Alerta para as mulheres: Façam o exame do HIV

Lamentavelmente, algumas mulheres estão descobrindo que são HIV positivas somente após o nascimento da criança, indicando que houve falha do pré-natal. Em alguns casos, a descoberta da soropositividade da mulher, ocorreu porque a criança passou a ter os sintomas compatíveis com a AIDS. Médicos que atendem gestantes via planos de saúde nem sempre pedem o exame do HIV.

A testagem para o HIV é recomendada pelo menos na 1ª consulta do pré-natal ou 1º trimestre e 3º trimestre da gestação. Mas, no caso de gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do teste rápido para HIV. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos antirretrovirais durante a gestação e ainda no trabalho de parto para prevenir a transmissão. O recém-nascido também deve receber o medicamento antirretroviral por quatro semanas e ser acompanhado no serviço de saúde.

Existem estudos revelando que o profissional da saúde às vezes elege alguns perfis que ele considera precisarem da testagem do HIV e, assim, exclui uma parcela da população importante que deveria passar pelo exame.

Em outros casos, as mulheres descobrem que são soropositivas, através do marido, que apresentou os sintomas compatíveis com AIDS ou que foi a óbito em consequência das manifestações clínicas das infecções oportunistas.

Alertamos também as mulheres que estão apresentando sinais e sintomas de infecção sexualmente transmissíveis, como corrimentos vaginais, dor durante a relação sexual, feridas e verrugas na vagina: é fundamental a realização dos testes de HIV, sífilis e das hepatites virais.

Muitas mulheres por serem casadas (“bem casadas”) não se preocupam em fazer os testes e só descobrem que são soropositivas quando ficam grávidas e fazem o pré-natal.

O diagnóstico precoce do HIV nas mulheres ajuda a alcançar uma melhor qualidade de vida e, caso fiquem grávidas, a evitar infectar o futuro bebê.  Isso sem contar que, ao saber da soropositividade, fica mais fácil adotar medidas preventivas a fim de não transmitir o vírus para outras pessoas? e até não se infectar com outros subtipos do inimigo, piorando tudo.

Se a mulher fez sexo sem camisinha e está muito preocupada, a recomendação é aguardar até 30 dias para se submeter ao exame. Esse é o tempo que o sistema imune leva para criar anticorpos contra o HIV. Mas, se o risco de infecção for pra lá de alto, procure o serviço de saúde em até 72 horas. ?A prescrição de medicamentos antirretrovirais, nesse período, pode evitar que o vírus invada as células de defesa. É a profilaxia pós-exposição sexual (PEP).
Os testes estão disponíveis no Sistema Único de Saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e a PEP está disponível em algumas instituições de saúde.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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