Aracaju (SE) de bike. Roteiro II

Mercados centrais. Foto: Sílvio Oliveira

O primeiro post sobre conhecer “Aracaju de bike” mostrou as belezas da praia de Atalaia com o calçadão da 13 de julho. Desta vez a sugestão é partir da 13 de julho e percorrer as ruas do Centro da capital sergipana. Os aventureiros irão encontrar calçadas e ciclovias em mau estado de conservação. Mas o roteiro é compensado com a vista do rio Sergipe, dos mercados públicos, dos prédios históricos e das praças e monumentos.

Dos 20 pontos de bicicletas públicas compartilhadas, a dica é iniciar o passeio no calçadão da praia 13 de Julho, área nobre de Aracaju. O ponto de partida lhe reserva a vista de um dos lados, com prédios luxuosos, e do outro, uma área de restinga de mangue em plena zona urbana da capital. Aproveite para curtir um pouco mais da vista subindo até o último andar do mirante da 13 de julho. A vista panorâmica da capital agrada turistas e sergipanos.

Palácio Olimpio Campos. Foto: Sílvio Olivei

O primeiro ponto neste roteiro é passar pelo Iate Clube de Aracaju, na avenida Rio Branco, em direção aos mercados públicos. O Iate de Aracaju é um dos únicos em funcionamento no país. A partir dali não há mais ciclovia até o centro e o cuidado deve ser duplicado por conta do alto fluxo de veículos na avenida. Passam-se prédios como da OAB, da Capitania dos Portos e do Museu da Gente Sergipana, que podem render bons cliques. Caso tenha um tempinho, é bem interessante conhecer o museu, considerado um dos melhores do gênero do país. Lá se apreciam exposições, espaços interativos e muita sergipanidade.

A praça Fausto Cardoso lhe aguarda com a ponte do Imperador, construída para desembarcar  D. Pedro II. Na Fausto Cardoso fica a sede dos três poderes: Assembleia Legislativa,  Palácio da Justiça, e o prédio do Museu-Palácio Olímpio Campos, antiga sede do Governo e hoje um espaço de história e arte aberto a visitação pública.

Feirinha de artesanato. Foto: Sílvio Oliveira

Siga mais até chegar ao parque Teófilo Dantas. Veja a galeria Álvaro Santos, a sede da prefeitura municipal de Aracaju, a construção histórica da Diocese de Aracaju, o arquivo público do Judiciário, além do prédio que abriga a Centro do Turista. Não deixe de visitar a Catedral Metropolitana, no centro do parque, com horário aberto ao público de segunda a sexta, das 7h às 19h.

Durante a semana há uma feirinha de artesanato na localidade. Em algumas barraquinhas também pode apreciar beiju de tapioca, além de guloseimas do período junino, como pé de moleque e bolos típicos. Mas é no antigo prédio do Cacique Chá, recentemente reformado e com painéis originais do artista plástico Jenner Augusto, que o visitante poderá apreciar a boa gastronomia da cidade, já que o espaço hoje é um restaurante escola do Senac.

Monumento na Rio Branco. Foto: Sílvio Olive

Retorne a avenida Rio Branco e siga até os mercados centrais. Primeiro passará pelo Espaço Zé Peixe, onde o visitante conhecerá a vida do prático mais conhecido do país, por ser um autodidata da profissão e guiar embarcações de grande porte a nado pelo rio Sergipe.

Escolha um local para estacionar a bicicleta e passeie calmamente pelos mercados Thales Ferraz, Augusto Franco e Albano Franco. O primeiro é onde o visitante encontra artesanato. No terraço há restaurantes e uma boa vista do relógio central do mercado e do rio Sergipe. Passa-se pela Passarela das Flores até chegar ao mercado Antônio Franco, uma extensão do primeiro.

No mercado governador Albano Franco é onde as cores das frutas e das verduras, os cheiros dos temperos e o gosto dos licores e sucos dão um tom bem cotidiano ao passeio. Em nenhum outro local o ciclista irá se sentir mais sergipano do que nos mercados centrais.

Entreposto pesqueiro. Foto: Sílvio Oliveira

Descanse, aprecie as frutas da época, a exemplo da típica mangaba, tome uma água de coco e retorne pela mesma avenida. Vale a pena dar uma passadinha na praça General Valadão e clicar a frente do prédio da  antiga alfândega, hoje Centro Cultural de Aracaju. Pedale mais alguns quilômetros até o retorno a praia 13 de julho. O rio Sergipe acompanha em todo o trajeto de bike. Boa pedalada.

Dicas de viagem

  • Os mercados centrais de Aracaju funcionam de segunda-feira a sábado, das 8h às 17h e aos domingos, das 8h às 11h30.

  • O Centro de Cultura de Aracaju funciona de terça a domingo, das 8h às 17h. O acesso é gratuito. O prédio abriga a sede do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV) e conta com biblioteca, cinema, teatro, cybercafé, cafeteria, revistaria, museu, salas de exposição permanente e temporária, livraria, oficina educativa, além de salas de montagem, som e edição audiovisual.

  • Clique aqui para ver roteiro completo

    O Espaço Zé Peixe funciona no antigo hidroviário de Aracaju e é um local recém-inaugurado para ser apoio dos turistas no centro da capital. Funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h

  • O Palácio Olímpio Campos está aberto de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 17h, sábados e domingos, das 9h às 13h, e o acesso é gratuito. O prédio histórico em estilo neoclássico foi a sede do Governo de Sergipe até os anos 80. Logo que foi completamente restaurado no governo de Marcelo Déda, foi aberto para visitação pública.

  • Caso o preparo não aguente os mais de 15km de roteiro e a bicicleta seja do sistema Cajubike, o ciclista poderá deixá-la em qualquer um dos pontos de aluguel do centro da cidade. O retorno pode ser de ônibus, de taxi, ou como lhe convier.

  • Uma dica é fazer o roteiro central no final de semana, quando o fluxo de veículos diminui consideravelmente, já que não há disponibilidade de ciclovias.

  • Informações sobre as bicicletas públicas

Gastroterapia

Carne de sol acompanhada de rubacão em um dos restaurantes de Canindé do São Francisco (SE). Foto: Sílvio Oliveira

A carne de sol com rubacão é tipicamente nordestina e pode ser encontrada nos melhores restaurantes de Sergipe. Em alguns locais leva um toque mais sofisticado com acompanhamento de queijo coalho derretido ou nata, servida em postas mais encorpadas e com a tradicional paçoca. Pode ser também apreciada com o denominado feijão tropeiro ou arribacão, também conhecido como na Paraiba como rubacão ou baião de dois, quando o feijão verde é misturado à nata ou ao creme de leite, charque, bacon e temperos. Em outros locais, a carne ganha um toque gourmet, tostado na manteiga de garrafa na chapa e com macaxeira frita, além de ser servida também com abóbora.

Na Bagagem

Forró Caju 2015

Considerado como sucesso de público em 2015, o Forró Caju atraiu uma média de 50 mil forrozeiros por noite. A programação cada vez mais perde sua originalidade, ganhando a grande massa, mas a infraestrutura continua sendo um dos gargalos do evento. Cresce em números de pessoas e o espaço fica pequeno. Poucos banheiros públicos, dificuldade na estrada e saída, além de reclamação por conta da falta de bebida gelada.

Arraia do Povo – Encontro de Cultural

O Forró Caju se massifica e o Arraial do Povo, na orla da Atalaia, ganha originalidade. Com uma programação que caiu no gosto dos forrozeiros, as casinhas típicas ganharam funcionalidade, atraindo ao evento não só pela música, mas por ter atrações a mais do que somente shows. A falta de banheiros químicos deixou a desejar, além do período de funcionamento, que poderia se estender pelo mês de julho, já que é período de férias escolares e alta temporada para o turismo.

Espaço Gonzagão – Ponto Positivo

Descentralizar os festejos juninos é bom para a segurança e para os forrozeiros que tem arrasta-pé mais perto de casa. O Gonzação foi um dos espaços que contribui para o sucesso dos festejos juninos de Aracaju. O concurso de quadrilhas deve ser mantido, além de programações de shows.

Rua de São João – Melhor planejamento

Começou com indícios de violência e falta de planejamento. O espaço que por mais de 100 anos atraiu um grande público, já foi o melhor São João de Aracaju.

Voos em Sergipe

As empresas aéreas que tem Sergipe como destino de chegada ou partida continuam praticado  altos preços nas passagens. Para se ter uma ideia, o trecho Salvador/ São Paulo/ Salvador, chega a ser quatro vezes mais caro que Aracaju/ São Paulo/ Aracaju. Maceió/ Aracaju pode ser encontrado ao preço bem mais caro que Recife/ Aracaju. O custo da passagem partindo de Aracaju chega a ser três vezes mais caro, quando comparado com Maceió ou Salvador.

Dólar falso no Banco do Brasil

Após ser divulgado pela imprensa mais de três casos de pessoas que cambiaram real por dólar falso e uma das agências do Banco do Brasil do Recife, a entidade bancária divulgou uma nota esclarecendo que a série de notas já foi identificada e que não haverá mais problemas quanto ao caso.

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silviooliveira@infonet.com.br

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