Bandeira da oposição

A incompetência do governo para desconstruir o discurso adversário, permitiu que a saúde fosse transformada na principal bandeira da oposição. Tanto isso é verdade, que mesmo depois das eleições, os oposicionistas continuam com a mesma cantilena, a ponto de o deputado Augusto Bezerra (DEM) tentar transformar em cavalo de batalha um relatório ainda não divulgado do Tribunal de Contas sobre o Hospital de Urgência de Sergipe. Claro que a nossa saúde pública tem problemas sérios, mas, convenhamos, pior era no tempo de João Alves Filho (DEM), que chegou ao ponto de ter sido quase toda terceirizada. O governo Marcelo Déda (PT) investiu R$ 300 milhões no setor e, concluída a parte de estrutura física, deverá agora colocar para funcionar as clínicas da saúde, hospitais, o Campi da Saúde em Lagarto, entre outras importantes obras. E por que, então, os sergipanos acham que a saúde piorou depois de João Alves? Porque o atual governo não se comunicou e, por conseguinte, deixou a oposição livre para espalhar factóides, a ponto de convencer a maioria dos sergipanos que o setor é uma calamidade. Aliás, Chacrinha já ensinava que quem não comunica se trumbica.

Bordoada no TCE

O vice-governador eleito Jackson Barreto (PMDB) não perde uma oportunidade para bater no Tribunal de Contas do Estado. Ontem, ele postou o seguinte em seu twitter: “Quando leio que a conselheira Isabel Nabuco está preparando um relatório, levo na gozação. Isabel Nabuco fazer relatório? Emitir parecer? Quem disse que ela sabe fazer essas coisas? O que ela faz lá no Tribunal é política, orientada pelo marido Pascoal Nabuco, que está frustrado porque João Alves perdeu a eleição. Ele sonhava em ser chefe da Casa Civil”. Danou-se!

Sonhando alto

Eleito deputado estadual com mais de 40 mil votos, o capitão Samuel está sonhando alto. Ele disse ontem no programa de Jason Neto, na rádio Liberdade/FM, que se o empresário Edvan Amorim e os policiais militares quiserem, ele topa disputar a Prefeitura de Aracaju. O militar garantiu que já começou a amadurecer a idéia. É, pelo visto, a cadeira ocupada hoje por Edvaldo Nogueira (PC do B) se transformou em objeto de desejo de muita gente.

Trair e coçar…

É estranho ouvir político reclamando que foi traído, ou que o governo está cheio de ocupantes de cargos em comissão que votam na oposição. Ora, e qual é o político neste país que não acende uma vela para Deus e outra para o Diabo? E não foram os políticos agora no poder que aplaudiram os comissionados que, na calada da noite, apoiaram Marcelo Déda em sua primeira campanha para o Governo? Chegaram até a batizá-los de ‘Melancias’ por serem verde por fora e vermelho por dentro. Aos políticos que andam por aí, com anzol nas costas, procurando traídas, vale lembrá-los o velho adágio popular: trair e coçar, é só começar.

Pulga na orelha

Ao dizer que sempre recebeu o apoio do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) para disputar o Senado, o deputado federal Albano Franco (PSDB) colocou uma pulga atrás da orelha de muita gente. Ora, se incentivou o tucano a ir para o desafio, quem garante que o comunista não trabalhou e votou nele? E se isso aconteceu, a quem Edvaldo deu o segundo voto para o Senado? A Valadares ou a Eduardo Amorim? A coluna acha que os dois senadores eleitos vão passar o resto de suas vidas com essa terrível dúvida a consumi-los.

Abalou

Com o título acima, o Jornal da Cidade publica hoje em sua coluna Periscópio a seguinte nota: O governador Marcelo Déda (PT) e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B) podem até negar, mas há um ranço pós-eleitoral entre os dois. Eles se olham meio abalados. Quando tem muita gente por perto se falam e até se abraçam. Mas… o resultado das urnas abalou”. Será?

Onda verde

O ator e candidato derrotado ao Senado, Antônio Leite (PV), está convidando para o ato em favor da presidenciável Dilma Rousseff (PT). Será às 15h30 desta sexta-feira, na Praça Fausto Cardoso. Como o Partido Verde orientou seus filiados a não usarem o símbolo do PV nas manifestações políticas durante o 2º turno, Antônio Leite sugere que as pessoas vão ao ato trajando verde. “Vamos cantar o frevo ‘Marineiro, guerreiro que não pára de lutar. Vamos Dilmar”, conclama Antônio Leite, aquele que é o Outro.

Urubuzada

Essa é de um flamenguista muito do gaiato: “O Flamengo estacionou na 13ª posição do Campeonato Brasileiro para ajudar a fixar na mente do eleitorado o número 13 de Dilma Rousseff (PT). Depois das eleições de domingo, o Mengão vai deslanchar e, se brincarem, terminará sendo campeão brasileiro, como fez o ano passado. Na pior das hipóteses, conquista uma vaga para a Libertadores”. Deixe de lorota, homem! De tudo isso aí, certo mesmo é só a vitória de Dilma.

Hora H

Está chegando a hora de a onça beber água. Depois de amanhã, os brasileiros retornarão às urnas para eleger quem substituirá Lula (PT) na presidência da República. Segundo todas as pesquisas de intenção de votos, o eleitorado vai eleger Dilma Rousseff (PT) com uma boa margem de votos sobre o tucano José Serra. Em Sergipe, as previsões são que a petista também derrotará Serra no Estado, mas corre o risco de ser menos votada do que ele em Aracaju. Bom, que nestas eleições vença você, todos nós, o Brasil. Bom voto e um melhor feriado prolongado.

Do baú político

Em 2006, o então governador João Alves Filho (DEM) cometeu, talvez, a maior gafe de sua vida pública e quase provoca um incidente diplomático. Patrono de um evento para recepcionar várias estrangeiras, trazidas a Aracaju por Deise Kustra, presidente da Organização Mundial da Família – lembram dessa entidade? – o demista já chegou distribuindo beijos e abraços com as ilustres visitantes. Era só Deise apresentar a convidada, que ele começava a beijá-la nas bochechas, enquanto desejava boas vindas. Chegou, então, a vez da representante do Irã, usando o tradicional xador preto, aquele traje persa antigo. Quando João a segurou pelos ombros para beijá-la, a moça tentou evitar, suas assessoras começaram a falar alto para alertá-lo, mas não adiantou: o homem tascou beijo. Sem saber, o ex-governador violou a Sharia, código de leis imposto no Irã após a revolução islâmica de 1979, que estabelece punições com chibatadas, multa e prisão ao homem que fizer um contato físico com uma mulher estranha, mesmo que seja um beijinho de boas vindas, como o dado por João.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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