Tão logo retornei de Brasília pela primeira vez, no inicio da década de 90, lembro-me bem, pude acompanhar de perto um período que ficou marcado na história do Banco do Estado de Sergipe como sendo um dos mais críticos – e inesquecíveis – daquela instituição, prestes a completar 30 anos de existência.
Foram momentos difíceis, da era Camillo Calazans, que todo “banesiano” que se preza faz questão de guardar na memória como exemplo de uma administração que não deve jamais ser imitada. Não que Dr. Camillo fosse um irresponsável. Muito pelo contrário, era um homem bem intencionado e com larga experiência no setor bancário, tendo, inclusive, exercido, pouco tempo antes, o cargo de presidente do Banco do Brasil, no Governo Sarney. Mas as coisas simplesmente não funcionaram a contento. E toda a experiência de Dr. Camillo Calazans não foi capaz de tirar o Banese da crise sem precedentes em que mergulhara.
Há quem diga até que o excesso de experiência de Dr. Camillo, acumulado na maior instituição bancária do país, tenha sido responsável por boa parte de seus problemas à frente de um pequeno banco como o nosso querido Banese. Afinal, administrar um Banco do Brasil, com enorme volume de recursos e facilidade de crédito, acaba se tornando uma tarefa relativamente simples, se comparada à administração de um pequeno banco, com seus parcos recursos.
Mas isso é coisa do passado. Ao longo dos últimos anos, o Banco do Estado de Sergipe, graças à abnegação de seus funcionários e técnicos, conseguiu superar a crise e despontar como um dos principais bancos estaduais brasileiros. Modernizou-se e disputa, hoje, fatias importantes do mercado, em pé de igualdade com os demais bancos.
Justiça seja feita, também, ao Governo Albano Franco que, ao invés de privatizá-lo, como muitos assim o queriam, optou por sanear suas dívidas – salvo engano, R$ 70 milhões foram investidos no Banese – e por mantê-lo como patrimônio dos sergipanos.
O atual governo, do mesmo modo, tem procurado manter intocável aquela instituição bancária que, para orgulho de todos, vem alcançando recordes impressionantes de lucratividade nesses dois últimos anos: R$ 27 milhões em 2003 e R$ 21 milhões em 2004.
Como se pode perceber, o nosso querido Banese conseguiu chegar aos 40 anos em plena forma… revigorado. E os resultados do primeiro trimestre de 2005 já não deixam dúvidas: tudo indica, até agora, que teremos um ano bastante promissor em termos de lucratividade. Que venham outros R$ 27 milhões no próximo balanço!