Quem conhece a política sergipana sabe que em anos eleitorais as lideranças partidárias entram em polvorosa, uma vez que serão obrigadas a correr atrás de “alianças” proveitosas para suas respectivas legendas. É um verdadeiro “Deus nos acuda”. Tem político que não consegue sequer dormir só de pensar que pode perder espaço para outros partidos nas famigeradas negociações de bastidores, ficando de fora do rateio de cargos e benesses do estado, a partir de 2007, quando se inicia um novo governo (seja ele qual for).
Mas não é só por isso. Eles bem sabem que ao definir apoio a determinadas candidaturas, imediatamente, milhares de vantagens começam a tilintar em seus ouvidos, criando uma sinfonia inigualável. O doce tom de uma campanha eleitoral.
Em Sergipe, ninguém é de ninguém. A cada eleição… Uma nova negociação. Acredito, inclusive, que foram os nossos políticos que influenciaram os “jovens ficantes” de hoje que, ao invés de namorar sério uma só pessoa, preferem acumular diversas experiências, independente do que possa vir a acontecer no futuro. Afinal, se casamento soa como algo demodê entre os jovens, imagine entre os políticos.
Na eleição que se aproxima, podemos facilmente constatar isso. Apesar de “ficantes” do passado tentarem a todo custo se entender de novo por suas afinidades ideológicas, amigos em comum e interesses mútuos, existem, também, novos pares sendo formados a todo instante. É que a sinfonia eleitoral começou a tocar cedo este ano, com a proliferação de novos pretendentes nesse mercado persa em que se transformou o pleito de 2006.
E se considerarmos que sinfonia também é coisa demodê entre os mais jovens, com toda a certeza, os Tribalistas já voltaram a fazer sucesso em Sergipe com a música cujo refrão diz: “Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem”. Pelo menos, até as convenções partidárias.
Como diria minha mãe: “Ah! Essa modernidade!”
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários