As Conseqüências do Aquecimento Global

Os desertos do mundo estão enfrentando ameaças sem precedentes, principalmente por causa das mudanças climáticas, da crescente demanda por água e mesmo por causa do turismo nessas áreas.

 

O Programa de Meio Ambiente da ONU chama a atenção para o mau uso dos recursos naturais do deserto como reservas de água, que estariam sendo exauridas e a vida selvagem. De acordo com os especialistas da entidade, se bem explorados, esses recursos poderiam ter benefícios para as pessoas que vivem nessas áreas e a população em geral.

 

A mudança climática pode provocar a morte de milhões de pessoas nos próximos 20 anos em razão dos seus efeitos sobre nutrição e as doenças.

 

“Hipócrates já dizia que, para estudar medicina, é preciso estudar o clima. A mudança climática teria efeitos diretos e indiretos sobre a saúde das pessoas. Diretos com os desastres, as inundações, as secas, mas também indiretos com as doenças”, afirmou a doutora espanhola Maria Neira, diretora do departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Entre a segunda metade dos anos 1970 e os anos 2000, a mudança climática foi responsável por aproximadamente 150.000 mortes suplementares por ano. Ela atingiu de modo esmagador as populações mais pobres.

 

Com o aumento das temperaturas e do número de inundações, a malária já esta aparecendo em regiões que ainda não tinham registrado casos de doença. Outra fonte de preocupação, as doenças diarréicas. Neste caso, a temperatura desempenha um papel crucial. Em inúmeros casos, a bactéria que infecta a água ou o alimento sobrevive melhor a uma temperatura mais elevada.

 

Uma das maiores preocupações é a subnutrição. Este é o principal fator de má saúde e ela mata 3,5 milhões de pessoas por ano. Com a mudança climática, a produção de alimentos deve aumentar ligeiramente em países ricos, mas deve cair em torno do Equador. Os que mais precisam de alimentos terão menos.

 

Há uma necessidade real de fortalecer a capacidade dos países, principalmente da África, de lidar com os choques climáticos.

 

Sob o Protocolo de Kyoto, as emissões caíram em 37 países que se comprometeram a reduzir suas emissões em 5%, tem por base os níveis de emissão de 1990, até 2012.

 

No novo acordo, que deverá se chamar Acordo de Copenhague, já que sua conclusão está prevista para uma reunião na capital dinamarquesa, vai mudar parcialmente o foco para a criação de fundos e transferência tecnológica, para que países em desenvolvimento se adaptem às mudanças climáticas ao mesmo tempo em que constroem suas economias de maneira ecologicamente correta.

 

Para a África, uma questão chave será como recompensar países que diminuam o desmatamento e como fornecer fundos para a manutenção das floretas. Cerca de 20% do aumento das emissões de carbono vêm da destruição de florestas.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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