Grande parte da camada de gelo da Antártida Ocidental pode se perder caso haja um aumento, mesmo que ligeiro, nas concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera e as temperaturas dos oceanos continuem subindo.
Um outro estudo relacionado disse que, caso a capa de gelo da Antártida Ocidental acabe, e o gelo da Antártida Oriental continue derretendo em seu litoral, o nível global dos mares pode subir até 7m em relação aos níveis atuais.
A Antártida acumula cerca de 90% da água doce do mundo.
A camada de gelo flutuante não elevará o nível do mar caso derreta, porque já está deslocando água. A verdadeira ameaça ocorre quando a plataforma de gelo que está atrás, e abaixo do nível do mar, seja exposta ao oceano.
Cientistas da Universidade Estadual do Oregon (EUA) descobriram que, se as previsões sobre o derretimento da camada de gelo da Antártida ocidental se confirmarem, o aumento do nível do mar será maior que o esperado.
Segundo pesquisas do grupo liderado pelo geofísico Jerry Mitrovica, pela física Natalya Gómez e pelo geocientista Peter Clark, os oceanos podem subir 25% mais do que o esperado, o que causaria grande impacto em cidades litorâneas como Nova York e Washington.
A velocidade com que o nível do mar está subindo agora é quase o dobro daquela verificada no século 20. Já se sabia que o fenômeno – alimentado pelo aquecimento global – era grave, mas os dados mais recentes, coletados desde 1993, mostram que a elevação da linha d”água até 2100 será mais do que o dobro da prevista pelo painel do clima da ONU.
“Entre 1993 e
“Mas a maior surpresa não é essa”,
“As causas dessa aceleração do nível do mar também mudaram”, diz. Entre 2003 e 2008, o derretimento das geleiras e dos mantos de gelo (Groenlândia e Antártida) contribuiu com 80% da elevação. A expansão térmica – o aumento de volume da água pelo aquecimento contribuiu com cerca de 20%. -
Na virada do século, porém, o cenário ainda era diferente entre 1993 e 2003, o aquecimento da água do mar explicava 50% do fenômeno, enquanto as massas de gelo respondiam por 40%. (Ainda não existem dados para explicar os 10% que fechariam a conta.)
Para os cientistas, não há dúvida: as atenções devem ser voltadas agora para regiões como o Ártico, a Antártida e as demais geleiras continentais. Entre essas áreas, o norte da Terra é o mais rico em gelo. (Ambientebrasil)