Fiquei surpreso com a publicação da matéria de VEJA, esta semana, intitulada MICARETA PICARETA, com duas páginas, sobre o malfadado caso da despedida festiva do ex-prefeito Marcelo Déda da PMA, em que foram gastos milhares de reais com shows de artistas de renome nacional, contratados por uma grande empresa de Simão Dias, terra natal do ex-prefeito, para inauguração de relevantes obras em Aracaju. Mas por que a surpresa? É que não podia imaginar que um fato tão “pequeno”, inexpressivo mesmo, pudesse chamar a atenção da principal revista em circulação hoje no Brasil. Como é que a VEJA perde tempo e um espaço precioso como aquele para tratar de um assunto tão comezinho? Será que eles não sabem que “nada pega” (nem mesmo o vírus da gripe) no ex-prefeito Marcelo Déda, digno representante do Partido dos Trabalhadores sergipano? Posso até imaginar a justa, justíssima, reação dos companheiros petistas diante de tantas calúnias disparadas contra o ex-prefeito da capital: “Essa revistinha vive difamando os amigos de Lula. Não viu o que fizeram com o pobre do Zé Dirceu?”. Sem dúvida, uma grande maldade essa que fizeram com o nosso intocável Déda, só porque é fortíssimo candidato ao governo do estado, presidenciável, além de amigo e compadre do não menos intocável Lula, inimigo figadal dos editores da revista VEJA. Ninguém sabe ao certo o que se passou nos bastidores da grande festa de despedida, realizada no final de março. Sabe-se, contudo, que explicações documentais convincentes precisam ser imediatamente apresentadas aos órgãos fiscalizadores, e à imprensa, sob pena de essa “maldade” de VEJA ser considerada uma grande verdade. Ninguém, nem mesmo o intocável Déda, está imune a isso. Desmandos à parte, fato é que o atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, está fazendo das “tripas coração” para regularizar as finanças do município. Ainda na semana passada, reuniu o secretariado para exigir um corte nas despesas de custeio de até 30%. Fidelíssimo, Nogueira garante, no entanto, que as medidas saneadoras são por conta do impacto do reajuste do salário mínimo nas contas municipais da ordem de 13%. Atitude louvável!
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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