AJU/Promotoria Meio Ambiente: Sema não fiscaliza cercamento ambiental

                                 Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

As imagens ao lado foram fotografadas ontem, 22, pelo próprio titular deste espaço. Elas mostram que poucos pontos do cercamento feito pela EMURB – obra importante que custou cerca de R$ 230 mil – onde já há diversos pontos abertos, inclusive em alguns locais fizeram “aberturas móveis” para colocar mesas para bares (2 locais), motos, veículos, sofás, carroças, entre outros.

A comunidade precisa entender que o mangue é uma área de proteção ambiental e não um “puxadinho” de suas casas ou de seus comércios.

A responsabilidade da fiscalização é da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Aracaju, que não fiscaliza e não chama a guarda municipal para retirar os invasores e em alguns casos a própria SMTT para multar quem está estacionando motos e veículos na área de proteção ambiental.

Carinho especial

Justiça seja feita, o atual titular da EMURB, Sérgio Ferrari, tem um carinho especial pela aquela área. Foi ele, na gestão Déda como prefeito, que fez a grande obra de urbanização do local, acabando com as palafitas e preservando o mangue já que a invasão estava tomando toda maré chamada de Apicum, que sai da Coroa do Meio até o calçadão em frente ao Palácio de Veraneio.

Visita histórica à área com palafitas

O blog não esquece que, quando fez críticas pela demora da obra de retirada das palafitas da Coroa do Meio, Ferrari (que este jornalista não conhecia) ligou pedindo para fazer uma visita com ele. Foi uma visita no meio das palafitas onde ele percorria os corredores com as tábuas estendidas no mangue como se estivesse em casa. As crianças já o conheciam pelo nome. Conversava com todos e dizia: aqui será assim, vamos fazer isso e aquilo, você vai ver. E fez mesmo! Com o aval do saudoso prefeito Déda, Sérgio Ferrari mudou a realidade daquele local.

Agora, quase 15 anos depois, com o aval do prefeito Edvaldo, ele fez uma obra pequena, o cercamento, mas que tem uma importância enorme para preservar a área ambiental. Falta fiscalização da própria Prefeitura. Acorda SEMA! Edvaldo, acorde seu secretário do Meio Ambiente! Mais de R$ 200 mil estão sendo destruídos por falta de fiscalização.

 

 

Cancelamento de coletiva Ascom/Grupo Banese: Por motivos de força maior, a coletiva de imprensa para tratar do patrocínio da SEAC/Banese Card a dez clubes sergipanos de futebol não poderá ser realizada na manhã desta quarta-feira (23), no auditório do Museu da Gente Sergipana. Em situação oportuna, uma nova data para o evento será divulgada.Reiteramos que o patrocínio aos dez clubes está mantido.

Denúncia O blog recebeu de um colega de profissão mais uma denúncia de que outro imóvel, uma chácara, localizado na Zona de Expansão de Aracaju, pertencente à arquidiocese de Aracaju, foi vendido pelo arcebispo d. João Costa. Segundo a informação, o valor da venda da propriedade foi de 750 mil reais. Um dos envolvidos disse que, se necessário, tem como mostrar documento comprovando. Arrepare, Osmario, será que vai sobrar algum patrimônio da arquidiocese? O homem tá vendendo tudo.

Por onde andam? Por onde andam as vozes proféticas do clero e do laicato da arquidiocese de Aracaju? Por onde andam os “Profetas que cantam”? Por onde andam os bravos membros do Conal (conselho arquidiocesano de leigos) que permanecem calados e não denunciam a destruição do patrimônio da arquidiocese? Até quando ficarão calados e assistindo de camarote? Omissão não é um pecado grave?

Por onde andam? II Por onde andam os corajosos profetas do clero da arquidiocese de Aracaju? Queridos padres Soares, Gilvan Carvalho, Genivaldo Garcia, Manoel Barbosa, Givanildo, Valtewan, Gilvan Rodrigues, Almi, Videlson, Nilton César, Ozéas, Rinaldo, Rogério, Valdson, Vicente, Valdes, Dácio, Helelon, Jadson, José Horácio, Juarez, Luciano Bezerra, José Francisco Nunes Santos, Farias, João Bosco Vieira Leite, João Cláudio, Alessandro, Anderson Pina, Antônio da Cunha, Peixoto, Cassio, Cláudio Dionízio, Claudomiro, Christiano Silvestre, Djavan, Eugênio, Fabiano Epifânio e Fernando Ávila, até quando vocês ficarão calados e omissos com a destruição do patrimônio e de todo um legado adquirido há anos? Vocês também não serão responsabilizados?

Linha direta O blog disponibiliza, para o clero e os leigos da arquidiocese, uma linha direta com o WhatsApp para eventuais denúncias. Colabore e faça a sua parte.

 

 


Palestra interativa “O Desmonte da Política Atual” Quando? Hoje,23, a partir das 19h. Onde? Hotel Prime – próximo ao farol da Coroa do Meio, em Aracaju. Como? Acesse e inscreva-se: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdMTaF9jCExZvlOMDl7cK6JUJQug4qcrLzSFIoAO4dDCx7AGw/viewform?usp=sf_link São apenas 50 vagas. Por quê? É importante que a sociedade conheça as principais ideias do pré-candidato Senado pelo Cidadania, seu passado e sua história.

 

 

 

 



Equação resolvida Preocupado com um cidadão que é expert em números, mas que não está conseguindo resolver uma equação matemática, o blog informa que 10%, ou seja, o dízimo, a décima parte, de 15 milhões de reais são R$ 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil reais).

Onde está o dinheiro? O blog está contactando a cantora Gal Costa para resolver um imbróglio no planeta Vênus: onde está os 20 mil francos suíços desaparecidos da lua?


Galeria na Orla em Reforma E o blog foi informado que a galeria de arte da orla de Atalaia – quase em frente a churrascaria Sal e Brasa – encontra-se em reforma e abrigará o Memorial de Sergipe mantido pela UNIT. Agora só falta o nome porque Ana Alves, não pode, está vivíssima e tem decisão Judicial proibindo e mandando retirar os nomes de pessoas vivas de prédios públicos, logradouros e vias.

Aracaju: frequentes acidentes em esquina do Bairro Grageru. SMTT já foi alertada e não toma providências São repetidos os acidentes na confluência da Rua Luiz da Hora Santos com Avenida Franklin de Campos Sobral, em 04 de março de 2021 foi protocolado (18.572/2021) um abaixo-assinado por 39 contribuintes na SMTT e até agora não houve providências. No mais recente acidente o SAMU conduziu duas vítimas em estado grave. No entorno desta esquina funcionam: Restaurante, Imobiliária, Berçário, Coworking, Escritório de Arquitetura, Loja de Conveniência etc. O acidente de ontem, 22:

Lagarto: Prefeitura não atinge meta de vacinação e está proibida de realizar eventos coletivos no carnaval Deu no “O Bolo é Grande”: Desta terça-feira (22) até o dia 7 de março, o município de Lagarto está proibido de realizar eventos de lazer coletivo por não ter atingido o mínimo de 75% da população imunizada com a 2ª dose. O município não atingir os 75% é o reflexo da ineficiência da atual gestão na efetivação do esquema vacinal da população lagartense.

Licitação Continua a matéria: “Para piorar o descaso, a prefeita Hilda de Gustinho (SOLIDARIEDADE), esposa do deputado federal Gustinho Ribeiro (SOLIDARIEDADE), vice-líder do presidente Bolsonaro, pretende realizar uma licitação de R$ 1.356.326,12 para contratação de empresa prestadora de serviço de montagem e desmontagem de estruturas e demais itens para realização de eventos festivos e solenidades do Fundo Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Assistência Social. Algo completamente descabido, pois além de não atingir os 75% e estabelecer uma licitação milionária e contrária ao momento pandêmico, o magistério de Lagarto está lutando para receber o reajuste salarial, estabelecido em lei, e que Hilda de Gustinho só vai começar a pagar em maio, ou seja, com um atraso de quatro meses.”

“Um exemplo de vida e de político”, diz prefeito de Itabaiana sobre Laércio Oliveira O prefeito de Itabaiana, Adailton Souza (PL) não poupou elogios ao deputado federal Laércio Oliveira (PP) durante a inauguração da unidade do Sesc, ocorrida no último dia 18. Em seu pronunciamento, ele disse que o deputado é um exemplo que deve ser seguido. “Você, Laércio, será sempre um exemplo de vida e de político. Eu não estive no mesmo palanque seu, mesmo assim você não fez nenhuma indiferença, pelo contrário, você me acolheu”, comentou o prefeito.

Pendências Ao elogiar a obra que traz educação, lazer e cultura para a população, Adailton fez questão de lembrar um gesto de Laércio Oliveira que ele diz, com muito orgulho, carregar para o resto da vida. Foi durante uma viagem a Brasília, quando o prefeito buscou apoio do deputado para resolver três pendências junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Laércio me levou para um jantar com o presidente do FNDE e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Depois, fui ao órgão apresentar as três pendências de Itabaiana e, para a minha grata surpresa, no dia seguinte já estava tudo resolvido. Isso ficou marcado para mim”, disse Adailton.

Marca As ações de Laércio Oliveira junto aos municípios sergipanos, oferecendo apoio e se colocando à disposição, tem sido uma marca do seu mandato. Em praticamente todo o Estado existe alguma ação do deputado, seja através de emendas parlamentares ou pela Fecomércio, com a inauguração de empreendimentos como o Senac de Nossa Senhora da Glória, que contempla todo o Sertão sergipano. “São dessas pessoas que a gente precisa estar convivendo lado a lado, seja na política, na vida social ou empresarial. Laércio parece muito comigo, ele dá valor à família, aos princípios do bem, da seriedade e da honestidade. O Sesc vem coroar todos nós, agresteiros, porque não é uma obra só para Itabaiana, mas para toda a região”, concluiu Adailton.

Itabaiana: garantindo pagamento do reajuste de 33,24% dos professores da rede municipal O Governo de Itabaiana garantiu, na última segunda-feira (21), em reunião com o Sintese, que pagará o reajuste de 33,24% do piso salarial dos professores do ensino municipal, como está previsto em Lei. O prefeito do município, Adailton Sousa, ressaltou que a execução da medida deve-se ao fato da responsabilidade financeira da gestão municipal. “É uma enorme satisfação cumprir essa determinação e honrar nossos compromisso com os professores. É um direito deles”, afirmou.

Compromisso A secretária de Educação de Itabaiana, Ivanete Mendes, observou que o compromisso com a educação tem sido uma marca da gestão municipal, que não tem medido esforços para melhorar as condições de trabalho e os indicadores escolares. “Fico muito feliz por fazer parte deste momento de valorização dos professores e com o sentimento de responsabilidade redobrada com a gestão da rede pública”, disse.

PGE Por fim, a gestora informou que foi iniciado o Plano de Gestão Educacional de Itabaiana, o qual será construído com a participação da comunidade escolar. “O plano tem como objetivo construir um caminho sólido para a educação para os próximos quatro anos numa perspetiva de educação inclusiva, inovadora e transformadora”, finalizou.

Rede hoteleira de Sergipe permanece estável no Carnaval Dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Sergipe apontam que a rede hoteleira no estado se mantém estável em relação ao número de reservas neste período de Carnaval. A ocupação está em torno de 80% com possibilidades de chegar até um pouco mais de 90% devido às reservas de última hora.

Números positivos Os números são considerados positivos para o setor que, através da Associação, mantém uma campanha publicitária de divulgação do destino em outros Estados, em parceria com a Prefeitura de Aracaju. “A rede associada à ABIH-SE mantém em prática todos os protocolos de segurança sanitária contra a disseminação do coronavírus, garantindo proteção aos seus prestadores, colaboradores e hóspedes”, destaca o presidente da ABIH-SE, Antônio Carlos Franco Sobrinho.

AJU: Ricardo Vasconcelos cobra implantação do Plano de carreira para os Agentes de Trânsito Ontem, 22, durante a sessão da Câmara Municipal de Aracaju, o vereador Ricardo Vasconcelos (REDE), iniciou o discurso no pequeno expediente reivindicando a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os Agentes de Trânsito de Aracaju. O plano de cargos visa estruturar a carreira da categoria, incentivando-os à qualificação, ” A categoria é hoje a mais desprezada em nosso município, precisam de uma atenção especial do executivo e que com esse olhar diferenciado possamos promover uma remuneração mais digna para eles”, pontuou Vasconcelos.

Legitimidade Ainda durante o discurso foi pontuada a legitimidade da incorporação da gratificação que a categoria tem por tempo integral e está prevista na lei complementar 153/2016, ” O que me chama mais atenção é que agentes de outros municípios já contam com esses benefícios e aqui na capital nada foi feito. Acredito que um dos receios dessa incorporação é que atualmente muitos agentes estão tendo que trabalhar durante o final de semana de graça o que com a incorporação da gratificação por lei seria remunerado, isso precisa ser resolvido com urgência”, reforçou o vereador Ricardo Vasconcelos.

Socorro: secretário faz áudio para desmentir denúncia sobre suspensão de transporte E ontem, 22, foi postado um print nas redes sociais acusando a Prefeitura de Socorro pela retirada dos ônibus do transporte escolar do conjunto Fernando Collor. O secretário de Comunicação Social de Socorro, Carlos Ferreira, postou áudio nas redes sociais, acreditando que a denúncia infundada deve ter sido por falta de informação, já que o município é o responsável pelo transporte dos alunos da rede municipal dentro de Socorro, serviço este prestando com competência pela gestão comandada pelo padre Inaldo. O secretário informou também que a atual gestão, mesmo não tendo obrigação constitucional, cede transporte para os alunos universitários do município que estudam na capital. “Mas não é de responsabilidade da Prefeitura de Socorro o transporte de alunos do ensino médio seja para onde for porque a responsabilidade é da Secretaria de Estado da Educação através da DR-8”, explicou afirmando que acredita que essas pessoas estão mal informadas acusando o prefeito da retirada dos ônibus, como, por exemplo, do conjunto Fernando Collor. “Repito a Prefeitura não tem responsabilidade neste caso. E quando a DR-8 informa que não tem veículo essa cobrança deve ser feita ao governo do Estado através da Secretaria de Estado da Educação”, reforçou.

 


Macambira: CarnaVacina está chegando! Amanhã, 24 A Prefeitura Municipal de Macambira informa que amanhã, 24, haverá VACINAÇÃO NOTURNA contra a Covid-19 na Clínica de Saúde da Família Dona Caçula. Isso mesmo, vacinação noturna, das 17 às 20 horas, para vacinar aqueles que não têm tempo de tomar o imunizante durante o dia. Estará disponível a 1ª, 2ª e 3ª dose para todos os públicos: crianças, adolescentes e adultos. Se liga que os ingressos para participar são: Cartão do SUS e documento de identificação. E para esquentar a folia, a turma da Academia da Saúde estará fazendo a festa ao som de muito axé, tik tok e marchinhas para darmos às boas-vindas ao Carnaval e da melhor forma: com todos VACINADOS.



PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018



As Gabirobas do São José dos Náufragos. Por Antônio Samarone: A minha primeira safra de gabirobas. Resolvi cultivar frutas raras, naturais nas restingas sergipana. A gabiroba está em vias de extinção em Aracaju. Não possui valor comercial. A gabiroba é mãe do araçá e a avó da goiaba. Todas da família das Myrtaceae. A gabiroba tem um sabor agridoce, uma mistura do sabor do araçá com o sabor da jabuticaba.Um cuidado especial quando se degusta a gabiroba: não mastigar os carocinhos, são bastantes apimentados. Muito rica em vitamina C. As folhas são usadas na fitoterapia. As gabirobeiras são vistosas, com flores brancas. A madeira é dura. “Quebra-quebra gabiroba, quero ver quebrar” é uma canção do folclore capixaba, que virou marchinha de carnaval. Muito tocada nos bailes de minha infância.

 

 



ABRAz Sergipe abre inscrições para curso de cuidadores de idosos e de pessoas com Alzheimer A Associação Brasileira de Alzheimer – Regional Sergipe (ABRAz/SE) está com inscrições abertas para a 15ª turma do Curso de Capacitação para Cuidadores de Idosos e de Pessoas com Doença de Alzheimer. As aulas estão previstas para iniciar em março e serão realizadas na Universidade Tiradentes, Campus Centro, todas as sextas, sábados, além de encontros quinzenais que ocorrerão nas segundas-feiras. O objetivo do curso é capacitar familiares, trabalhadores da área da saúde e simpatizantes para exercerem funções de cuidador de idosos em domicílios, instituições de longa permanência, hospitais, entre outras modalidades de atenção ao idoso e de pacientes com Alzheimer.  Com 140 horas de aulas teóricas e 20 horas de aulas práticas, o curso é composto por diversas orientações de como proceder nos cuidados com a pessoa idosa e com o paciente com Alzheimer. São orientações realizadas por médicos, geriatras, psicólogos, fonoaudiólogos, dentre outros profissionais que compõem a equipe multidisciplinar que atua junto ao idoso e ao paciente com demência. A capacitação será realizada seguindo todos os protocolos de biossegurança solicitados pelas organizações de saúde, como uso de máscaras, aferição de temperatura e higienização das mãos com álcool em gel.

Inscrições As inscrições podem ser feitas na sede da ABRAz Sergipe, localizada no Centro Médico Odontológico, 510, Sala 403, bairro São José. O valor investido é de R$ 330 que pode ser dividido em até três vezes (R$ 300 do curso + R$ 30 taxa de inscrição na ABRAz). No momento da inscrição é necessário apresentar xerox da Identidade, CPF e comprovante de residência. Dúvidas podem ser sanadas através dos telefones (79) 99975-8256 e (79) 99605-6352. Outras informações também podem ser buscadas através do Instagram @abrazsergipe.

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O milagre de Zé Burro. Por Nilson Socorro.

– Suspenso por quinze dias.

Era a maior, mas, não a primeira suspensão como estudante. Raro era não ser punido, pelo menos uma vez a cada ano letivo. Não fui exemplo de aluno aplicado, como o Wallas Alves de Morais, colega da adolescência, nosso melhor exemplo de “cdf”; mas, indisciplinado não chegava ser, apesar dos flagras em situações, digamos, divertidas ou no linguajar da moda, politicamente não muito corretas. Contudo, mesmo assim, não tinha como aceitar aquela exagerada suspensão de quinze dias imposta pelo professor Manoel Messias Porto, diretor do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.

Na minha doce e irreverente ingenuidade de adolescente, cursando a 4ª série do antigo ginásio, era uma grande injustiça, uma arbitrariedade, por isso, não deveria considerar, pois, como admitir tamanha violência só por causa de uma resposta não muito ortodoxa, mas, verdadeira, ao interrogatório do professor Genivaldo. Nem eu e nem ninguém do Colégio concordou com aquela desproporcional punição, que nascera quinze dias, mas, que por interferência “advocatícia” da vice-diretora, a professora Maria Nely dos Santos Ribeiro, de plano fora reduzida para cinco dias, e por milagre de Zé do Burro, de direito não existiu.

Mantida em cincos dias após a indignação da professora Nely, o professor Porto, um negro alto, forte, enérgico e temperamental, que só encará-lo fragilizava o aluno, determinou a secretária, Dona Santana, que reduzisse a termo a punição e fixasse a portaria no mural para constrangedora publicidade. Fui desapontado para casa. Como contar a suspensão e, o pior, no dia seguinte, como justificar não ir para a escola. Tinha que arquitetar uma saída, não podia era correr o risco de tomar uma boa surra. Se fosse de mamãe, vá lá, mas, de papai, a força física fazia toda diferença no corretivo doméstico.

De manhã, acordei com uma “providencial e insuportável” inventada dor de dente. O rosto não estava inchado, o molar, nem sinal de cárie, mas, a “dor” era aguda.
– Mãe, não vou para a escola, estou com o dente doendo muito. Gemia e me contorcia com a mão cobrindo o lado do rosto que queria inchado.
– Então vá em Seu Franco, recomentou minha generosa mãe.

Era tudo que precisa ouvir. Esqueci até de continuar gemendo. Me mandei para a casa do Seu Franco, um velho dentista prático, na Rua Oliveira Ribeiro, no Bairro Santo Antônio. Não tinha SUS na época, nem planos de saúde, mas tinha Seu Franco e era para lá que corriam todos necessitados de atendimento odontológico que fugiam das filas e demoradas marcações do então INPS – Instituto Nacional de Previdência Social. Em Seu Franco, naquele início de manhã, ainda sem clientes, foi tudo muito rápido. Apontei o dedo e logo a sadia presa, agora presa no gigante alicate do dentista, seguia o caminho do apodrecimento no balde do cuspe.
Com um dente a menos, retornei para casa. Como era inquieto, não me submeteria a qualquer convalescença e mesmo com a boca sangrando, fui para o Colégio, pois, também precisava comunicar a ausência na encenação da peça que aconteceria naquela noite. Na porta, esperei a passagem da professora Elvidina Macedo.

– Professora, a Rosinha hoje não vai ter o Zé do Burro.
– Por que? Lá vem você com suas brincadeiras.
– É que estou proibido até de entrar no colégio. Fui suspenso por cinco dias. Caprichei entre choroso e inocente.
– Não é possível, que diabo você fez de tão grave?

Ela nem esperou minha resposta e foi logo advertindo, que seja o que for que você tenha feito, o professor Porto vai rever isso, afinal, hoje é dia do Pagador de Promessas, e você, meu Zé do Burro, não vai faltar. Pronto, agora, não precisaria nem de dor de dente e nem de outra dor qualquer. A professora Didi conseguiria dobrar o professor. Ufa, estava salvo! Mas, ainda precisava narrar os fatos para a apelação a ser interposta pela nova defensora ante o rigoroso juiz.

Foi uma tolice de nada, só uma brincadeirinha. Estávamos no chamado exame biométrico, a responder perguntas de identificação, medir e pesar. Meninos de um lado e meninas do outro, elas trajando “minúsculos” shorts, uma cena bela e rara, Maria Heide, Sônia, só para citar essas belas, vestidas assim, bem pertinho da gente, era o suficiente para aguçar a ingênua criatividade erótica da adolescência. Na fila dos homens, o professor Genivaldo conduzia o interrogatório e, na minha vez, respondi à pergunta que enquadrou a conduta motivadora da punição.

– Onde nasceu? Nem esperei o ponto na base do sinal de interrogação.
– Na cama, saiu num fôlego só.

A resposta inesperada acendeu instantaneamente a cólera do professor. Moleque, engraçadinho, ousado, atrevido, não faltaram adjetivos para o mestre que vermelho como um pimentão, ou melhor, uma lagosta estampada na capa de menu de restaurante de beira de praia; saltou da cadeira e já em minha frente, desafiou-me com a reinquirição. Mas, agora, chamando o testemunho da professora que ao lado conduzia o exame feminino, e lógico, de todos que estavam naquela apertada sala, incluindo os colegas e as colegas da 4ª série do ginasial. Não me acovardei. A plateia estava armada, e para o palhaço, quanto maior a assistência, maior a motivação.

– Diga ai onde você nasceu.
– Na cama, professor. A galera foi à loucura, como diria aquele animador de televisão.

Mas, desta vez acrescentei com dramaticidade a sustentação oral. Éramos pobres, morávamos numa pequena casa de dois quartos, na Rua do Rosário, em São Cristóvão. Não dormíamos em rede, esteira ou no chão, pois, os quartos tinham camas e camas com colchões, colchões de capim seco, evidente. Não foi em cama na maternidade, porque, apesar de ser a velha capital e mais antiga cidade do Estado, São Cristóvão não tinha casa de parto e nem médico parteiro. Era em casa, aparados pelas práticas parteiras, mascando rolo de fumo, que nasciam os patrícios de João Bebe Água, principalmente os pobres que não podiam vir para Aracaju.

– Foi assim, que nasci, professor, na cama mesmo.
– Vá agora mesmo falar com o diretor, determinou o irado mestre.

Ensurdecido pelas risadas, gritos, palmas e assobios, atravessei o pátio central que separava as duas alas do prédio e fui em direção a sala da diretoria. Lá estava o temível diretor Messias Porto. Cumprimentei e após o “olá, professor”, respondi “tudo bem, nada” ao seguido, “algum problema, está querendo o quê?” Ordem cumprida, afinal, tinha ido falar com o diretor, agora era esperar a turma para a resenha na cantina, ou melhor, na banca de madeira instalada no interior do colégio, onde nos reuníamos durante os intervalos das aulas.

Não demorou, os colegas, aos poucos começando a chegar, quando avisto, ainda distante, mas, cada vez mais perto, olhos de pitomba bem arregalados, “ventas” abertas “fumegando”, boca “cuspindo” fogo, caminhar apressado, quase correndo, esbaforido, “vi” até chicote em punho, pronto para arremessar. Era o diretor Porto.

– Moleque safado, sem vergonha, atrevido … e toma mais qualificativos depreciativos. O que foi que o professor Genivaldo mandou você fazer?

Não tive nem como responder. Abrupta e energicamente, me pegou pelo braço e me conduziu para a temida sala da diretoria, onde sem direito a ampla defesa e ao contraditório do estado democrático de direito, mas, nem sempre presentes nos processos punitivos daqueles tenebrosos tempos de ditadura militar; ouvi a primeira sentença de quinze dias de punição que motivou as preliminares intervenções defensivas da professora Maria Nely, da secretária Dona Santana e, agora, por fim, da destemida e determinada professora Didi Macedo.

Ah, e Zé do Burro? Convencido que teria contundente e eficaz defesa, atendi aos apelos da nova advogada, e à noite, mesmo ainda sentido a falta do dente abandonado no balde de cuspe do Seu Franco, encenei com a colega Edinha, Edna Moura Sobral, no papel de Rosinha, a adaptação do primeiro capítulo da peça “O Pagador de Promessas”, do imortal romancista baiano Dias Gomes. Ainda ouvindo os aplausos, após o “Então…”, da última fala de Zé Burro, sai para o “camarim”, a sala de mecanografia, onde sem nem terminar de trocar de roupa, abri a porta para atender a professora Didi, que em lágrimas, entre abraços e beijos, rasgou a sinistra portaria punitiva.

– Está tudo acabado. Não tem mais suspensão.

Foi milagre, o milagre de Zé do Burro, não por graça de Santa Bárbara, mas, da “Santa” Didi Macedo, professora que devido as suas ideias não muito afinadas com os asseclas da ditadura militar, fora transferida do tradicional Colégio Atheneu para o Colégio Castelo Branco, unidade educacional da rede estadual inaugurado no ano anterior, 1970, no Bairro Industrial. Uma punição para ela, um presente para aquela comunidade proletária da Zona Norte, onde a amada mestra, com a mesma dignidade e sabedoria, continuou exercendo seu magistério, ensinando não apenas as regras gramaticais e os movimentos literários, mas, sobretudo, lições de cidadania, liberdade e democracia.

Hoje a professora Didi Macedo, filha do polêmico líder trabalhista do século passado, Francisco Araujo Macedo e de Dona Núbia Macedo, vive na cidade de Ipswich, nos arredores de Londres, com o filho Francisco Macedo de Carvalho, nora, netos e até bisneta. A ela, as boas lembranças e a eterna gratidão dos seus alunos, “meus meninos” como até hoje nos trata nos contatos não interrompidos pelo tempo e nem pela distância.

*É jornalista, professor e advogado.

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www.twitter.com/frednavarro Há muitas e diversificadas taras entre a humanidade, mas admirar e defender ditadores é a mais sofisticada de todas. Sonhar com uma botina na cara não é pra qualquer idiota.

www.twitter.com/cezar_britto As instituições militares pertencem ao país e não a um grupo político. Daí a improcedência de transformá-las, em seu conjunto, em instrumento de um jogo eleitoral sem regras definidas e com resultados imprevisíveis para a preservação do próprio Estado Democrático de Direito.

www.twitter.com/gdoweber Se fosse o homem que engravidasse e gerasse um novo ser, tenham certeza que o aborto seria legal desde o Século XIX…

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“O terrível silêncio das pessoas boas.” Martin Luther King Jr., ativista político norte-americano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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