A Cachoeira do São Francisco, mais conhecida como Cachoeira de Macambira, está entre as principais belezas naturais de Sergipe. Mesmo ainda em estado pouco explorado turisticamente, não se pode faltar entre os roteiros das agências e clubes que exploram turismo de aventura. Localizada no agreste sergipano, distante pouco mais de 74km de Aracaju, a cachoeira vem sendo intitulada como a mais bela do Estado, por apresentar um salto de grande beleza em épocas de chuvas e fora dela. A água cristalina rasga paredões de pedras escuras formando uma grande piscina natural. Suas águas parecem dar um salto antes de cair, como se estivessem atravessando um degrau natural propício ao banho. Como a Mata do Junco, em Capela, e a Reserva do Crasto, em Santa Luzia do Itanhy, a cachoeira fica numa restinga de Mata Atlântica, sendo nascedouro de espécies de bromélias, cactáceos e uma diversidade da fauna encontrada neste bioma. Na redondeza também pode-se observar alguns tipos de primatas, passeriformes, pacas e tatus. A queda d’água é bastante freqüentada por sergipanos e visitantes nos finais de semana, porém ainda sem apresentar infraestrutura suficiente para atrair investimentos e grupos de turistas, o que para muitos redunda em uma grande satisfação, por apreciá-la ainda em seu estado natural. Para outros, o turismo sustentável seria bem-vindo no local, por conseqüência, levaria estrutura básica para receber bem os visitantes sem agredir ao meio ambiente. Questionamentos a parte, a localidade dever ser bem aproveitada. A falta de estrutura é compensada com pleno relaxamento, pois a sensação que se tem na localidade é o estado primitivo do homem, numa unissonidade de sons, cores e cheiros que a natureza proporciona. Por conta deste contato, a queda d’água também é ponto de oferendas e batismos de religiões afro-brasileiras. Verdadeiros buffet são oferecidos aos deuses e divindades, a exemplo de frutas, velas, flores e, por vezes, animais e bebidas. A “Macambira” está localizada em propriedade particular, mas não se paga para ter acesso. Se preferir, contrate um serviço especializado para chegar até lá, até porque a natureza não foi somente generosa com o município de Macambira por conta da cachoeira. Quem visita também pode caminhar mais um pouco e chegar ao Poço da Arara, localizado na fazenda Capitão, um lugar freqüentado por quem curte banhar-se nas águas do rio Vaza-Barris. Também há mais um ponto a ser visitado no município: o Monte Alver, que em 2000 a Prefeitura Municipal construiu um cruzeiro e uma capela ao ar livre para culto da igreja católica. Portanto, vale a pena aproveitar o dia de relax. A região merece ser visitada, mas não se esqueça: protetor solar, tênis adequado, roupas leves e sacos plásticos para lixo são imprescindíveis para a viagem. Em contrapartida, esqueça um pouco do relógio, do stress da cidade grande, pois o momento é só de relaxar em contato com a natureza e ouvir os sons que ela proporciona. Isso mesmo!!! A queda d’água provoca um som bastante agradável aos ouvidos exigentes, por muitas vezes, sons esquecidos no vai-e-vem das cidades. Curiosidade Antes da melhoria das estradas que cortam o sertão sergipano, Macambira era apenas mais uma cidade do agreste sergipano. A Rota do Sertão tem atraído olhares dos governantes para a localidade, levando a pavimentação asfáltica a 70% das ruas e avenidas da cidade. As melhorias poderão fomentar ainda mais o turismo da região agreste com a colocação também de pórticos turísticos no percurso da Rota. Como chegar Partindo de Aracaju, segue-se pela BR 235, sentido de Itabaiana. Passando por esta cidade, pega o trevo via Campo do Brito, São Domingos e Macambira. Segue até a sede de Macambira, chegando lá, peça orientação a alguém da localidade, pois terá que recorrer a uma estrada de barro, sentido da Fazenda Jacoca, a pouco mais de 8km da sede municipal. O acesso não é tão fácil e a depender do tempo terá que fazer um trecho a pé. Dicas de viagem É importante observar que todas as áreas naturais exigem cuidados com a natureza e respeito ao físico de cada um. É aconselhável entrar em contato com guias especializados ou empresas que trabalham com turismo de aventura; Recorra ao protetor solar sempre que necessite e leve água e alimentos especiais, como barras de cereais. Não esqueça do saco plástico para lixo. Além da Cachoeira de Macambira, também merece atenção outras localidade na região do agreste sergipano. O Parque dos Falcões, a Serra de Itabaiana, Serra da Miaba e os Poções da Ribeira são alguns deles. Fotos: Moto Clube Estrada Livre e Infonet Na Bagagem ü Uma nova opção de roteiro turístico em Sergipe deverá fazer parte do cardápio das empresas de receptivo em Aracaju. É o passeio de catamarã partindo do atracadouro do Mosqueiro para apreciar o pôr do sol na região. ü Ponto positivo para o Governo de Sergipe e a rede hoteleira que cria mecanismos de retornada da mídia compartilhada com a operadora CVC. ü Bom bolada a peça publicitária em emissoras de rádio sobre o Cânion de Xingo (SE). Também chama atenção dos outdoors dos pontos turísticos espalhados pela Rota do Sertão. ü Está em negociação com o Governo do Rio Grande do Norte a vinda de vôos charteres partindo da Espanha para aquele Estado em 2010. Sergipe deveria pegar carona e já começa a pensar também nessa possibilidade de vôos fretados. ü O Bixiga, tradicional bairro de italianos em São Paulo (SP), ganhou nova roupagem com pintura de suas casas em tons multicoloridos. A pintura faz parte da estratégia de marketing de uma empresa de tintas e tem chamado atenção de turistas e moradores. ü Os vôos para a ilha chilena de Páscoa, no sul do Pacífico, foram suspensos nesta semana após o bloqueio do único aeroporto por manifestantes, que denunciam um fluxo turístico e migratório excessivo. A ilha tem pouco menos de 5 mil habitantes e recebe cerca de 55 mil visitantes a cada ano. Passaporte Ano da França no Brasil A coluna “Guia de Bolso” do dia 30/07 trouxe fotos e informações sobre o Museu do Louvre. Vale a pena mais algumas fotos e edições por ser este um dos principais museus do mundo em quantidade de visitas e coleções permanentes. Um dia é pouco para explorá-lo com seus três andares, um subsolo e oito tipos de coleções: antiguidade oriental, antiguidade egípcia, antiguidades gregas, etruscas e romanas, pinturas, esculturas, objetos de arte, arte do Islã e artes gráficas, além da história do Louvre e medieval e artes da África, Ásia, Oceania e América. Nas fotos ao lado, algumas obras da ala das pinturas do Renascimento e da ala das esculturas gregas e egípcias. O museu fica aberto das 9h às 18h, todos os dias, menos nas terças feiras e nos seguintes feriados: 01/01 – 01/05 – 08/05 – 25/12. O museu é grátis no 1° domingo de cada mês, senão a tarifa é 9 euros. Noturnos: quartas e sextas feiras até 22 horas.
Fotos: Silvio Oliveira