Algo a definir e esclarecer.

Dizem que o Ex-Presidente Lula deitou e rolou na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional na quinta-feira, 26 de agosto.

Nada posso avaliar. Não assisti.

Deixei-a por outros programas, o Faustão, por exemplo, mais digestivo.

O noticiário anda muito intragável, empeçonhado por uma excessiva carga tóxica, procurando pouco expor e mais converter, iludir mesmo, com um pensar único, sem permitir ensejar um mínimo de questionamento ou dúvida.

Do que vemos e ouvimos, não há incertezas: na eleição presidencial que se avizinha, já existe um candidato preferido e defendido pela Rede Globo e o Consórcio de Imprensa Folha-Globo-Estadão, estes que estão sendo chamados de “Velha Imprensa”.

Esse candidato, com todas as tintas e em prévias de seu aplauso, é o Ex-Presidente Lula.

Justo ele, que antes frequentara ali mesmo, e nas mesmas rotativas dos jornais, não o noticiário político, muito menos a crônica nababesca e social, mas o noticiário criminal, eivado de gravuras televisivas a desenhar um fluxo de dinheiro incontrolável e sem fim, nos famosos “mensalões” , nos propinodutos vários comandados, nos desvios milionários dos “petrolões” surrupiados, comprovadas nas confissões compungidas e arrependidas, e até nos dinheiros devolvidos, essa coisa toda que todos o vimos, bem ouvimos, e foi tudo auditado e conferido.

Porque nada fora fruto de mau sonho ou pesadelo.

Teria sido pura enxaqueca do “não ter medo de ser feliz”, notável alcaloide ilusório que contaminou a nação e infelicitou-a pior?

Ninguém vira tantos se lambuzarem nos Reais, a nossa moeda aviltada, e muitos outros que se abodegaram, se fartaram e refestelaram em demasia, com cuias e tigelas de ouro,  muitas bandejas de gamelas cheias de Dólar e de Euro, moedas  gringas do Capital Universal, sempre culpado de tudo, por excelente mote do vil discurso, em apreço falso aos vulneráveis e fragilizados, quando o verdadeiro aprume era usar o incenso e o perfume para esconder a sua gana saruê, de rapinagem do erário?

Mas, se todos tudo viram e ouviram assim, como toda estória de má fábula, a imprensa está agora a repintar um novo cenário, afinal o que foi: não existiu. E o que foi lido, precisa mudar e jazer esquecido.

É como se recitassem, recriando, o sábio poema: “O que foi, não é nada!”

Ou é?

“Águas passadas não movem moinhos”. Não era assim que diziam os antigos?

Se o homem é o mesmo, a circunstância não o pode fazer repetir-se?

E repetir-se em cascatas?

Tudo sendo o que foi, mesmo sem nada existir de novo debaixo do Sol?

Se não vem a ser assim, sem nada mudar, nem o homem nem a sua circunstância, eis que a imprensa vem alardeando diferente e mais do mesmo.

Em pool de Rede Band, UOL, Folha de São Paulo e TV Cultura e com as presenças de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (PMDB), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), aconteceu o 1º debate na TV.

Estavam lado a lado, o Ex-Presidente Lula da Silva, hoje não tão sorridente, mas alforriado, “até pela ONU”; o sempre mal-amado e “genocida” denunciado, Presidente Bolsonaro; o Ex-Ministro Ciro Gomes do PDT, o Partido de Leonel Brizola; o Candidato do Partido Novo, Felipe Dávila; e as duas representantes femininas: as Senadoras Simone Tebet do PMDB, e Soraya Thronicke, do antigo partido nanico PSL.

Se nem Lula nem Bolsonaro são novidades, o mesmo pode-se dizer do PMDB da Senadora Simone Tebet, que já governou o país, os Estados e os Municípios, responsável por muitos do seu descalabro, infindáveis denuncias de desmandos, hoje minguando em seguidores e líderes, e também do PDT, que do seu fundador Leonel Brizola, nem mesmo sua “Razão Indignada”, pouca lembrança restou.

Dos candidatos apresentados, somente o Partido Novo de Felipe Dávila alguma novidade expôs, a merecer uma análise, que o destaca, respeitosamente, com muitos equívocos, no meu pensar.

Quanto ao Partido da Senadora Soraya Thronicke, o União Brasil, ninguém poderá esquecer a sua história.

Ele é o velho PFL, sempre acusado de adesista e governista, e que por isso se afundara e se refundara várias vezes, como Democratas e pouco liberais, e que se misturou por fim com o PSL, justo aquele nanico partido que se agigantou com a eleição de Bolsonaro em 2018, e que virou uma sigla rica na maior quota do fundão eleitoral.

No debate, todavia, ninguém quis falar em fundão eleitoral.

Se o Novo abdicou desse Fundão, a representante do União Brasil, aquele que mais se beneficiou no rateio, achou-o diminuto, afinal “só os ricos e bem abonados em recursos pessoais podem dele prescindi-lo”.

No mais houve o incômodo de se falar em corda na casa de enforcado.

Por que deixaram o Presidente Bolsonaro perguntar ao Ex-Presidente Lula da Silva sobre a corrupção já perdoada e não bem esquecida?

Foi aí que sem querer e querendo, o debate se iluminou, aclarando todas as sombras.

Viu-se então que tudo o mais seria incômodo, se a palavra voltasse ao Mito, desvendando tudo e ferreteando a pústula e o tumor, se ali havia alguns.

Eis que entrou a Jornalista, justo ela, Vera Magalhães, espalhando brasas em pose austera de isenção, onisciência e credibilidade, para deslumbrar o debate.

Foi quando a Vera tomou sua paulada.

Dir-se-á, em termos pregressos, que a porretada já era esperada, e só ela, “a datilógrafa”, como assim é comumente mal referida, não imaginou que o receberia.

E mais, sem direito a poder “respostar”!, por julgamento no VAR, imerecido!

Esse povo, que emite opinião fora da boa razão bem centrada, ainda não entendeu que o Bolsonaro jamais se esquiva de se defender do golpe a ele desferido, e assim se apresentar como ele o é, de fato, ele próprio, sem falsete, mas com bom porrete, viril, sem mel, nem dulçura, sem vacilo ou titubeio.

Baixaram-lhe a guarda, e o Mito bateu de novo.

Coisa de jab no box, bem dado, e que não vale depois reclamar, porque nenhum golpe baixo foi constatado, e essa coisa de “MISOGENIA” no final denunciada, é puro choro apenas e que não vale à pena.

Quanto aos malfeitos de Lula e de seu passado denunciado, restou-lhe por final sua pura tristeza.

Sobrou-lhe até por rejeite, um seu convite final a Ciro Gomes para que não mais fugisse de novo para Paris, e que fosse se achegar, justo a ele Lula, para o seu afago e carinho, em unidade de esquerda.

Ou seja, o debate serviu até para um convite de namoro; uma proposta de conúbio.

Quanto às senadoras, não houve convites explícitos de achegamentos outros, e ambas prosseguirão sem crescer. Uma dúvida, que ficou: até quando!

Dir-se-á contudo, que ambas nada perderam, nem elas, nem o candidato do Novo. Estão adquirindo experiência, inclusive nos debates, com tempos marcados de réplicas e tréplicas e sem apartes, coisa que os Senadores e Senadoras nas CPIs se desacostumaram.

No embate da Band, e a meu sentir, só o Presidente Bolsonaro saiu vencedor.

Tinha tudo para perder, pois todos ali o queriam arranhar, e lhe arrancar um pedaço, mínimo que fosse, de unha, de pestana ou do cachaço.

E o Mito saiu inteiro: “inteirasso”; inconsútil e fagueiro!

Quem quiser que dele diga o contrário.

– “Ah!, mas o Bolsonaro se mostrou ‘misógino’”!.

Pois é!, antes do debate ele era apenas “genocida, desmatador, incendiário de florestas, negacionista, terraplanista, contra vacina, estuprador”, e qualquer coisa que o acrescentasse a si contra vau!, agora enriqueceram o seu currículo com um novo título: “Ele é ‘misógino’”!

Algo a definir e esclarecer.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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