Caminho difícil
Para o advogado Carlos Alberto Menezes, mais difícil do que os 27 votos que conquistou para ingressar na lista tríplice do Superior Tribunal de Justiça (STJ), será conseguir que a presidente Dilma Rousseff (PT) o indique ministro. Inteligente e com um passado irretocável, tendo, inclusive, sido preso político assim como Dilma, Carlos Alberto não conta com a simpatia dos petistas sergipanos, que serão consultados pela presidente antes de indicar o futuro ministro do STJ. Aliás, a coluna aposta uma mariola como esta vaga do Superior Tribunal de Justiça não será de Sergipe.
Ausências notadas
O governador Marcelo Déda (PT) preferiu não prestigiar a festa em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ocorrida domingo passado no município da Grande Aracaju. Até o vice Jackson Barreto (PMDB), um assíduo freqüentador de procissões, faltou à festa da padroeira de Socorro. Quem gostou disso foi o ex-governador João Alves Filho (DEM), que chegou cedo à festa religiosa e quase é carregado pelas ruas nos braços do povo.
Na Justiça
O deputado federal Márcio Macedo (PT) vai interpelar judicialmente quem o acusa de ter assinado um parecer em favor da empresa Estre Ambientel para a construção de um aterro sanitário em Rosário do Catete. Segundo o ex-vereador Antônio Góis e o presidente do Sindicato dos Jornalistas, George Washington, a empresa em questão teria doado R$ 1,7 milhão para a campanha de Márcio.
Coletiva
Ambiental S/A para construção de um aterro sanitário no interior de Sergipe. Genival é um profissional competente e um sujeito muito sério em tudo que faz. Aliás, o ex-vereador Antônio Góis sempre soube disso, tanto que, ao criar a Fundação Acauã, o convidou para cuidar da parte ambiental da entidade.
Permanece líder
A liderança do PSB no Senado permanece com o experiente senador Antônio Carlos Valadares. Agora o sergipano trabalha para também continuar na poderosa Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Segundo Valadares, entre as prioridades do seu novo mandato está a luta pelas reformas Política e Tributária, além de trabalhar para conseguir recursos visando o desenvolvimento dos municípios sergipanos.
Licitação
O prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) promete assinar na próxima semana o decreto constituindo a comissão para elaborar a licitação do transporte coletivo de Aracaju. Não será tarefa fácil, pois o assunto não interessa às empresas de ônibus, que vão fazer das tripas coração para que tudo permaneça como está. Fazer essa licitação já foi promessa de vários outros prefeitos aracajuanos. Será que sai agora com Edvaldo?
Gulodice
Entrevistado pelo jornal ‘Estadão’, o presidente nacional do PT, Zé Eduardo Dutra, garantiu que o PT está mais representado no governo da Dilma do que no do Lula do ponto de vista de peso e de importância de ministério. Disposto a pôr panos quentes na guerra aberta entre o PT e o PMDB, Dutra observa que todas as siglas têm “grande apetite” por cargos, mas considera “natural” a gulodice. “Sempre haverá conflitos”, amenizou ele.
Otimistas
Os empresários sergipanos, em geral, demonstraram otimismo em relação aos próximos seis meses, ainda que os resultados tenham ficado abaixo do registrado no trimestre anterior. Para a demanda pelos produtos, o resultado obtido no quarto trimestre foi de 56,1 pontos, para o número de empregados, 53,8, para as compras de matéria prima, 56,6, e para o preço médio dos produtos, 55 pontos. A sondagem junto à classe empresarial foi divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies).
Do baú político
Tendo chegado em Sergipe no início do século passado, vindo da Itália, Nicola Mandarino conseguiu do governo estadual a concessão, por 50 anos, para procurar ouro em nosso território. Segundo o jornalista e pesquisador Luiz Antônio Barreto, por conta dessa ‘gracinha’ do governo para com o italiano, os ilustres sergipanos Clodomir Silva e Sindulfo Barreto teriam inventado o Tesouro do Jaboatão. Difundida pela imprensa local, a história era ilustrada com pequenas placas de metal supostamente indicando o local onde o tal tesouro seria achado, além das chaves para o acesso à riqueza que teria sido reunida por missionários religiosos, dentre eles os jesuítas. Ainda hoje, no imaginário popular existem túneis entre as igrejas de Laranjeiras, de Japoatã, e de outros locais, que guardam ouro, prata e alfaias, deixados pelos padres, que, ao serem expulsos do Brasil, tiveram que abandonar, às pressas, seus bens. Ninguém nunca achou qualquer peça desse fictício tesouro.