A analise de LEC foi bastante lúcida e oportuna. Nas rodas políticas muitos já comentavam sobre o desejo do senador em assumir a liderança das oposições em Sergipe. Por isso torceu como ninguém para que João Alves não fosse candidato a prefeito e mais, comemorou muito quando o candidato anunciado foi Mendonça Prado.

Com a estrutura montada com o apoio dos peemedebistas graças aos serviços prestados no Senado Federal, Almeida Lima tem hoje uma campanha organizada. Empaca porém na rejeição grande e nos índices que estão estagnados. Na sua consciência, como bem escreveu LEC, Almeida Lima sabe que dificilmente será prefeito de Aracaju, mas se conseguir levar a eleição para o 2º turno poderá se fortalecer junto ao PMDB nacional e, de quebra, mostrar que é mais forte eleitoralmente do que o candidato de João e Maria, que até o momento não disse para que se candidatou.

A estratégia de Almeida Lima está funcionando em parte, já que para levar a eleição para o 2º turno precisa subir mais nas pesquisas. Tem como trunfo também a estrutura que montou através dos comitês em cada bairro, para o dia 5 de outubro. Serão milhares de pessoas contratadas pelas lideranças. Algumas delas recebem em suas casas, cartas assinadas por Almeida Lima num apelo dramático para conversar com ele. Chegando a residência dele, o senador trata a todos como autoridades. Estes por sua vez se sentem “os reis da cocada preta”, e fecham os acordos. Essas pessoas que têm lideranças em qualquer área nos bairros estão sendo contactadas pelos “olheiros” de Almeida Lima. Uma estratégia que poderá levá-lo ao 2º turno.

Chegando ao 2º turno, Almeida Lima sabe que a rejeição é fatal, mas sairá fortalecido e buscará junto as lideranças do PMDB o controle total do partido em Sergipe já que hoje tem apenas o diretório de Aracaju e de alguns municípios. Com o apoio a Lula em Brasília, Almeida ajudará seus prefeitos aliados que são adversários de Déda. Ou seja, o senador, como bem relatou LEC, ficará no comando das oposições e ditará as regras para que João, Maria e Cia nas eleições de 2010.

Mais uma do parlamentar Ananias I

O leitor conhece já as peripécias do parlamentar Ananias. Quem achou que a irresponsabilidade política do Parlamentar Ananias tinha limites, se enganou. É impressionante, mas ele sempre acha um jeito de se superar. Todos já conhecem o seu estilo falastrão, que adora criticar Parlamentares e Secretários de Estado como se ele fosse um exemplo, uma referência a ser seguida. Depois de algum tempo criticando duramente o Secretário da Saúde, Rogério Carvalho, agora o seu alvo preferido é o Secretário Bosco Mendonça, da Secretaria dos Transportes, em razão da promessa de edição do Plano Diretor de Transporte Estadual, e a questão dos taxistas da capital e do interior do Estado.

Mais uma do parlamentar Ananias II

Não se quer aqui limitar as críticas a quem quer que seja, muito menos em se tratando de homens públicos, mas o fato é que a crítica para ser construtiva, necessita de um substrato fático mínimo para legitimá-la; deve, portanto, ser séria e com propósito público, e não um mero instrumento de aleivosia ou enganação. O Pior de tudo, é que o Parlamentar Ananias não percebe que agindo de forma imprudente e desmesurada vai acabar colocando taxistas do interior e da capital em confronto, o que é abominável sobre todos os sentidos.

Quantos projetos de lei?

Apenas uma curiosidade: alguém sabe informar quantos projetos de lei o Parlamentar Ananias apresentou na atual legislatura?

Conduta e processos contra advogados

Um leitor ao ler a nota publicada neste espaço com o título “Quem controla quem”, relatou um episódio interessante. Uma pessoa da família dele está concluindo uma monografia sobre a ética na profissão do advogado. A pessoa pesquisou em sites da OAB de outros Estados, inclusive em São Paulo, onde obteve todas as informações sobre números de processos que estão sendo respondidos por advogados perante a OAB de seus Estados por problemas de condutas. Soube a quantidade de processos, resultados de julgamentos, enfim, muitas coisas que ajudaram a compor seu trabalho. A surpresa ficou quando a pessoa foi procurar a OAB de Sergipe. A informação que  recebeu foi que não existem estes números.

Números em SE a “sete chaves”

O funcionário teria que fazer uma pesquisa, pegar processo por processo para fazer este levantamento, mas primeiro a pessoa teria que fazer uma entrevista com o presidente Henry Clay para explicar para ele, por que queria estas informações. Se ele não achasse procedente, poderia até não liberar. Ela acabou desistindo, o que prejudicou o seu trabalho. Que absurdo. Em outros Estados estes números são públicos, estão na internet. Aqui é guardado a sete chaves, nem existe sequer um sistema de computador para armazenar estas informações, é tudo manual, como antigamente.

Aliados questionam posicionamento de Gilmar I

Entre as lideranças aliadas ao governador Marcelo Deda as queixas são grandes com relação ao posicionamento do suplente de deputado (em exercício no mandato), Gilmar Carvalho nestas eleições. Em vários municípios, segundo as lideranças, Gilmar está subindo no palanque contrário até mesmo do PSB, partido que faz parte. Citam como exemplos mais recentes Areia Branca e Umbaúba. Neste último ele esteve no final de semana ao lado do deputado Amorim e do ex-prefeito Benedito Barreto, que já foi denunciado por várias vezes no programa de rádio por irregularidades administrativa. Lá ele fez duras criticas ao candidato do PT, Anderson e o atual prefeito Zé de Francisquinho. Lá, Amorim quer derrotar o PT de qualquer maneira e já teve no município cinco vezes. Só para ter uma idéia, em Lagarto, que é o segundo maior colégio eleitoral, Amorim só apareceu duas vezes para dar apoio ao candidato Valmir Monteiro.

Aliados questionam posicionamento de Gilmar II

Uma liderança política forte disse ontem que estes problemas, como o de Gilmar e outros, serão resolvidos após as eleições municipais, onde o governador pretende entrar em uma nova fase do seu governo inclusive mudando alguns secretários. No caso de Gilmar a liderança entende que basta o governador questionar o mesmo se ele é aliado dele ou partidário de Amorim. Pelo jeito depois das eleições municipais muita coisa vai mudar…

Primo copia Almeida em Dores

Ao descobrir que Almeida Lima copiou o slogan da campanha de Barak Obama, o primo dele, José Américo, candidato a prefeito em Dores copiou o slogan do candidato em Aracaju. A natureza é assim, tudo se copia…

Antologia de Marcos Cardoso

O lançamento do livro de autoria do jornalista Marcos Cardoso, diretor de redação do Jornal da Cidade e assina uma destacada coluna aos domingos no mesmo jornal, já tem data de lançamento. Será no próximo dia 11, às 18 horas, na Sociedade Semear, na rua Vila Cristina. Evento importante e que merece o prestígio de todos que amam e respeitam o jornalismo sério.

Coutinho do PDT e Coutinho do PSDB

Diversos eleitores de Coutinho do PDT, enviaram e-mails para este colunista reclamando porque na análise publicada na segunda-feira, 01, sobre a legenda das coligações em Aracaju, foi publicado o nome do Coutinho (Araripe) do PSDB e não o nome do Coutinho do PDT. Então, para não cometer injustiça o nome de Coutinho do PDT, que tem dezenas de carros plotados também faz parte daquela lista da coligação PSDB/PDT. Coutinho e um sargento da PM que mora no bairro Suissa, já o Araripe, do PSDB, é jornalista e tem como principal cabo eleitoral o deputado federal Clodovil Hernandes.

Edital do concurso da Secretaria de Saúde

Alguns leitores estão questionando se a Secretaria de Estado da Saúde, conseguiu, junto ao MPE, ao MPF e ao Ministério do Trabalho um novo prazo para publicação do edital do concurso que foi acordado como prazo final 21 de agosto. O blog tentou, mas não conseguiu nenhuma informação.

Enquanto isso na sala de Justiça…

Deu na Folha Online: Edemar Cid Ferreira escapa da falência – O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou pedido de “falência” do banqueiro Edemar Cid Ferreira. Os desembargadores decidiram que, por não ser tecnicamente um empresário –atividade que era exercida por sua empresa, o Banco Santos, e não pessoalmente por ele–, Edemar não pode quebrar, e seus bens pessoais não podem responder por dívidas da instituição. Edemar é um dos maiores colecionadores de arte do Brasil. Ele foi condenado em 2006 por lavagem de dinheiro e fraude. Na época, a Justiça ordenou a apreensão de grande parte de sua coleção, com o argumento de que muitas das obras foram compradas em esquemas ilegais. É isso aí, banqueiro tem proteção, não pode quebrar, já o bodegueiro, feirante e outros…

TSE mantém multa a Déda por propaganda em 2006 I

O governador Marcelo Déda, de Sergipe, e o Partido dos Trabalhadores (PT) não conseguiram se livrar da multa recebida por propaganda eleitoral antecipada, por fatos ocorridos em 2006. O recurso apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a condenação foi rejeitado pelo ministro Marcelo Ribeiro. O motivo da multa foi a utilização do horário reservado à propaganda partidária do PT, no dia 19 de junho de 2006 – portanto antes do prazo permitido para a realização da propaganda eleitoral-, para a divulgação de suposta campanha pessoal do então pré-candidato ao governo. A representação do Ministério Público foi acolhida pela juíza eleitoral, que aplicou a Marcelo Déda e ao PT multa no valor de 40 mil Ufirs (equivalente a R$ 42.564,00).

TSE mantém multa a Déda por propaganda em 2006 II

O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) manteve a multa. Para a Corte estadual ficou clara a caracterização da propaganda eleitoral. “A imagem do senhor Marcelo Déda associada à mensagem de necessidade de mudança transmite a idéia de que o mesmo seria o mais apto ao desempenho da função pública em comento [governador]”, confirmou o TRE.Contra essa decisão, o atual governador e o PT recorreram ao TSE, afirmando que a inserção questionada teve como objetivo a propaganda partidária, mais especificamente do PT. “Para que houvesse a propaganda extemporânea, haveria a necessidade de a mensagem ser objetiva em relação às eleições e ao pretenso candidato”, argumentou Marcelo Deda.Para o ministro Marcelo Ribeiro, contudo, a decisão regional está em consonância com a jurisprudência o TSE. “É ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao conhecimento geral, embora de forma dissimulada, a candidatura, mesmo apenas postulada, e a ação política que se pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício da função pública”, concluiu o ministro. (Ascom/TSE).

TCU encontra irregularidades no TRF da 5ª Região I

Ontem, 02, 0 Tribunal de Contas da União (TCU) determinou medidas ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região para corrigir irregularidades encontradas em auditoria que abrangeu o período de 2000 a 2003. O objetivo do processo foi verificar a conformidade na área de pessoal do TRF e fiscalizar a correção do pagamento da remuneração dos servidores que ocupam funções comissionadas. A 5ª Região abrange os Estados de AL, PE, CE, RN, PB e Sergipe. Foram encontradas irregularidades como nomeações de servidores não pertencentes às carreiras judiciárias da União ou não detentores de emprego público para funções e cargos comissionados e pagamento indevido de auxílio-alimentação aos desembargadores federais, inclusive retroativamente à data em que se instituiu o benefício. O TCU constatou ainda que houve designação de médico sem vínculo com o TRF 5 para compor junta médica oficial do órgão, além de pagamento irregular de Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI).

TCU encontra irregularidades no TRF da 5ª Região II

O TCU determinou ao TRF 5 que, em 60 dias, identifique todos os servidores que recebem ou receberam vencimento integral do cargo de comissão acrescido do pagamento de VPNI sem amparo em decisão judicial; adote medidas para cessar o pagamento de auxílio-alimentação dos desembargadores federais ativos no TRF 5 e providencie o desconto das importâncias indevidamente pagas; analise documentos nas pastas funcionais de servidores que exercem função comissionada para identificar se existem outras irregularidades e regularize a situação de pessoas estranhas ao órgão que estejam desempenhando atribuições inerentes aos servidores.      Cópia da documentação foi enviada ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho da Justiça Federal. O ministro Raimundo Carreiro foi o relator do processo.

Decisões sobre impugnação de candidatos

Na próxima quinta-feira, 4 de setembro, às 17 horas, o Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe (TRE/SE) se reunirá para decidir mais de cem processos relativos às eleições em curso. A maioria é de recursos envolvendo a impugnação de candidatos. O Tribunal tenta com isso cumprir o prazo estabelecido pelo TSE, que vai até o dia 06 de Setembro, para que todos os recursos estejam julgados nos Estados. Irão a julgamento muitos casos envolvendo prefeitos e candidatos às prefeituras. Muitos viram suas candidaturas impugnadas pelos juízes eleitorais das comarcas em razão de terem tido contas rejeitadas pelos Tribunais de Contas do Estado ou da União. Eles recorreram ao TRE defendendo algumas teses jurídicas, entre as quais: 1) que as irregularidades foram de pequena monta, não sendo “insanáveis”, como exige a lei; 2) que entraram com ações na Justiça Comum para anular as decisões dos tribunais de contas; 3) que somente as Câmaras de Vereadores têm o poder de rejeitar as contas, sendo que os tribunais de contas se limitariam a dar pareceres prévios etc.

Caso da Operação Fox

Um caso que tem causado polêmica entre os juízes, mas que deve ser decidido na quinta-feira, é o do prefeito de Poço Verde Antônio da Fonseca Doria, preso e denunciado na Operação Fox. Ele teve contas rejeitadas pelo tribunal de contas do Estado. Muitos outros prefeitos e candidatos estão pendurados, entre os quais: José Everaldo de Oliveira e Carlos Alberto Lima, de Poço verde; Eduardo Marques, de Pinhão; Enoque Salvador de Melo, de Poço Redondo; Joaldo Lima de Carvalho, de Itabaianinha; José Fernandes de Carvalho Irmão, de Umbaúba; Christiano Rogério Calcante, de Ilha das Flores; Manoel Soares de Souza, de Frei Paulo; José Vilson dos Santos Bispo, de Santa Rosa de Lima; Sergio Oliveira da Silva, de Nossa Senhora da Gloria; Silvano Dantas dos Santos, de Feira Nova; José Júlio de Santana Gomes, de Porto da Folha; Iara Soares Costa, de Tomar do Geru.A sessão, que começa às 17 horas da quinta, não tem hora para acabar. Os advogados e o procurador regional eleitoral deverão sustentar oralmente os seus pontos de vista, antes dos julgamentos proferidos pelos sete juízes da Corte, presidida pelo Desembargador Cláudio Déda. (Ascom/MPF).

Intimidação de Augusto Bezerra

Mais uma vez o pronunciamento desequilibrado do deputado Augusto Bezerra (DEM) mereceu resposta dura do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT). Na sessão de ontem, 02, Bezerra tentou intimidar o colega ressuscitando o episódio que envolveu o deputado e o sindicalista Nivaldo Fernando, em junho deste ano, quando um facão foi utilizado por Gualberto para garantir sua defesa física contra o ataque de Nivaldo. Irritado, mas garantindo a postura de parlamentar, o líder do governo lembrou que o episódio não ocorreu na Assembléia Legislativa. “O assunto foi muito bem explorado na imprensa e envolveu o cidadão Francisco Gualberto, que é parlamentar. Mas reafirmo que não quero ser deputado para ser desmoralizado por ninguém”, disse, sustentando a tese de legítima defesa.

Ramo de flores e um facão

Olhando diretamente para o deputado do DEM, Gualberto mandou um recado duro. “Vossa excelência é meu adversário político, mas se me tratar com delicadeza, ofereço um ramo de flores. Agora, se tentar me bater no meio da rua puxo o facão. Não pense que aqui tem covarde, porque nunca vou apanhar de você, que é um homem forte”, frisou, garantindo que a tentativa de intimidação de Bezerra não assusta. “Não aceitei apanhar de um puxa-saco de João Alves e nem de ninguém”.O episódio do facão aconteceu na rua Bahia, bairro Siqueira Campos, no início de junho. Na ocasião, após uma discussão política envolvendo a eleição do Sindicato dos Profissionais do Magistério de Aracaju (Sindipema), Nivaldo tentou agredir Gualberto, que revidou e partiu para cima dele com um facão em mãos. Depois de ouvir as partes envolvidas, o delegado Luciano Cardoso arquivou o caso na 2ª DM. “Minhas posições de vida são todas assumidas, seja como deputado ou cidadão”, reforço Gualberto. “Mas se vossa excelência ousar fazer a mesma coisa que aquele cidadão tentou fazer, terá a mesma reação. Se duvidar, tente bater em mim para ver. Se eu não tiver com o instrumento na mão, cuspo, arranho, faço qualquer coisa. Mas apanhar para ser desmoralizado não vou não”.

E-mails enviados por leitores

O leitor que enviou e-mails ontem e não teve resposta, se possível, mande novamente. Um problema no computador (vírus) excluiu quase todos os e-mails recebidos no dia de ontem, 02.

DO LEITOR

Descaso X respeito ao bem público

De um leitor e eleitor de Déda: “Será que esta acontecendo no atual governo algo que sempre critiquei? A falta de cuidado com obras públicas realizadas por adversários políticos. A iluminação da ponte Construtor João Alves esta incompleta, abandonada. O interessante é que a iluminação da orlinha do bairro industrial e do viaduto do DIA estão em perfeito estado. Não precisamos desses subterfúgios, pois somos o governo da mudança e respeitamos o bem público. Ou não?”

Questionamento ao comandante da CPRV

De um policial: “Quero fazer uma reclamação em relação ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) da CPRV.Como é que nós empregados cumpridores dos nossos horários temos que trabalhar diariamente das 7 às 13 hs. No SAC a vida é mansa, eles trabalham dia de Segunda Quarta e Sexta das 8 às 13 hs. Mas as Terças e Quintas já que eles trabalharam bastante na Segunda e na Quarta eles trabalham de 9 às 13 hs. Com a palavra o Comandante da CPRV. Então se vc tiver algo a resolver no SAC da CPRV não chegue cedo porque o ditado que” Deus ajuda a quem cedo madruga ” não vale para essa briosa companhia”.

Decisão do comando da PM sobre uso dos veículos

De um leitor:”Finalmente uma reação do comando da PM contra os abusos! Há de se destacar o papel desta Coluna dando voz às denúncias dos cidadãos que, em nome de uma indignação justa, relatam no dia-a-dia a utilização de bens públicos como se privados fossem. Esperamos que haja controle do cumprimento da ordem emitida, porque se assim não for continuaremos a assistir a forma acintosa como os agentes policiais desafiam a sociedade civil com os seus desmandos. Não é incomum verificarmos não só o transporte de civis nas viaturas como a utilização das mesmas em segurança privada. Não creio ser necessário um trabalho investigativo de rebuscada técnica para se comprovar as denúncias, basta o zelo pelo honesto”.

PGE 2 Pesos e 2 medidas

E-mail sobre a decisão da PGE: “Procuradores do Estado de Sergipe perseguem Auditores do Estado de Sergipe que trabalham honestamente para pagar os seus próprios salários, será que o Estado de Sergipe vai quebrar só porque sete auditores se afastaram pra se candidatar ao pleito de 2008 como manda a lei e garantiram na justiça o direito de receber o seu ordenado que é o próprio sustento. Enquanto isto estes mesmos procuradores usaram dois pesos e duas medidas, porque não recorreram da decisão do tribunal em relação aos professores?  será medo da repercussão de mais de 20 mil professores, enquanto aos 07 auditores ficam recorrendo estou com peninha deles por tanto zelo com o Estado, não que não seja justo o direito dos professores isto é agir com dois pesos e duas medidas, ou seja, isto é prevaricação e prevaricar é crime”.

Respeito ao contrato dos seguros

Do leitor Hugo: “Tem certos momentos em que o cidadão comum e mortal, gente como nós, toma, como diz o dito popular, um “abuso” das atitudes deste STJ. Quanta pirotecnia. A respeito de sua matéria sobre seguro de vida e dirigir embriagado, uma lei que parecia tão boa e interessante, devido ao STJ, começa a ser avacalhada e, dentro em breve, cairá no esquecimento. As leis existem, mas, não pegam. A nossa justiça é mesmo muito engraçada. Ora, se eu contrato um seguro de vida, pensando em proteger minha família, leio e aceito todas as cláusulas e, evidentemente, a elas me submeto. Como é que agora, depois de tantos anos, as clausulas que acordei, já não valem mais. Não estou reclamando querendo defender a irresponsabilidade de quem bebe e vai dirigir e sim, lembrar que estamos no Brasil, onde tudo é feito na base do jeitinho. Não sejamos hipócritas para acreditarmos que não é assim. É claro que não tenho nenhuma intenção de beber e dirigir, aliás, tenho cumprido a risca a lei, mas, nós conhecemos mesmos como são as seguradoras”.

“Só pago o seguro quando chegar o laudo pericial”

Continua Hugo: “Hoje em dia, para você receber um prêmio de um seguro leva no mínimo sessenta dias cumprindo a burocracia “normal” das seguradoras. Agora, imagine a seguradora cobrando de qualquer acidentado mais um documento, um laudo que, dependendo do local do acidente, não será fácil conseguir. Aí a seguradora dirá: só pago o seguro quando chegar o laudo pericial. Como o laudo não chega, o imbecil do brasileiro que pagou seguro à vida toda e, estava correto, terá sua família desamparada graças ao nosso governo e suas leis inconseqüentes. Eu pergunto se o ilustre juiz que emitiu este parecer imaginou que ele não estava punindo o infrator e sim, a família do mesmo que não teve nada a ver com a irresponsabilidade do imbecil que bebeu e foi dirigir. Ora, quem morre, morre, se acaba, e vai prestar contas dos seus atos em outra instância mas, a família fica e, na grande maioria das vezes ficará desamparada. Tenho seguros contratados e, confesso que estou tentado a cancelar todos. O que será que este STJ inventará a seguir. Vamos aguardar”.

Aruana chora, Jardins rir !  – Antônio Leite I

Artigo do ator, produtor cultural e ambientalista Antonio Leite publicado no JD no último final de semana e enviado a este espaço para publicação a pedido de alguns ambientalistas: “O Ministério Público Federal mandou demolir no final do mês passado, mais uma leva de bares na Praia de Aruana. O ato de força transformou aquele dia -para quem perdeu talvez o seu único patrimônio – em mais um dia de choro e de justas lamentações, e de sorrisos largos para quem impôs a demolição. A quem recorrer? À Prefeitura, que há oito anos vem empurrando com a barriga a definição de um projeto para aquela área de praia? Ao Governo do Estado que lava as mãos diante de tamanha brutalidade? À justiça? Mas que Justiça? A de quem mandou demolir os bares? A quem?  São tantas as questões não respondidas, e tão tênues os argumentos usados, que talvez aos proprietários dos bares condenados, reste apenas apelar para o Papa. Porque a praia de Aruana se tornou objeto desta interminável querela jurídica?

A presença do homem nas praias do mundo inteiro, é sobre todos os aspectos, algo inquestionável. Assim como os bares e restaurantes, que são equipamentos necessários para oferecer bons serviços e conforto para quem freqüenta esses locais. E a Aruana, com o seu aspecto bucólico e paradisíaco, não é uma exceção.  Mais uma vez a sociedade assiste a um ato brutal de um poder que foi criado para protegê-la. Porque demolir os bares da Aruana com tanta urgência e com tanto denodo, se não há nenhum projeto a ser executado, em curto prazo, naquela área?  A quem interessa que essa área tão valorizada seja desocupada a toque de caixa?”

Aruana chora, Jardins rir !  – Antônio Leite II

Continua Antônio Leite: O Ministério Público, para justificar as demolições, alega tratar-se de área de preservação ambiental permanente. O IBAMA por seu turno, admitiu, em documento, que ali já não é mais área de preservação. Mas o Ministério Público Federal entende que sim. O mais curioso é que, para o MPF, a área de preservação restringe-se tão somente àquele pedaço, que vai do terminal da Petrobras até o início da Rodovia Sarney. Exatamente aquele pedacinho, onde começam a ser construídos condomínios de luxo e vistosos edifícios, próximos ou mesmo sobre as dunas.  Andando-se um pouco mais, na direção do Mosqueiro, encontramos grandes bares, na mesma Rodovia Sarney, construídos em concreto armado e, na Barra dos Coqueiros, a piscina construída pelo Hotel Star Fish, dentro do mar. E os condomínios luxuosos à beira mar, as mansões nas dunas do Abaís e na Praia do Saco? Os prédios construídos sem o mínimo respeito aos recuos, no tocante às vias publicas?  E tantas e tantas outras irregularidades crimes e crimes contra a natureza, que são praticados nas barbas do poder publico e para os quais o MPF fez vistas grossas.  Nas dunas da Aruana, mesmo antes  da construção da rodovia que interliga Atalaia às praias da Sarney, já se construía um condomínio. E hoje tem até prédio de 20 andares, exatamente no mesmo espaço que o Ministério Público diz ser área de preservação ambiental.  Assistimos diariamente, através da mídia, denúncias de bárbaros crimes ecológicos cometidos por populares. Em Aracaju aconteceu o maior de todos eles, que foi a construção do Bairro Jardins, com total desrespeito à natureza e às leis que regulam a urbanização da cidade. Segundo a lei, a empresa empreendedora é obrigada a destinar 35% de toda área para abertura de vias, áreas verdes e de lazer, estacionamento para visitantes, equipamentos comunitários – praças, parques, escolas, postos de saúde, etc. Infelizmente nada disso foi feito na primeira etapa do Bairro Jardins, onde está o metro quadrado mais caro de Aracaju, ali, dos 35% exigidos, apenas 7% tiveram tal destinação: ou seja, apenas um quinto do exigido por lei! Isto, consequentemente, deve ter trazido grande lucro ao empreendedor e grande prejuízo à qualidade de vida dos que ali residem”.

Aruana chora, Jardins rir !  – Antônio Leite III

É de doer. No mesmo momento que os órgãos públicos permitiam que aterrassem os manguezais para construir o novo bairro modelo, que nem saneamento básico decente tem, uma vez que os dejetos são jogados no canal sem tratamento adequado  causando uma fedentina horrível, foi criado o Parque Ecológico Tramanday, verdadeiro conto do vigário construída em uma área que pertence a Construtora Cunha. E o que é estranho também é uma construtora ser a  dona do manguezal. Quem lhe deu esse direito. A construtora dona do manguezal do canal do Tramanday  ganhou na justiça e a Prefeitura de Aracaju vai ter que pagar, e pra eles a Prefeitura paga,  10 milhões de reais para indenizá-la. Claro que esse dinheiro sai do bolso do povo.   Mas, para que a população não fique no prejuízo, a empresa que constrói o novo bairro modelo, se comprometeu em construir, de forma compensatória, uma praça no Bairro São Carlos. Que permuta maravilhosa: construir uma praça no São Carlos, que sem dúvida merece a praça, em troca de construir apartamentos no metro quadrado mais caro da cidade. Alguém calculou os custos de um e do outro empreendimento para avaliar se essa é uma permuta justa? Se o recurso erário não foi lesado? E a praça onde está? Ela foi construída a onde, que ninguém acha? A sociedade quer ver é o Ministério Publico cobrar da construtora as irregularidades cometidas naquele bairro que chega as raias da irresponsabilidade.  Diga-se de passagem: fruto de conivência harmoniosa da Prefeitura e os administradores da época. Segundo cálculos de especialistas a construtora lucrou mais de 50 milhões com estes terrenos que por lei deveria ser de domínio publico. E a farra continua. Agora a mesma empreiteira trabalha na segunda etapa do Jardim de concreto, nos mesmos moldes da primeira: as máquinas estão lá,  acabando com as dunas, transformando a tranqüila Aracaju em um amontoado de prédios sem a menor preocupação  com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos aracajuanos. Para se ter uma idéia a mesma licença de dez anos atrás foi mantida! E o que é mais grave, o poder público faz de conta que não enxerga. É conivente! Inclusive, libera alvarás!!! Não sou contra o desenvolvimento. Sou contra sim, o crescimento desordenado, sem um planejamento que inclua o homem e o ambiente como bens primordiais. Crescimento esse, que infelizmente, vem tomando conta de nossa pacata capital. Apelo para a sociedade, para que cobre do poder publico uma postura coerente, que exija das construtoras as mesmas regras cobradas dos proprietários de bares da Aruana, fazendo-as também cumprir a lei. Apelo e cobro do Ministério Publico Federal, para que seja usado o mesmo peso e a mesma medida, sempre. A Procuradora Federal Eunice Dantas disse em entrevista ao radialista Gilmar Carvalho que não sabia que a área onde está situado o Bairro Jardins é terreno de Marinha. É preocupante a  desinformação de uma Procuradora Geral da Republica. Quem em Sergipe não tem conhecimento que toda cidade de Aracaju foi construída em cima de manguezal? A sociedade quer ver um Ministério Público, que é mantido com o dinheiro público, atuar contra os que realmente comprometem a qualidade de vida da população. Ai sim, com certeza, a dignidade enxugará nossas lagrimas”. Antônio Leite,      

ator, produtor cultural e ambientalista.

Frase do Dia

“Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.” Cacique Seatlte, na sua carta defendendo a Natureza.