O que é HPV?
HPV é o “papilomavírus humano”. Infecta pele e mucosas de homens e mulheres em qualquer idade. Existem diversos tipos de HPV. Alguns tipos podem causar verrugas e cânceres no colo do útero, vulva, pênis, ânus, boca e garganta. Nos HPV de alto risco incluem-se os tipos 16 e 18, que são responsáveis por 75% das lesões mais graves (cancerosas). Já as verrugas genitais, denominadas condiloma acuminado, estão relacionadas com os HPV dos tipos 6 e 11.
Como é transmitido o HPV?
É transmitido através do contato direto com pele e mucosas. Os tipos de HPV que infectam a região genital e anal, boca e garganta são transmitidos principalmente através do contato sexual. Por esse motivo, a infecção por HPV é considerada uma IST – Infecção Sexualmente Transmissível.
Qualquer pessoa pode contrair a infecção pelo HPV?
Sim. Todas as pessoas, principalmente, que não utilizam o preservativo, estão sujeitas à infeção pelo HPV após o início da sua atividade sexual. Todas as pessoas são suscetíveis. Tudo depende do(s) tipo(s) de vírus infectante(s) e das defesas naturais da pessoa. Como é feita a prevenção contra o HPV?
Em primeiro lugar, através da vacina, que no Brasil, é gratuita na rede pública para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para homens e mulheres de 9 a 45 anos imunossuprimidos, que vivem com HIV/aids, estão em tratamento oncológico, realizaram transplante de órgãos. A vacina está disponível também em clínicas particulares para qualquer idade, sob recomendação médica; O uso de preservativos em todas as relações sexuais reduz o risco de contrair a infecção pelo HPV; Realizando exames de Papanicolau para o rastreamento do câncer do colo do útero. Além de identificar lesões precursoras do câncer, o material pode ser usado para a pesquisa do tipo de HPV. Ao menor sinal de lesões ou verrugas na região genital, anal, ou oral, o usuário deve procurar um profissional de saúde.
Quem tem HPV, significa que vai ter câncer? Na maioria das vezes, não. Porém, quem tem infecção persistente por certos tipos de HPV, tem maior risco de desenvolver as lesões pré-cancerosas e o próprio câncer.
Mulheres vacinadas contra o HPV, ficam totalmente protegidas contra todos os tipos de HPV?
Embora a vacinação reduza significativamente o risco de câncer relacionado ao HPV, as mulheres que tomaram a vacina contra o HPV ainda precisam fazer exames de rastreamento do câncer do colo do útero, como o Papanicolau. A vacinação contra o HPV permite uma proteção eficaz contra os tipos de HPV incluídos na vacina.
O que o HPV pode provocar nos homens?
Os homens de qualquer idade podem contrair a infecção pelo HPV, podendo apresentar verrugas genitais e câncer de ânus, pênis, boca e garganta. Por isso, a vacina também é recomendada para meninos. O câncer de pênis, por exemplo, está muito associado à presença do HPV e também à falta de higiene íntima.
O uso do preservativo previne a infecção pelo HPV?
Embora o preservativo não proteja totalmente a pele da região genital, o uso correto e consistente reduz não só a possibilidade de infecção pelo HPV como também outras IST como HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, hepatites virais.
Quem não tem o HPV está livre de ter câncer nos órgãos genitais? Enquanto a pessoa for sexualmente ativa, e não usar o preservativo, o risco de infecção por HPV continua existindo e com ele um risco menor de cânceres relacionados ao HPV.
Qual a relação entre o uso da pílula anticoncepcional a infecção pelo HPV e câncer de colo do útero?
Sabe-se que o uso de contraceptivos orais por longo prazo pode aumentar ligeiramente o risco de câncer do colo do útero, mas apenas entre as mulheres com infecção por HPV. Ter o HPV é o principal fator de risco para o câncer do colo do útero, e a prevenção ainda está centrada na vacinação para prevenir a infecção pelo HPV e no rastreamento (Papanicolau).
Como o HPV pode levar ao câncer?
Uma vez infectado, o corpo pode ou não eliminar a infecção pelo HPV. Se o organismo não conseguir eliminar a infecção, a persistência a longo prazo, de determinados tipos de HPV, pode resultar em alterações pré-cancerosas. Algumas dessas alterações, se não forem tratadas, ao longo do tempo poderão evoluir para o câncer. Rastreio e tratamento de lesões reduzem muito o risco dessa progressão, podendo até evitar o surgimento ou a evolução do câncer.
Uma mulher grávida e que tem a infecção pelo HPV, poderá afetar o bebê?
Os bebês podem sim contrair o vírus ao passar pelo canal de parto quando as mães têm verrugas genitais por HPV. Vacinar as adolescentes e mulheres jovens contra o HPV reduz dramaticamente o risco de as mães passarem estes vírus para os bebês.
Como devem ser tomadas as vacinas contra o HPV disponíveis na rede pública de saúde?
As vacinas disponíveis na rede pública são Quadri valentes (protegem contra quatro tipos de HPV). Para meninas e meninos, de 9 a 14 anos, são recomendadas duas doses da vacina contra o HPV. Para homens e mulheres imunossuprimidos, que vivem com HIV/Aids, pacientes oncológicos e transplantados de 9 a 45 anos, devem ser tomadas três doses da vacina contra o HPV.
Alguns pais perguntam: Por que vacinar meninas e meninos se eles ainda não são sexualmente ativos? A proteção antes da vida sexual diminui as chances de uma infecção futura que pode provocar câncer de colo de útero. Além de que, uma pessoa mais nova possui um sistema imune mais potente, gerando anticorpos em grande quantidade e muito eficientes.
Sempre a pessoa que tem infecção pelo HPV, terá sinais e sintomas? Na maioria dos casos, as infecções são eliminadas espontaneamente pelo organismo, sem que se observe qualquer sinal ou lesão. Entretanto, alguns tipos de HPV podem causar verrugas genitais, e outros tipos, quando persistentes, podem causar o câncer. Não é possível prever quem irá desenvolver doença associada ao vírus.
O câncer de Colo de Útero pode se manifestar com sintomas?
Quando o tumor se desenvolve, vai expandir-se progressivamente e nessa altura podem surgir sintomas. Pode aparecer perda de sangue durante as relações sexuais ou corrimento abundante com ou sem sangue, mas de cheiro intenso, seguidas de perdas de sangue espontâneas. Mais tarde podem surgir dores e outras alterações, associadas às estruturas atingidas.