O ato de escrever é uma atividade extremamente libertária, onde você pode manifestar livremente suas idéias e pontos de vista na medida em que ocorrem na sua mente. Se você encontra um meio de acesso publico onde pode divulgar o que escreve preservando suas opiniões, de fato você consegue exercitar o que de mais democrático pode existir em termos de liberdade de expressão. Por sua vez, o ato de ler, embora tenha uma característica de aparente passividade, se reveste de uma aura democrática ainda maior, pois basta fechar os olhos, ou virar a pagina do jornal ou da revista, para que definitivamente se evite ler o que não se deseja. Numa pagina de internet a liberdade do leitor é ainda maior, já que para ler o que quer que seja, é preciso sair de uma posição de inatividade e partir para a ação, clicando no link que o levará ao texto alvo do seu interesse. Bastará exercer a passividade máxima, evitando o clicar no link, para que o leitor não tenha acesso ao que não quer ler. Diante do exposto, espanta-me que aqui no pequeno espaço da minha coluna, no portal Infonet, além de contar com leitores que gostam do que escrevo e se identificam com as idéias expostas, incrivelmente eu tenha também que conviver com um razoável numero de leitores habituais não por afinidade de idéias, mas por absoluta aversão. A esses leitores por aversão, peço a compreensão para que evitem postar seus comentários repletos de desinformação, e simplesmente exerçam o que de melhor a democracia na internet lhes oferece: não cliquem no link que leva à coluna, se ficam tão indignados com o que lêem por aqui. Não pretendo responder individualmente aos insultos que rotineiramente vocês desferem contra mim, pois seria perda de tempo tentar entabular um diálogo com pessoas que, ou escondem suas identidades por trás de um enigmático endereço eletrônico, ou expressam com muita impropriedade a ignorância sobre o assunto tratado. Quero hoje usar o espaço da coluna para retificar junto a esse pessoal alguns detalhes, que eles insistem em desinformar. Primeiro, não fui o presidente da Deso no governo passado, como já sugeriram algumas vezes esses dessintonizados. Fui o diretor presidente das emissoras de rádio e TV públicas, a Fundação Aperipê, e o Secretário de Estado da Comunicação. Segundo: na minha gestão de fato ocorreu uma licitação planejando o gasto de R$ 30 milhões em publicidade, propaganda e promoção de eventos para o ano de 2006. Mas não foi nenhuma exorbitância, como inferiram alguns desses desinformados, ao compararem à licitação do mesmo gênero feita pelo governo atual, que prevê o gasto de R$ 21 milhões, alegando-se que estão economizando dinheiro público. Na verdade tudo não passa de truque de retórica para enganar trouxas, pois irão gastar R$ 21 milhões somente em publicidade e propaganda. Outra licitação, que este governo já anunciou, vai tratar em separado das contratações específicas para o patrocínio de shows e eventos, que também requer grande soma de recursos. Ou seja, os gastos na área de comunicação terminarão sendo ainda maiores do que aqueles praticados pelo governo anterior, enquanto o pessoal com escassez intelectual ainda não se apercebeu do truque. Vale acrescentar: nos três anos anteriores, os gastos com a comunicação do governo passado foram significativamente menores do que os tais R$ 30 milhões de 2006. No primeiro ano do governo passado, por exemplo, os gastos giraram em torno de R$ 12 milhões. Já o governo atual, começou o primeiro ano prevendo gastar R$ 21 milhões, isso sem incluir nessa conta os patrocínios dos shows e eventos, que serão pagos à parte. Imagine quanto não pretendem prever para gastar em comunicação e eventos no ano em que Marcelo Deda tentará a reeleição. Só estas desinformações valem a pena ser esclarecidas. De resto, é preferível que estes leitores por aversão poupem a inútil queima de massa cinzenta redigindo mal traçados comentários, já que precisarão dela no futuro para entenderem onde erraram.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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