BANESE GERA DÚVIDAS

Esta semana a imprensa sergipana foi informada que o Banco do Estado de Sergipe – Banese – não repassaria mais, a partir de agora, dividendos ou antecipação de lucros mensais (seja lá o que for) aos seus acionistas. Ou seja: a prática de “raspar o tacho”, adotada no governo anterior, seria abortada pela nova administração do banco, possibilitando, assim, uma oxigenação contábil (ou algo que o valha) dessa instituição financeira que tanto orgulha os sergipanos.

 

De acordo com essa decisão, o acionista majoritário, o governo, até então ávido por resultados positivos e paupáveis na conta única do estado, estaria abrindo mão de uma quantia vultosa em seu caixa, mensalmente, como prova de sua imensa preocupação com a solidez do nosso querido Banese (antes das eleições, dizia-se que o Banese estava sendo dilapidado mês a mês).

 

Acontece que, no afã de passar adiante essa informação, considerada por muitos banesianos e jornalistas como uma grande notícia, a diretoria do banco esqueceu-se de avaliar o teor do texto publicado de forma crítica. Acredito até mesmo que ninguém da diretoria do banco chegou a ler a matéria enviada à imprensa.

 

Eis que, no último parágrafo, depois de tamanha euforia nas informações preliminares, dando conta da grande mudança de gestão, lê-se que os acionistas vão retirar o que lhes pertence, por direito, ao final de cada ano.

 

Ora, se não estou ficando louco, estão trocando seis por meia dúzia. Nada mais do que isso, em minha singela concepção. Tanto faz uma retirada antecipada, mês a mês, ou uma grande distribuição de dividendos ao final de cada ano. O resultado, no final, será exatamente o mesmo. Ou não?

 

Com a palavra, alguém da diretoria do banco que se disponha a falar com a imprensa para explicar melhor essa incrível operação contábil.

 

 

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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