Aracaju, João Alves e Jackson

A semana que passou foi marcada por dois fatos políticos em Aracaju que servem de reflexão para os aracajuanos. Partidários do ex-governador João Alves Filho (DEM) e do deputado federal Jackson Barreto (PMDB), comemoravam as possíveis candidaturas dos dois a prefeito de Aracaju, por conta de uma pesquisa divulgada. Aqui, o leitor permita (pelo menos, por enquanto), não analisar o mérito da pesquisa, já que depois da campanha eleitoral do ano passado poucos institutos – aliás, apenas um único – podem ter crédito com a qualidade do que divulga.

 

Dos nomes que estão cogitados para candidatos a prefeito de Aracaju é preciso uma análise histórica. João Alves Filho, prefeito biônico de 1975 a 1979, em plena ditadura militar. Jackson Barreto, primeiro prefeito eleito com o retorno das eleições diretas em 1985 e com um detalhe: João e Jackson, em 85, estavam juntos, no mesmo palanque. Já Almeida Lima e o atual prefeito Edvaldo Nogueira também têm algo em comum: nunca foram eleitos prefeitos de Aracaju. Almeida era o vice-prefeito eleito junto com Jackson em 1992, quando em 1994, Jackson renunciou para ser candidato a governador. O mesmo ocorreu com Edvaldo Nogueira no ano passado, quando Déda renunciou o mandato. Já João Fontes, depois da eleição do ano passado, onde obteve uma inexpressiva votação para governador, está claro que como político, ele é um bom advogado.

 

Porém, se os quatro nomes acima disputam a prefeitura, eles representam gerações e modelos administrativos diferentes. Imagine, caro leitor, uma campanha com João X Jackson. Será a volta ao passado. Não terá projetos administrativos, mas concepções pessoais e, com certeza, muita baixaria. Os marqueteiros de Jackson lembrarão que João foi prefeito biônico e tudo mais. Já os marqueteiros de João vão lembrar da intervenção na administração Jackson, com o voto de Déda e outros detalhes. E Aracaju, onde ficará? Será que vale a pena reviver 30 anos atrás, no caso de João Alves, ou 22 anos atrás, no caso de Jackson?

 

Tudo isso leva a uma conclusão: a falta de uma renovação política não só em Sergipe, mas também em Aracaju. Porém, se a renovação não chegou na área partidária, chegou no eleitorado. Aracaju hoje é um modelo de gestão para todo o país, fruto das últimas administrações, iniciada com Almeida Lima, passando por Gama, Déda e Edvaldo. Esse novo modelo de gestão administrativa não comporta a mesquinhez e os interesses individuais. João Alves e Jackson Barreto já estão na história de Sergipe pelo que realizaram nos últimos 30 anos, mas dificilmente podem contribuir com a nova Aracaju, que é moderna, ágil, e não suporta mais os modelos administrativos tradicionais, que emperram, incham e, sobretudo, utilizam a máquina para fins meramente eleitorais.

 

Sete governadores correm risco de perder cargo em definitivo I

Parte de matéria do Estado de São Paulo de sábado, 01: “Oito recursos na pauta de votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaçam o mandato de 7 dos 27 governadores eleitos em 2006. Maranhão, Paraíba, Rondônia, Roraima, Sergipe, Tocantins e Santa Catarina correm o risco de assistir à troca de governo, caso o TSE acate denúncias de abuso do poder político e econômico, compra de voto, propaganda antecipada e distribuição de cargos e benesses em período eleitoral, entre outras infrações à Lei 9.504/97 (Lei Eleitoral) e à Lei Complementar 64/90 (das Inelegibilidades)”.

 

Sete governadores correm risco de perder cargo em definitivo II

O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), é alvo de dois recursos – do Ministério Público Eleitoral e da coligação adversária. Em julho, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) local cassou o seu mandato, a pedido do PCB, pela distribuição de 35 mil cheques pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) – denúncia de abuso de poder político. O plenário do TSE concedeu liminar ao tucano. Em dezembro, o PAN acusou o vitorioso de Sergipe, o ex-prefeito de Aracaju Marcelo Déda (PT), por propaganda irregular e abuso de poder econômico e político. O partido recorreu ao TSE alegando que Déda se aproveitou do cargo de prefeito para fazer “maciça campanha promocional”. A acusação é de propaganda eleitoral antecipada, que Déda contesta. Por sua assessoria, ele lembra que ação semelhante foi rejeitada duas vezes, por unanimidade, no TRE.

 

PED dá vitória a Márcio Macedo

Ao PED – Processo de Eleições Diretas do PT foi realizado ontem em todo país. Até o fechamento desta edição, a candidatura à reeleição de Márcio Macedo a presidência estadual do PT estava vencendo as eleições. De uma parcial em 40 municípios, Márcio tinha 1.467 votos, Correia 341 votos e Denison 124 votos. Já em Aracaju a apuração não tinha terminada, mas as primeiras urnas davam uma vitória a candidatura à reeleição de Chico Buchinho.

 

Defesa de apadrinhados políticos

Estranho um setor da imprensa defender privilégios e dizer que o projeto de lei que acaba com as incorporações é impopular. Impopular? Por acaso o povão sabe o que é isso? Não, caro leitor, não estão preocupados com direito de algum servidor. O jornalista deve ter se referido a algum apadrinhado político. Gente que, por sinal, ele conhece muito bem, e como conhece…

 

Uma pergunta interessante sobre o concurso da SEAD

De um leitor: “quantas pessoas, que ocupavam cargos comissionados no governo anterior e/ou no atual, foram aprovadas no último concurso da SEED e da SEAD? Os números, com certeza vão trazer algumas surpresas.  Pelo nível de dificuldade das provas, em se tratando principalmente da de 1º Grau e mesmo do segundo, creio eu, muito “doutor” que não “ralou” mesmo, acreditando que ia ser moleza, se deu mal. Foi um vexame. É fácil constatar. Mande fazer o levantamento. O governo estadual não precisa esperar a aprovação da nova lei que está na AL para chamar os aprovados se o problema for apenas a incorporação dos salários em cargos comissionados pelos aprovados, meia dúzia de gatos pingados. O problema deve ser outro”.

 

Eleições diretas para desembargador

O Conselho Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE) realizará, no dia 7 do próximo mês, consulta direta aos advogados para formação da lista sêxtupla, que norteará o Tribunal de Justiça e o governador do Estado, Marcelo Déda, na indicação do novo desembargador, que substituirá Manoel Pascoal Nabuco D Ávila no TJ. Ao todo são 16 candidatos e o processo direto é uma conquista dos advogados de Sergipe que deve ser reforçado com a votação maciça na próxima sexta-feira. Para validar o processo é preciso que metade mais um dos advogados adimplentes participem do pleito. Para a lista sêxtupla é preciso que os candidatos tenham metade mais um dos votantes. Por isso é importante a somação de todos para que não seja necessário outro pleito, já que seis candidatos têm que conquistarem a metade dos votos.

 

Em jogo o fortalecimento da OAB/SE

A OAB está fazendo a sua parte conclamando que todos participem do pleito. A OAB entende que é importante referendar o processo democrático que não é utilizado pela maioria dos Estados, onde o conselho escolhe a lista sêxtupla. Hoje, 03, é o último dia para que as pendências relativas às anuidades sejam corrigidas. Todos à votação na sexta-feira, mais que a escolha de uma lista sêxtupla está em jogo o fortalecimento da OAB/SE e da democracia.

 

Homenagem a Genival Nunes I

Depois de 24 anos lecionando no Colégio Arquidiocesano o professor e biólogo Genival Nunes, foi demitido na última semana. A figura de Genival se confunde com a história do Arquidiocesano e vice-versa. Genival está hoje como presidente da Adema. O motivo foi esse?  Não pode ser, até porque no horário eleitoral do ano passado, o padre (isso mesmo o padre) Carvalho participou do programa do PT pedindo voto para o então candidato Rogério Carvalho. Em pleno período de renovação de matriculas o Arquidiocesano abre mão de um dos seus mais competentes professores.

 

Homenagem a Genival Nunes II

Quando este jornalista soube da demissão ligou imediatamente para Genival Nunes, que, parecia triste, mas pediu para não comentar sobre o assunto. Este jornalista deixa de atender o pedido do amigo que aprendeu a respeitar, pela coragem, determinação e amor ao que faz. Genival, com certeza, será homenageado pelas centenas de alunos que passaram pelo Arquidiocesano e aprenderam, não apenas a matéria que ele leciona, biologia, mas, sobretudo, que caráter, correção e honestidade são virtudes que devem nortear a vida de todo cidadão de bem. Este jornalista não foi aluno dele, nem é parente, mas tem a certeza que Genival crescerá com este episódio. Para o amigo: “O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre”.

 

Leitor questiona tipo de redutores I

De um leitor: “Muito louvável os serviços que estão sendo realizados na Orla só temos a lamentar quanto ao tipo de redutores de velocidade que foram utilizados em toda a sua extensão. O problema caro jornalista não é o fato de se usar do expediente de redutores, mas sim o tipo visto que os mesmo que lá se utilizou não é o recomendado pelo Contran, muito pelo contrário aquele tipo de material é tão somente utilizado como de marcador de direcionamento e separador de fluxo de veículos. O Contran entende que aquele tipo de tachões pode provocar a desestabilidade de veículo e até mesmo corta os pneus podendo vir causar um acidente. A resolução 160 do Contran normaliza o uso de tachas e tachões, coisa que pelo visto não é do conhecimento do Órgão e de quem projetou a sinalização para aquela via”.

 

Leitor questiona tipo de redutores II

A resolução: Dispositivos delimitadoresSão elementos utilizados para melhorar a percepção do condutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento e a sua separação em faixas de circulação. São apostos em série no pavimento ou em suportes, reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas adjacentes a elas. Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem uma ou duas unidades refletivas. O tipo e a(s) cor(es) das faces refletivas são definidos em função dos sentidos de circulação na via, considerando como referencial um dos sentidos de circulação, ou seja, a face voltada para este sentido. Tipos de Dispositivos Delimitadores: -Tachas; – elementos contendo unidades refletivas, aplicados diretamente no pavimento; Tachões – elementos contendo unidades refletivas, aplicados diretamente no pavimento.

 

Constrangimento no sistema de transporte I

De um estudante: “Gostaria que você verificasse junto a SMTT o porquê dos estudantes de Aracaju estarem sendo constrangidos no sistema de transporte aracajuano. Bom, o fato que tem acontecido é o seguinte: quando um estudante tem que pegar mais de um ônibus para se dirigir até um determinado local e esse mesmo estudante não pode ou opta por não fazer a integração em um dos terminais de nossa cidade, ele tem que aguardar 30 minutos para que possa pegar outro ônibus. Isso mesmo!! 30 minutos até que a carteira esteja liberada. Acho isso um absurdo, pois todo estudante sabe seu horário e quando ele opta por ter que pagar uma segunda “meia passagem” é por necessidade de chegar rápido ao seu destino e não porque pode gastar muito. Eu entenderia se o bloqueio de 30 minutos fosse no mesmo ônibus que o estudante pegou, pois evitaria que outras pessoas usassem a mesma carteira mas bloquear para qualquer ônibus!!”

 

Constrangimento no sistema de transporte II

Continua o estudante: “Os estudantes têm que contar com o bom senso dos cobradores que explicam o problema ao passageiro e pedem que esse ao final de seu trajeto dessa pela frente. Mas mesmo com a boa vontade dos cobradores acredito que seja um constrangimento para os estudantes e também isso pode ocasionar transtornos nos ônibus. Transtornos do tipo de um discussão ou quando o ônibus está cheio e as pessoas ficam impedidas de passar até que a discussão entre o cobrador e o estudante chegue ao fim. Outro problema que reconheço nesse sistema está nos Terminais de Integração. Geralmente só existem duas entradas com o equipamento e nos horários de pico fica um fila enorme de pessoas esperando entrar nos terminais. Ficam todos de baixo de chuva e sol e ainda têm que ver seus ônibus irem embora.

Mais uma coisa que gostaria de reclamar é a respeito de locais para verificar seu saldo. A prefeitura poderia distribuir mais locais para consulta e não apenas os pontos de venda pois o cidadão não tem cabeça pra lembrar todo dia pela manhã se ainda tem crédito em seu cartão de meia passagem”.

 

Justiça proíbe 11 faculdades de cobrar por diploma

A Justiça Federal de Ribeirão Preto e Guarulhos (SP) proibiu, na quinta-feira,29, mais 11 faculdades de cobrarem a taxa de expedição e registro de diploma de graduação e pós-graduação. Com as decisões, sobe para cinco o número de cidades em que a Justiça Federal de São Paulo já proibiu a cobrança do diploma: Bauru, São Carlos, São Paulo, Ribeirão Preto e Guarulhos.O juiz afirmou que a relação entre faculdade e aluno é a mesma de fornecedor e consumidor e sujeita ao Código de Defesa do Consumidor. Pela lei, as instituições de ensino só podem cobrar do aluno as importâncias e taxas previstas contratualmente no ato da matrícula, ou seja, as mensalidades. O juiz também afastou a lei estadual paulista de 2006, que autoriza a cobrança da taxa, uma vez que ao legislar sobre a matéria, o estado invadiu competência da União.

 

Salão deve comercializar mais de 4 mil imóveis

Será realizado de 5 a 9 de dezembro, no Centro de Convenções o primeiro Salão Imobiliário de Sergipe, numa promoção da Ademi-SE e da empresa Êxito Eventos, contando com o apoio Governo do Estado e da Sergás e o apoio institucional do Creci e da Acomac. Segundo a presidente da Ademi-SE, Danusa Meneses, a expectativa é a comercialização de mais de quatro mil imóveis que estarão em oferta, através dos estandes das principais empresas do ramo imobiliário.

 

Frase do Dia

“Todos os dias quando acordo, Não tenho mais o tempo que passou/ Mas tenho muito tempo: Temos todo o tempo do mundo.Todos os dias antes de dormir, Lembro e esqueço como foi o dia: “Sempre em frente, Não temos tempo a perder.” Nosso suor sagrado / É bem mais belo que esse sangue amargo / E tão sério / E selvagem”. Renato Russo em “Tempo Perdido”.

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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