Algo mudou na cobertura social?

Jennifer Lopez e Ben Affleck no filme Contato de Risco, em 2003

A reprodução frenética do retorno do casal Bem Affleck e Jennifer Lopez (conhecidos como Bennifer) nas redes sociais, após 17 anos separados, reflete o fascínio que o casal conquistou na mídia quando namorou pela primeira vez. Para os veículos de comunicação, vê-se a oportunidade de divulgar e “explorar” um amor potencialmente resgatado e um final feliz mesmo após uma pandemia.

A cobertura jornalística de celebridades na época era dominada pela imprensa escrita, com os fotógrafos e colunistas de fofocas. Atualmente, o que difere não é somente a agilidade das informações, mas o fato de que as duas celebridades têm seus fâs “perto” e podem falar diretamente para eles em suas redes sociais. Com esta interação direta com os seguidores, facilita um maior controle da divulgação dos fatos.

O excesso de holofotes, a perseguição de paparazzi e a pressão pela atenção excessiva da mídia foram alguns dos motivos apontados pelo casal como motivo do término na época. O que condiz com a narrativa muito utilizada na mídia com celebridades: focar no casal, seja no amor ou na dor.
Com o avanço das redes sociais, a mídia conseguiu ampliar as ferramentas de trabalho, facilitando o acesso aos famosos. A facilidade de expor uma festa no momento que acontece é um dos muitos exemplos que a internet provocou neste tipo de cobertura.

A comunicação na cobertura social também mudou por causa das publicidades. Antes, algumas celebridades queriam aparecer e permanecer no foco da mídia, mas agora existe também a preocupação do personagem em fazer com que sua imagem seja vinculada à alguma marca. Este acaba sendo mais um “controle” para o jornalista que cobre esta área. Por outro lado, tanto alguns jornalistas, quanto celebridades, perderam a noção do que é público e privado.

O perfil do “consumidor” deste tipo de informação também mudou com a chegada das redes sociais. Além de cobrar certas atitudes ditas como “politicamente corretas”, o fã cobra verdade de quem ele acompanha. O público, em geral, rejeita a falta de veracidade e está atento a detalhes mínimos, como quase um investigador da sua celebridade. Se o discurso não casar com o ato, dificilmente este se manterá nos holofotes.

Uma reflexão apressada poderia soar pessimista sobre o papel dos colunistas impressos e os novos colunistas na contemporaneidade. Mas avalio que a complementaridade que as mídias possuem sem anularem umas às outras com o surgimento das novas mídias proporcionou uma revolução na história das comunicações só comparada à invenção da imprensa.

Com a inovação constante nas redes sociais e nas formas de comunicar, sobrou para as celebridades e jornalistas a se adaptar em frequentemente.

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