R$ 100 a R$ 8.000. Para financiamentos de até R$ 2.000, é cobrada uma taxa de juros de 1,3%. No caso de empréstimos com valores acima de R$ 2.000, a taxa de juros é de 1,8% ao mês, sem cobrança de tarifas bancárias. Governador das mudanças X Governador das trocas I Do leitor Clóvis Souza: “É sabido por todos nós que a palavra “troca”, nada mais é do que a substituição de uma coisa por outra. Geralmente, aquele que troca, espera com isto obter vantagem no processo. Mesmo na troca de uma cédula de R$ 10,00 por duas cédulas de R$ 5,00 existe, por exemplo, a vantagem da facilidade no troco.Compreendo que pode parecer difícil, para alguns, distinguir a palavra “troca” da palavra “mudança”. O Governador eleito Marcelo Déda, no qual votei e pedi votos, deve conhecer bem o sentido destas palavras, senão, poderia ter usado, em sua campanha, o slogan: “Déda 13 – Governador das trocas”, imaginou? Na realidade, não tenho o que falar da equipe de 1º escalão do governador Deda. Ao anunciá-la, Deda fez questão de ler o currículo de cada um, demonstrando que o critério principal foi à capacidade e competência de cada um para o cargo ao qual estava sendo indicado. Para mim, isto é mudança, ou seja, deixa-se de utilizar apenas de critérios políticos, paternalistas,clientelistas ou nepotistas, passa-se a dar prioridade a critérios técnicos. Na ocasião, lembro-me perfeitamente que Deda proibiu, qualquer um dos recém indicados, de convidarem qualquer nome para o 2º escalão sem que estes passassem pela anuência do Governador. Até aí, imaginávamos que tudo estava sob controle”. Governador das mudanças X Governador das trocas II Continua Clóvis Souza: “Mas, o problema do serviço público estadual de Sergipe, está na raiz. São décadas de predomínio, no poder, de pessoas que faziam e fazem parte de um sistema perverso, arcaico e ultrapassado.Deda esqueceu de exigir de seus colaboradores de 1º e 2º escalão, a mesma conduta. Daí, o que se está assistindo é nada mais, nada menos, do que a poda de uma árvore doente e geradora de péssimos frutos. Na maioria dos órgãos de Governo, seus assessores de 1º e 2º escalão estão “trocando” seis por meia-dúzia, e, na maioria dos casos, “remanejando” aqueles que sempre prejudicaram o sistema, alocando-os em outras funções apenas para simular um processo de “mudança”. Prezado Governador, não foi para isto que o elegemos.Será que só estas pessoas que imperam no poder “há décadas”, é que são capazes? Será que a capacidade e competência de outros talentos só serviram mesmo para dar-lhes o voto?”. Governador das mudanças X Governador das trocas III Prossegue Clóvis Souza: “Como seu eleitor e do atual Secretário da Fazenda, fico a vontade para exigir-lhes coragem para mudar. Todos os seus assessores de 1º escalão tem que ter ousadia e saber descobrir, nos quadros de cada órgão, outros talentos, outras competências. Não acho que exercer funções e cargos de confiança por décadas seja sinônimo de competência, pois, se assim o fosse, talvez a população não exigisse mudanças. Lembro do slogan dos dois candidatos: Um era “Sergipe no Rumo Certo” e o nosso “Governador das Mudanças”. Acho que manter a mesma estrutura administrativa, com pessoas que participaram dos governos anteriores dá, a entender, que estávamos no rumo certo.A estrutura administrativa que se desenha, mesmo preliminarmente, nós dá fortes lembranças de governos passados, e é destes que queremos esquecer. Tenham coragem, ousem, mudem, não remanejem e nem troquem. Não seja o governador das trocas e sim, o governador das verdadeiras mudanças”. Leitor faz reflexão sobre uso do reboque nos carros De um leitor: “Mais uma vez, o governo interfere violentamente na vida do cidadão brasileiro, já por demais castigado. Depois de sucessivos governos, arbitrariamente, invadirem os nossos direitos surge mais uma novidade deste novo governo federal. Quem não se lembra do bendito “selinho” que deveria ser colocado nos pára-brisas dos carros, depois surgiu o kit primeiros socorros, o lacre que é facilmente arrancado por vândalos e por guardas não tão honestos. Agora surge uma lei que vai regulamentar engates para reboque. E precisa disto. Ora, na hora em que o cara for despachar o reboque, que já paga seu próprio IPVA, é que deve ser exigido do veículo que o vai conduzir as normas de segurança. Senão não despacha o reboque. Eu tenho em meu dois carros engates para reboque. Um deles todo correto, pois utilizo para puxar o reboque. O outro não uso para este fim. Uso apenas para proteger de certos “motoristas” que não têm a noção certa de distância. Basta ser rigoroso com os carros que puxam os reboques. Apenas isto, mas, aí, não irão arrecadar tanto. As autoridades de trânsito deviam verificar é o transporte de pessoas no interior, com pick-up tipo D20 totalmente sem segurança, e carregando pessoas até no teto. Este sim podem causar mortes. Carro trafegando com engate, sem puxar reboque, não causa risco nenhum”. Fábio pede reajuste para taxistas O vereador Fábio Henrique (PDT) cobra reajuste para os taxistas que estão há quatro anos sem aumento de tarifa. O vereador reivindicou um novo valor já que amanhã (sexta, dia 2) haverá reunião do conselho da SMTT para definir a tarifa a ser aplicado. Fábio Henrique é um dos líderes da comissão formada com taxistas e membros da SMTT, e também criou um projeto, aprovado na câmara por unanimidade, em que a tarifa dos taxistas sempre terá aumento em paralelo e no mínimo equivalente para os ônibus coletivos. Fábio argumenta que, quando a atual tarifa foi definida, o valor do metro cúbico de gás era de R$ 0,69 e que hoje está em R$ 1,37. “Como que um taxista poderá trocar o seu carro, atender convenientemente a um turista ou transportar a nós, com conforto, se o valor que recebe quase não dá para custear a manutenção do veículo”, declarou o vereador. Bloco “Resgate 2007” As ruas do conjunto Augusto Franco serão o cenário para o desfile do Bloco “Resgate 2007”, a partir do meio-dia do próximo domingo, 04/02, ao som de m frevo e samba. Nascido de uma iniciativa de jovens da comunidade, contando com o apoio da Casa Cultural Careca e Camaradas, o bloco sairá da avenida Canal 5, nas imediações do Colégio Petrônio Portela, e desfilará por diversas ruas do conjunto, encerrando-se por volta das 16:00 horas.De acordo com o responsável pela coordenação do evento, o morador Márcio Alcântara, a previsão de participantes é de aproximadamente 2.000 foliões, com predominância de jovens estudantes do conjunto e dos bairros próximos. “Estamos muito entusiasmados com a receptividade da comunidade durante a divulgação que estamos fazendo. Temos certeza de que o evento tem tudo pra se tornar uma tradição em nossa cidade, afinal de contas, o carnaval de rua de Aracaju começa no Augusto Franco”, afirmou.Maiores informações: 9987-5706 Frase do Dia “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderíamos ganhar pelo medo de tentar”. William Shakespeare.
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