O ex-governador Albano Franco (PSDB) retornou ontem de Brasília praticamente consciente de que uma aliança com o PFL está se tornando cada vez mais difícil. Teve pouca conversa com a cúpula tucana, mas está agendando uma reunião para a próxima segunda-feira, a fim de tomar uma decisão e acabar com essa novela que provoca um certo desgaste à legenda. Está decidido, sem que haja qualquer retorno, que não será feita uma aliança branca com o PT. O Executiva Nacional não permite e nem será viável para os candidatos proporcionais. Com isso, Albano já arquivou o seu projeto de disputar o Senado. Está em pendência sua candidatura a deputado federal. Ele admitiu que não seria fácil essa eleição, porque considera tarde para iniciar contatos, embora a maioria dos analistas políticos consideram que ele será eleito, mesmo que não faça campanha. Quarta-feira à tarde, quando chegou a Brasília, o ex-governador Albano Franco reuniu-se por 90 minutos com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Estavam presentes o líder do partido no Senado Federal, senador Arthur Virgílio (AM), e o coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PE). Albano foi objetivo e direto: “não é possível uma aliança com o PFL”. Contou a situação do partido em Sergipe e deixou bem claro que a maioria dos candidatos proporcionais era contra a composição e ameaça não votar – e nem pedir votos – no governador João Alves Filho (PFL). Relatou que a candidatura a senador só através de uma aliança branca com o PT e que no encontro que teve com João Alves, não foi aceita a proposta integral que fez para fechar a coligação, como determina a verticalização. Tasso desfez a mínima possibilidade da Executiva aceitar qualquer acordo com petistas, e o senador Arthur Virgílio sugeriu que o PSDB procurasse o governador João Alves Filho para uma conversa que envolvesse o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen. Albano recusou a idéia e ponderou que uma composição não poderia ser feita sob a força de conversas que envolvessem as direções nacionais. Fez ver que qualquer aliança política teria que se basear em entendimentos saudáveis entre as partes interessadas: “não é interessante fechar uma aliança com ressentimentos e desinteresse de segmentos importantes das duas legendas”. O pessoal lhe deu razão e a reunião terminou com o ex-governador informando que teria um encontro com o pré-candidato tucano a presidente da República, Geraldo Alckmin, e que retornaria a Sergipe para uma decisão final. Ao sair da reunião, Albano telefonou para o senador Valadares (PSB) e foram jantar no restaurante Piantella. Aproveitou e relatou o que acontecera na reunião, repetindo o que dissera a Tasso Jereissati: “não dá para fazer uma composição com o PFL”. Valadares aproveitou para sugerir uma forma de aliança branca: “Belivaldo será indicado para vice e o PSB passa para os candidatos proporcionais do PSDB cinco municípios que fecharam com ele”. O senador arriscava, inclusive, uma reação do pessoal do seu bloco, que tenta uma vaga na Assembléia Legislativa. Albano Franco agradeceu, mas não aceitou: o PSDB não admite uma aliança com o PT. Na quinta-feira pela manhã, o ex-governador teve outra reunião. Dessa vez com o presidenciável Geraldo Alckmin. Repetiu praticamente tudo que dissera na quarta-feira ao senador Tasso Jereissati, mantendo a dificuldade de uma coligação com o PFL. Alckmin apelou para o entendimento e disse que telefonaria para o governador João Alves Filho, a fim de mostrar a importância de um coligação dos dois partidos em Sergipe, porque precisava de um palanque completo. Até ontem à noite, segundo informação de assessores do governador, Alckmin não havia telefonado. Albano Franco disse a Plenário que estava preparado para disputar o Senado e que vai conversar com o pessoal para anunciar a decisão. Deve sair na próxima semana. O ex-governador não pareceu muito animado e até falou em se manter sem mandato. Reconheceu, entretanto, que demorou muito para preparar uma candidatura… CONVÍVIO O deputado federal João Fontes (PDT) disse ontem que às vezes se pergunta: “por que estou aqui”? (Na Câmara). E continuou: “no meio de ladrões, mensaleiros e corruptos que negociam com ambulâncias. Não me sinto bem naquele lugar”. POPULAÇÃO João Fontes transmite pensamento de parte da sociedade, que se manifestou contra a prisão do advogado do PCC, Sérgio Wesley, que respondeu a provocação de “malandragem”. “É, a gente aprende rápido aqui…” Foi preso por isso através da arrogância do deputado Alberto Fraga (PFL-DF), um coronel de Polícia, que não tem coragem de denunciar os colegas ladrões e corruptos da Câmara. BENEDITO O presidente regional do PMDB, Benedito Figueiredo, disse ontem que a candidatura do senador Pedro Simon a presidente pelo partido, simplesmente não existe. Benedito acha que quando for feita a convenção para presidente, dia 29, “as convenções regionais já terão homologado os seus candidatos”. COLIGAÇÃO Benedito Figueiredo propõe uma coligação do PMDB com o PSDB em Sergipe. Tem certeza que será bom para os candidatos dos dois partidos. Figueiredo, inclusive, tem uma idéia para levar adiante a aliança entre as duas legendas. Prefere não relatar a estratégia. DIVIDIDO O PMDB está dividido em relação à candidatura própria. O senador José Almeida Lima está integrado ao grupo que defende Simon para presidente. Almeida Lima, inclusive, alimenta a possibilidade de disputar o governo do estado, caso o PMDB homologue a candidatura do senador Pedro Simon. PEDRINHO O advogado Pedrinho Barreto (PSDB) reconheceu que em 2002 votou em José Teles de Mendonça (PSDB) para deputado federal e Fabiano Oliveira (PPS) para estadual. Lembrou que em 1998 foi que votou em Adelson Ribeiro para deputado federal e Ulices Andrade (PSDB) para estadual. CANDIDATO O economista Adelson Alves de Almeida é pré-candidato a governador do estado pelo PSDC. A convenção será dia 18 de junho para homologação. O candidato a presidente da república pelo PSDC, José Maria Eymael está presente. Também será homologada chapa completa para deputados estadual e federal. ESTADO O pensamento programático do PSDC é de transformar um estado autoritário, em estado servidor e voltado para os interesses do povo. Outro projeto da legenda para os estado é passa os Cargos em Comissão para os funcionários de carreira, reduzindo em 30% a folha de pagamento. LIBERAL O Partido Liberal ainda não bateu o martelo quanto à coligação para o próximo pleito, embora se mantenha como integrante do bloco da oposição. O próprio presidente do partido em Sergipe, deputado federal Heleno Silva, encontra um obstáculo: “o PT não aceita uma coligação proporcional para deputado estadual”. IMPOSSÍVEL Não há qualquer possibilidade da indicação prévia de um nome para assumir uma vaga no Tribunal de Contas: “isso é impossível”, disse. Segundo a mesma fonte, “não se pode indicar ninguém para um lugar que não existe”. Lembrou que a nomeação do conselho acontece depois de eleição na Assembléia. HILDEGARDS O presidente do Tribunal de Contas, Hildegards Azevedo, não vai antecipar sua aposentadoria para satisfazer a qualquer tipo de acordo político. Ele se aposenta dia 22 de outubro e pode até cumprir todo o tempo de presidente, com a possível aprovação de aposentadoria aos 75 anos. DUTRA O ex-senador José Eduardo Dutra (PT) tem acompanhado o candidato a governador pelo PT, Marcelo Déda, todas as suas viagens e conversas pelo interior. Não há mais dúvida de que ele será candidato ao Senado Federal e está trabalhando firme para retornar ao Congresso Nacional. ARRUMAÇÃO A meteorologia política prevê tempo ruim para os partidos aliados de oposição, na formação da chapa proporcional. O PT não aceita coligação para estadual e quer eleger um federal. Jackson (PTB), Heleno (PL) e Valadares Filho (PSB) lutam pela eleição, mas o bloco só fará dois federais. Notas PRÉ-CANDIDATO O deputado federal João Fontes (PDT) é o pré-candidato a governador de Sergipe por decisão conjunta do seu partido, tomada ontem à noite, em reunião de cúpula. Fontes elogiou a postura do ex-vereador Antônio Samarone, que retirou sua candidatura imediatamente, em benefício de um projeto comum. Não se falou em candidato a Senado e em nome para vice, que será utilizado para fazer acordo com partidos que serão contatados para composição. O senador Fábio Henrique deve disputar uma vaga na Câmara Federal. PACATUBA-1 O desembargador Pascoal Nabuco concedeu liminar suspendendo a decisão da juíza da vara de Pacatuba, Madeleine Gouveia, que determinava a prefeitura municipal exonerar todos os parentes do prefeito Luiz Carlos, que exercem atividades funcionais naquele município. A prefeitura já havia feito demissões. A relevância da fundamentação baseia-se justamente na inexistência de Lei especifica, na esfera municipal, que vede a nomeação de parentes de quaisquer autoridades municipais em cargos em comissão. PACATUBA-2 Pascoal Nabuco verifica, “numa análise preliminar, que a exoneração dos comissionados, como foi realizada, certamente resultará em lesão grave e de difícil reparação, porque comprometerá o regular andamento da administração, caracterizando o periculum in mora (perigo de protelar uma regulamentação necessária)”. Parecer idêntico ao do desembargador Pascoal Nabuco, para o caso de Pacatuba, foi dado pelo desembargador Arthêmio Barreto, quando tratou da mesma questão para o município de São Cristóvão. É fogo A taxa de desemprego no Brasil ficou estável de março para abril, mas foi a menor para o mês desde 2002. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje pelo IBGE, o percentual de pessoas desocupadas ficou em 10,4%. Acontece domingo, em Pirambu, a tradicional Cavalgada da Gente, idealizada pelo ex-prefeito André Moura. Pesquisas que aponta vitória de Lula no primeiro turno acirram a crise para aliança entre o PSDB e PFL. O deputado Marcos Francos (PMDB) ainda não decidiu se disputará a reeleição. Quem pergunta sobre sua candidatura ele pede para esperar até junho. O deputado Mardoqueu Bodano (PL) viajou ao Rio de Janeiro para participar de uma reunião da Executiva Nacional do Partido Liberal. O deputado Belivaldo Chagas (PSB) entende que chegou o momento dos deputados promoverem um encontro com especialistas sobre legislação eleitoral. O cimento produzido em Sergipe estava sendo vendido a R$ 7,70 em Minas Gerais, Brasília, Rio de Janeiro e outros estados, para onde é exportado. Enquanto isso, os sergipanos pagam pela mesma quantidade do produto, produzido em Sergipe, R$ 17,00 a R$ 20,00 o saco de 50 quilos. Areia Branca retorna com o seu São João e trará algumas atrações importantes, para manter os festejos tradicionais naquela cidade. Estância também não deixará de fazer seus festejos juninos, principalmente porque é feito nas ruas pela população.
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