Atitudes no pensar

 

Atitudes no pensar – Como as nossas vidas poderão ser (bem ou mal) influenciadas por elas. Parte 1

 

As nossas atitudes de pensar podem influenciar – bem ou mal – as nossas vidas. Essa fase parece soar estranha, mas o que queremos dizer com ela é que nos poderemos, se quisermos, evidentemente, educar a qualidade do nosso pensamento. Isso parece esquisito, mas é a mais dura realidade.

 

Há décadas que cientistas que estudam o potencial humano afirmam isso, e por outro lado, há décadas que nós, mesmo aqueles mais bem informados ignoramos isto. Parece uma contradição, parece loucura, mas é a mais dura realidade.

 

O nosso pensamento além de poder ser educado, é resultante de um conjunto de fatores que afetam a nossa vida, entre eles: a nossa criação familiar, a comunidade onde vivemos, as culturas que adotamos, as crenças que vamos cristalizando na mente, o que os nossos “heróis” do cotidiano nos passam e, dessa maneira vamos construindo os nossos modelos de pensamento.

 

As coisas não são tão simples assim como estou escrevendo, mas são mais ou menos assim que funcionam. Todos nós conhecemos pessoas que parecem ver o mundo “cor de rosa”, ao passo que outras, por sua vez, sempre vêm tempestades à sua volta, são esses os estilos de pensar que estaremos abordando. No decorrer das nossas vidas convivemos com pessoas de um tipo ou de outro e até nós mesmos temos esses padrões de pensar. Mas, o que há de errado nisto? Na verdade nada, apenas cada uma aprendeu a pensar de uma maneira diferente da outra e, por este motivo, cada um de nós poderá estar vendo a vida por um prisma diferente e como conseqüência reagindo também de maneira diferente com tudo aquilo que nos acontece.

 

Hoje em dia, sabemos que as atitudes do pensamento são muito importantes para o resgate do nosso potencial criativo, posto que para a nossa criatividade poder aflorar, precisamos trabalhar também a qualidade do nosso pensamento. Assim sendo, de maneira resumida podemos afirmar que existem dois tipos predominantes de atitudes; aquelas que nos impelem a agir, a atuar como um agente transformador, as quais chamamos de impulsionadoras; e aquelas que simplesmente nos fazem ficar imobilizados como se não tivéssemos nenhuma relação com o que está acontecendo à nossa volta e, como conseqüência geram as barreiras à criatividade.

 

As atitudes impulsionadoras são justamente aquelas que fazem com que o indivíduo se mobilize, participe, intervenha nos mais diferentes processos e cenários da sua vida. São elas que nos fazem desafiar a vida, e quando imbuídos delas nos sentimos vivos e com a nossa vida em contínua expansão. Embora em número bastante reduzido, poderemos dizer que são fortes o bastante para eliminar ou pelo menos atenuar a força das atitudes geradoras de barreiras. À medida que vamos nos conhecendo mais como indivíduos e vamos “mapeando” honestamente os nossos estilos de pensar, gradativamente começamos a compreender como agimos, e poderemos – se quisermos – reorientar os nossos padrões de pensamento.

 

Embora não seja uma coisa fácil, porque é um processo nitidamente cultural e herdado de hábitos fortalecidos por anos a fio de conduta, mas a beleza de tudo isto é que poderemos transformar esses padrões se quisermos realmente, se sentirmos que é necessário e importante para as nossas vidas.

 

Portanto, as três atitudes impulsionadoras básicas são: Ter confiança em si mesmo, Adiar julgamento e Prontidão para observar e agir. Nesse artigo estaremos hoje discutindo a primeira delas.

 

TER CONFIANÇA EM SI MESMO. Essa é uma atitude poderosa porque se não acreditarmos na nossa capacidade, se não nos acreditarmos capazes, quem mais terá a obrigação de fazê-lo? Lembro de um fato que aconteceu comigo há alguns anos atrás e vou comentá-lo agora. Por meio dele você irá entender muito bem o significado dessa atitude.

 

Em 1998 um projeto idealizado por mim foi escolhido para receber um grande prêmio nacional e, simultaneamente, estava sendo convidado para apresentar esse trabalho em um evento internacional de grande porte. Isso parecia ser muito bom, mas naquela ocasião ainda percebia a questão do “sucesso” como algo que poderia incomodar aos outros, principalmente, os meus colegas de trabalho de Aracaju. Na ocasião também estava fazendo um curso de especialização do Rio de Janeiro, com mais trinta colegas de empresa. Um dia houve um questionamento sobre os trabalhos que conduzíamos em nossas Unidades e cada um deveria falar alguns minutos sobre o seu trabalho. Aquilo me incomodou porque eu sabia que o assunto viria à tona novamente, todavia, ao mesmo tempo, os meus colegas de curso eram todos pessoas de brilho próprio não estavam nem um pouco incomodados e muito menos preocupados com o meu “sucesso”. Depois que falei do trabalho a consultora, uma profissional de renome nacional disse que gostaria de falar comigo após a sessão. Logo em seguida, quando fui ao seu encontro ela perguntou-me: “Fernando, eu conheço o seu trabalho. Já assisti num evento da Companhia no qual você fez uma apresentação. Você realmente acredita em tudo aquilo que disse?”, perguntou-me ela. Eu olhando espantado, respondi rapidamente: “Claro que acredito! Porque a sua pergunta?” A resposta foi: “Porque o seu trabalho é muito bonito. Mas, você precisa acender a sua luzes internas. Se você não acreditar fortemente nele, ninguém vai acreditar porque ninguém tem obrigação de faze-lo”.

 

As suas palavras ecoaram forte na minha cabeça por muito tempo. Refleti bastante e percebi que aquela modéstia exagerada estava de certa forma prejudicando tudo o que eu estava construindo. A partir daquele momento tomei uma decisão; deixei de lado aquele padrão modesto e aprendi, desde então, a falar dos projetos que conduzo com o coração. Isso, de certa forma tem dado certo, porque acredito no que estou fazendo! É essa a primeira das atitudes! Ter confiança em si mesmo. Pode ter certeza se você acredita, vale a pena!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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