O ex-governador Albano Franco diz aos seus aliados que não existe nada definido e não vê problemas em abrir o diálogo com todas as tendências políticas de Sergipe. Acha, inclusive, que é cedo para qualquer tipo de festa, porque a queda da verticalização foi aprovada na Câmara, mas se o STF entender que no caso se aplica a anualidade, só valerá para as eleições de 2010. Dentro do PSDB há uma visível divisão entre uma composição com o governador João Alves Filho e o prefeito Marcelo Déda, adversários pontuais nas eleições de outubro. No ninho tucano também tem quem defenda o lançamento de candidatura própria, cujo nome a governador seria o de Albano Franco, com tendência para composições com partidos pequenos. O presidente regional do PSDB, deputado federal Bosco Costa, revelou que ouviu dos presidenciáveis tucanos José Serra e Geraldo Alckmin a sugestão de que o diretório deve se reunir em Sergipe e pensar no que é melhor para o partido no Estado. Ambos preferem que lance candidato próprio – de preferência Albano Franco – assim como também deseja o presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati. Mudanças na Segurança. A secretária Georlize Costa Oliveira Teles está praticamente fora e deve ocupar outro cargo na pasta. O advogado Flamarion DÀvila Fontes, que já esteve à frente da Secretaria, já foi convidado e deve assumir dentro de mais alguns dias. O presidente regional do PSC, Edvan Amorim, não fechará o diálogo com ninguém. Pretende ampliá-lo dentro dos interesses eleitorais do partido. Amorim deixa claro que deve conversar com partidos de oposição e abrir o leque para entendimentos: “política se faz com diálogo”. CRESCEU O PSC foi o que mais cresceu em Sergipe nesses últimos dez meses e vai ser procurado por vários segmentos para uma composição ampla. Segundo Amorim, pela força adquirida, o PSC terá uma conversa por igual com todos os partidos e fará exigências para fechar alianças. ELBER O pré-candidato a governador pelo PDT, Elber Batalha, falou da verticalização como jurista: “acredito que ela não será mantida em razão da anualidade”. Admitiu que não existe mais verticalização, “mas isso só será posto em prática nas eleições de 2010. O melhor seria esperar pela consulta do PSL ao TSE”. Para Elber Batalha, “o angu está grande nessa eleição e não dá para avaliar se o fim da verticalização deverá beneficiar o seu partido”. Admitiu que em Sergipe a verticalização favorece ao ex-governador Albano Franco (PSDB), que ficou à vontade para conduzir o seu partido ao rumo que melhor convier. CAMPANHA O governador João Alves Filho (PFL) fez inaugurações, quarta-feira, no sertão, já em clima de campanha. Abraçou e cumprimentou muita gente. Fez críticas indiretas aos adversários, “que não fazem nada pelo interior. Eu estou aqui entregando obras”. Aproveitou e perguntou: o quê eles já fizeram por vocês”? IZIANE A prefeita de Poço Redondo, Iziane Pionório (PL), revelou que tem compromissos com Heleno Silva para deputado federal e Mardoqueu Bodano para deputado estadual. Confidenciou, entretanto, que apoia a reeleição do governador João Alves Filho. Disse isso a amigos e quando usou o microfone. ABRE MÃO No almoço que teve com Albano Franco (PSDB), quarta-feira, José Eduardo abriu mão de sua candidatura para conquistar o voto tucano. Com a desistência, Dutra ofereceu a candidatura ao Senado a Albano Franco e sairia candidato a deputado federal. VALADARES O senador Valadares (PSB) conversou ontem com o ex-governador Albano Franco e demonstrou confiança na queda da verticalização. Já Albano tem dúvida sobre a aplicação da emenda em outubro, em razão da visão do STF. Lembra que se o TSE decidir a favor será irrecorrível. INDIFERENTE Já a Plenário, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) declarou que a queda da verticalização para era indiferente. Entretanto, para os partidos foi bom, porque eles saem da camisa de força das coligações obrigatórias. Lembrou que nas eleições de 2002 seu partido foi prejudicado. EXPLICAÇÃO O deputado federal Bosco Costa (PSDB) explicou que defendeu a queda da verticalização pensando na questão da liberação das composições nos estados. Disse, entretanto, que continua defendendo candidatura própria no seu partido e indica para governador o nome de Albano Franco. BANDEIRANTES A TV Bandeirantes vai se instalar em Sergipe e ficará sob a responsabilidade do empresário Laurinho da Bonfim. Ontem, por volta das 13 horas, Laurinho almoçou com um representante da emissora, que veio de São Paulo para fechar as negociações. O governo vai realizar uma série de obras na área do Esporte e Lazer em Aracaju e no interior, para recuperar áreas importantes que estão danificadas. Serão gastos 7,5 milhões de reais, através de licitações que serão lançadas pela Dehop. A Secretaria de Esporte e Lazer não será responsável pela construção das obras. BOSCO-1 Deu no Blog do Noblat: “O deputado Bosco Costa (PSDB) surpreendeu ao anunciar o seu voto pela absolvição de Professor Luizinho no Conselho de Ética. A expectativa era que ele pedisse a cassação do colega do PT. O voto de Bosco era dado como certo entre os pelo menos 10 votos previstos contra Luizinho. O deputado Edmar Moreira (PFL-MG) é outro que começa balançar. Será uma retribuição de PFL e PSDB ao voto que a petista Ângela Guadagnin (PT-SP) deu hoje pela manhã a favor de Roberto Brant (PFL-MG)”. BOSCO-2 O deputado Bosco Costa revelou a Plenário que votou pela absolvição do Professor Luizinho, no Conselho de Ética, porque não encontrou nada no relatório, e nem no voto do relator, que caracterizasse falta de decoro do parlamentar petista. Bosco disse que não vai votar para satisfazer a ninguém. Bosco Costa deixou claro que não aceita nenhuma pressão: “vou votar de acordo com a minha consciência. Não vou votar para aparecer na imprensa ou porque ela acha que todos são iguais. Avisei isso ao meu líder”. VERTICALIZAÇÃO Dentro de mais cinco sessões plenária será colocada para votação em segundo turno a queda da verticalização. É possível que se mantenha a mesma situação em que se encontra hoje, mas ainda precisa ouvir a manifestação do Supremo, que analisará a questão da anualidade da emenda aprovada. Se Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responder a consulta do PSL sobre a questão verticalização, em fevereiro, ninguém derruba. O presidente do TSE é Marcos Aurélio de Melo e defende o fim da verticalização. A queda da verticalização animou muita gente, embora ainda haja risco da emenda só prevalecer para as eleições de 2008. O governador João Alves Filho (PFL) está preocupado com a situação das prefeituras, que vão pagar ICMS pelo uso da energia de Xingó. O Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa a Canindé do São Francisco, que perdeu metade do que arrecadava para Piranhas (AL). A Câmara ontem esqueceu posições partidárias. Até quem integra o PSDB votou com o que queria o presidente Lula da Silva. Essa atitude comprova que as questões regionais são mais importantes do que as posições partidárias. Na hora do aperto, cada um vota pela sua conveniência. Líderes dos partidos que formam a coligação PV, PTN,PSL acham que há bons nomes para apresentar como alternativa para a população sergipana. O empresário Edvan Amorim, presidente do PSC, não pretende disputar qualquer tipo de mandato nas eleições de outubro. O médico Eduardo Amorim (PSC) está sendo trabalhado para disputar a Câmara Federal. Até o momento não tem nada definido. A deputada estadual Goretti Reis (PFL) poderá disputar as eleições de outubro, para se manter na Assembléia Legislativa. O prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT), continua em seu cruzeiro pelo litoral do Nordeste. A esta altura se encontra em Fernando de Noronha. O Banco do Brasil (BB) planeja ao longo de 2006 mudanças com o objetivo de melhorar a eficiência profissional e reduzir os custos. Por causa do aumento do salário mínimo, que passará para 350 reais, o incremento na economia será de 25,4 bilhões, já que cerca de 39,9 milhões de pessoas receberão o salário reajustado. brayner@infonet.com.brHá unanimidade, entre políticos do estado, que a queda da verticalização, ocorrida quarta-feira por decisão da Câmara Federal, favorece ao ex-governador Albano Franco (PSDB) em Sergipe. Ele sabe disso, embora evite comemorações. Os tucanos viraram símbolo da cobiça política para alianças, pela força que acumulam na capital e interior. Com a dúvida em relação à continuidade da verticalização, o PSDB teve que buscar o equilíbrio em suas decisões, porque dependia das composições nacionais. Agora já podem respirar mais aliviados e até deixar que os partidos interessados garantam melhores condições dentro de um projeto eleitoral. Quarta-feira passada, não foi por mera coincidência o almoço entre o ex-senador José Eduardo Dutra e o prefeito em exercício Edvaldo Nogueira, também ao lado do deputado estadual Ulices Andrade (PSDB). Havia perspectiva da votação e queda da verticalização naquele dia. O bloco que apóia o prefeito Marcelo Déda se antecipou e deixou claro que o tucanato bicaria boas posições, inclusive na chapa majoritária.
O almoço surgiu depois de uma conversa reservada em um canto do camarote no Pré-Caju.
O PFL já foi mais ríspido na aceitação de uma composição com o PSDB, mas membros do grupo de apoio ao governador João Alves Filho ainda hoje lembram o forte abraço que João e Albano deram durante almoço, sábado, com o presidenciável Geraldo Alckmin, depois de palestra proferida para um grupo de empresários sergipanos. Ao tomar conhecimento da aprovação do fim da verticalização, o governador jantava na cidade de Glória e conversou com dois dos seus auxiliares – Mendonça Prado e José Everaldo. Considerou que o fim da obrigatoriedade dos estados acompanharem as coligações a nível nacional era bom para ele. Lógico, porque para os majoritários esse vale tudo amplia os espaços para conversas com todos os partidos, independentemente da linha ideológica e programática. Claro que a verticalização é um arbítrio, mas essa salada de composições põe a pique a fidelidade partidária, a responsabilidade pela boa formação do todo, e favorece os interesses pessoais e a necessidade de conquistar ou manter o mandato a qualquer custo. Mesmo que traia princípios…
A partir de agora o quadro passa a ser outro e haverá precaução no trato com adversários que, dentro de uma proposta mais atraente, pode passar a aliado. Inicia-se assim o diálogo cuidadoso, distantes dos holofotes e dos repórteres bisbilhoteiros, para que não estraguem decisões. O papo está liberado, mas tem limitação de tempo, porque todos os partidos precisam oferecer alguma esperança aos seus candidatos proporcionais, que já demonstram impaciência com a tranqüilidade dos majoritários. Antes mesmo do carnaval, encontros sigilosos acontecerão, para que em abril, com as desincompatibilizações concretizadas, se tenha uma definição das composições.
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