CD – Divulgação |
Aliciane do Espírito Santo, esposa de Joás Carlos e mãe de Jéter, é a mais nova cantora evangélica de Sergipe. Lançada pelo produtor musical e cantor Gilvan Carlos, ela é filha da preletora Leidnar Cardoso e do músico Antônio Souza. Aliciane estudou no Conservatório de Música de Sergipe, fez parte do Coral do Estado e hoje, na igreja que congrega, Assembleia de Deus Missão, canta no coral Elion e ministra o louvor junto com a banda Adoradores do Senhor. Com formação em Gestão de Tecnologia da Informação (GTI) e em Pedagogia, ela vem apresentar seu primeiro trabalho musical intitulado CREIA.
A cantora vem numa pegada pentecostal contemporânea sobre inspiração de alguns nomes importantes da música gospel como Melissa (ganhadora de Grammy), Léa Mendonça, Eyshila, Michele Nascimento, Daniela Araújo, dentre outras que ela tem como referências musicais.
“CREIA é um CD de reflexão que fala dos sentimentos que temos em relação a Deus e as pessoas ao nosso redor. A música que dá tema ao trabalho é uma canção com uma mensagem diferenciada que diz que Deus não precisa de platéia para operar, Ele age em secreto e ainda pede o silêncio porque não precisa se aparecer afinal, Ele é Deus. Presenciamos todos os dias os seus milagres em nossas vidas”, pontua a cantora ao acrescentar que está vivendo um novo momento e que espera que vidas venham ser impactadas pela mensagem do CD. “Quem neste mundo não precisa de esperança? Precisamos ter fé, precisamos confiar, precisamos crer”, enfatiza.
Criada desde pequena na igreja juntamente com seus irmãos Tony Cardoso e Damares França, que também são envolvidos no mundo musical, a cantora tem bases firmes e enraizadas no evangelho de Cristo e no louvor. Aliciane conversa com a gente e fala do trabalho, música, comunhão com Deus e de seus planos através da música gospel.
Gleice Queiroz: Quando começou o seu interesse pela música?
Aliciane e a família – arquivo pessoal |
Aliciane do Espírito Santo: Minha mãe também canta, na realidade, minha família toda canta. Herdamos isso da minha saudosa "voinha" Lourdes e do saudoso "voinho" Pedro, ambos faziam composições e cantavam para os netos. Minha mãe me disse que, desde pequena, sabia que Deus havia me chamado para o ministério do louvor. Quando criança, cantava e as pessoas sentiam a presença de Deus. Ainda nesta fase, cantava pelos interiores nas igrejas de pastores amigos, cantava também em uma banda do templo que congregava e na banda Louvores que Liberta. Meu irmão Tony é baixista inclusive tocava para Maisa Reis, mas foi embora para Brasília e junto com meus primos cantam em um coral. Minha irmã é pastora de louvor na Sara Nossa Terra do Rosa Maria. Meus primos também cantam e meu tio é o cantor Gilton Santos. Enfim, a música corre na veia da família. Fora que meu pai sempre nos incentivou a aprender a tocar algum instrumento.
Já tem CD gravado? Quantos?
Esse é meu primeiro trabalho.
Suas canções são próprias ou tem parcerias? Se tem, quais são seus parceiros e em quais composições?
Tenho cinco composições que são Tempo do Fim, Além do Horizonte, Pedido da Alma, Chegou o Tempo e Sempre Vou Te Amar. Duas são de Gilvan Carlos que são elas, Anseios e Trajetória; uma é de Priscila Fernandes que é a Sete Vezes Mais e uma foi uma parceria que já deu certo com Fábio Alves que é o tema do CD, a música CREIA.
Você se considera cantora gospel, levita ou adoradora, como se intitula e por quê?
Bom, eu me considero cantora evangélica. Essa moda de estilizar dos EUA não acho legal. Não sou levita porque entendo que quem se considera faz pensando que o levita oferece sacrifícios de louvor. Não tenho nada contra quem se intitula assim. Contudo, no meu ponto de vista, levitas são os que nascem na tribo de Levi. Eu poderia me considerar sacerdócio real, nação santa ou povo adquirido para anunciar as grandezas de Deus, como diz em 1Pe 2:9. Mas sou adoradora, pois todos, sem exceção, fomos chamados para adorar, fomos criados para adorar. Adorar não quer dizer cantar, mas ter um estilo de vida que revele Deus, um estilo de vida que engrandeça o nome do Senhor. Quando eu adoro a Deus cantando eu estou louvando. Bom, esse é o meu entendimento que inclusive aprendi em um congresso de louvor realizado pela Igreja Batista da 12 de Agosto.
Admira ou se espelha em algum cantor? Quais?
Arquivo pessoal |
Sim! Admiro muitos cantores. Os que marcaram minha infância, Marcos Antonio, Sergio Lopes, Guiomar Victor, Mara Lima, Denise e Cassiane. Já na adolescência surgiu Aline Barros, Elaine de Jesus, Lauriete, Eysila, Fernanda Brum, Cristina Mel, Jozyane, Rose Nascimento, Matos Nascimento, Catedral, Novo Som, Oficina 3, Diante do Trono, dentre outros. Hoje, meus preferidos são Michele Nascimento, Vanilda Bordiere, Daniele Araújo, Paulo Cesar Baruk, Samuel Mariano, Elaine Martins… eeeee a lista é grande. Gosto também de ouvir os cantores da terra como Dicla Soares, Keila Gomes, Gilvan Carlos, Rildo Mar, Jackson Frazão, Wilson Di Aragão, Carla Regina, Paulo Figueiredo, Ester de Jesus, Priscila Borba, enfim, tem muita gente boa também da terra que eu gosto de prestigiar, inclusive meus amigos que também ainda não têm CD gravado, mas que já já vão está com seu trabalho em mãos que são Wodia, Damares (irmã), Carla Dayane, Joab (primo), Fábio Nunes e o Vocal Paz e Música. Esses últimos que citei são cantores fenomenais.
Como surgiu a idéia de gravar CD?
Na vida sempre temos altos e baixos. Eu sempre louvei na igreja, mas nunca me desceu ao coração gravar um CD. Acredito que ainda o Espírito Santo não me direcionava para isso porque também não tinha a maturidade necessária e não haveria propósito. Sempre me questionava, gravar CD para quê? Dá trabalho, gasta muito, enfim, não queria. Não via nisso propósito relevante. Quando ia cantar em algum lugar as pessoas perguntavam do meu CD e eu achava graça. O tempo passou, eu me casei e no meu casamento eu me aproximei mais de Deus. Passei a entender mais o que Ele queria para minha vida. Então nasceu o projeto no meu coração. Eu digo que o CD é o início, mas irei alcançar outras etapas porque o projeto que Deus me deu é de cunho social e também Cristão, e para conseguir realizar esse propósito será através da música. Além de ajudar as pessoas espiritualmente também quero ajudá-las na sociedade. Foi assim eu vi um propósito para gravar um CD.
Arquivo pessoal |
Houve algum momento de dificuldade que pensou em desistir do seu ministério?
Tive muitas dificuldades. A primeira foi acreditar nesse projeto. Ficava pensando que era coisa da minha cabeça. Foi quando uma pessoa fomentou a gravação da banda que faço parte na minha congregação. Então me animei. Pensei que seria fácil, mas foi só uma maneira que Deus achou de me instigar. Veio a segunda dificuldade, a decepção. Tive que começar a pensar gravar sozinha; mas como? Sem dinheiro e sem patrocínio. Mas mesmo assim, comecei a planejar, organizei e pensei que em 2015 estaria com o CD, mas ao invés disso eu estava era com um bebê para cuidar. Na minha gestação tive uma mudança brusca na voz, passei de primeiro soprano para contralto original, quase tenor. Foi muito triste. Eu chorava muito porque teve um período que não cantava, pois voz não saia. Essa foi a minha terceira dificuldade. Tive que parar o projeto. Depois que o bebê nasceu minha voz tem retornado aos poucos, mas ainda estou a procura de um bom fonoaudiólogo para agilizar o processo. Passei por uma fornalha para ver se o vaso aqui aquentava e fui aprovada. Deus me deu forças para acreditar que o tempo dEle me usar para as outras pessoas chegou em minha vida. Hoje estou aqui agradecida a Deus por tudo que ele tem feito. O CD Creia não é uma gravação qualquer, é uma mensagem de Deus para minha vida que precisa ser compartilhada para edificação de muitos. CREIA!
Obrigada pela entrevista!
Agradeço ao meu bom Deus por me proporcionar a oportunidade de anunciar boas novas: o Reino dos céus. Ele me pedia apenas que acreditasse e eu acreditei, e ainda creio nos meus sonhos, na realidade, não são meus, são sonhos nascidos no coração dEle e gerados no meu. Se você tem um sonho, um objetivo acredite. Deus sonhou primeiro por você. CREIA e a vá à luta porque a vitória é certa.
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