Cadê o PV?

Desde o fim das eleições passadas, o Partido Verde escafedeu-se. Nem mesmo a polêmica gerada em torno do absurdo projeto de aterrar o rio Sergipe fez os dirigentes do PV colocarem a cara de fora. Assim como os verdinhos, também estão em silêncio sobre a ameaça ao rio os ambientalistas sergipanos e políticos, que durante as campanhas eleitorais se apresentam como ardorosos defensores do meio ambiente. Quanto ao Partido Verde, esta não é a primeira vez que seus integrantes fogem de debates polêmicos, provavelmente para não contrariar os ‘donos’ do poder. Talvez seja por isso que o PV tem murchado ano após ano em Sergipe, a ponto de nas eleições passadas o candidato a prefeito de Aracaju, Reynaldo Nunes, ter obtido apenas 2,98% dos votos válidos e amargado a última posição no pleito.

Salvem o rio

Poluído, assoreado e agora ameaçado de ter parte do seu leito aterrado criminosamente, o rio Sergipe já inspirou vários artistas sergipanos. Entre eles estão os músicos Heitor Mendonça e Wedmo Mangueira, que compuseram ‘Rio pra não chorar’. Uma das estrofes da música lamenta: “Rio, tu que foste tão forte/ hoje vive a agonizar/ rio em seu leito de morte/ rio para não chorar”.

Chupa de peito

O governador Marcelo Déda (PT) deu ontem um baita chupa de peito no secretário do Meio Ambiente de Aracaju, Eduardo Matos. No afã de ver o rio Sergipe ser aterrado, este tem insistido que a Administração Estadual do Meio Ambiente autorize a obra antes que sejam concluídos estudos de impacto ambiental. Déda aconselhou Matos a ‘baixar a bola’ e lembrar que é um promotor de Justiça. Misericórdia!

Aniversário

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) inicia nesta sexta-feira a programação comemorativa dos seus 45 anos. A programação compreende 10 eventos. O primeiro será às 15h de hoje, no campus da Saúde, com apresentação do Grupo de Metais da Orquestra Sinfônica da UFS. A Universidade foi criada oficialmente em 15 de maio de 1968.

Sem pressa

Político experiente, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), esquiva-se do debate sobre as eleições estaduais do ano que vem. Quando alguém o indaga se deseja disputar o governo de Sergipe, ele muda o tom da prosa. Ontem à noite, no Cabaré da Quinta – debate organizado por jornalistas –, Alves Filho disse pretender ser um excelente prefeito da capital. “Está cedo para falar sobre eleições. Política se faz com a realidade do dia”, discursou.

Fujões

Com medo da manifestação organizada pelo Movimento Não Pago, os vereadores governistas abandonaram ontem o plenário da Câmara de Aracaju para não votar o projeto do Executivo reajustando em 7,98% o preço da tarifa dos ônibus. Os sete parlamentares da oposição tentaram colocar a propositura em tramitação, mas por falta de quórum o presidente Vinícius Porto (DEM) encerrou a sessão.

Tudo em paz

O secretário chefe da Casa Civil do Governo, Silvio Santos (PT), recebeu ontem a visita da bancada governista na Assembleia. O encontro serviu para afinar o diálogo entre as partes, pois havia ruídos de que Sílvio estaria usando a máquina para operar politicamente. O secretário não negou o desejo de se candidatar a deputado estadual, mas avisou não ser do seu estilo atropelar aliados nem adversários. A conversa agradou a ambos os lados.

Incendiário

A Polícia prendeu ontem José Milton Ramos, o “Nenzinho”, acusado de em apenas 20 dias incendiar sete carros na cidade sergipana de Estância. Segundo o delegado André Davi, o preso confessou os delitos, alegando tê-los praticado após ingerir remédios controlados misturados com bebida alcoólica. Hoje o suposto incendiário será apresentado à imprensa.

Homenagem

O ex-vereador aracajuano Marcélio Bomfim, militante político preso e torturado no período da ditadura militar, será condecorado pela Assembleia Legislativa com a Medalha do Mérito Parlamentar. A solenidade será realizada na próxima segunda-feira. A proposta é de autoria do deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB). Ex-militante do PCB e do PT, Marcélio é um dos defensores da instalação em Sergipe da Comissão de Verdade.

Vida mansa

Alguém tem notícias de Fernando Noronha, secretário estadual de Articulação Política e Relações Institucionais? A primeira e última aparição pública deste cidadão foi no dia 15 de fevereiro passado, durante a posse da Mesa Diretora da Assembleia. De lá pra cá, o homem sumiu. Nem mesmo os acalorados debates em torno do Proinveste atraíram Noronha ao Legislativo estadual. Será que ainda é secretário?

Do baú político

Professor de desenho no ‘Atheneuzinho’, Napoleão Dórea era muito amigo do líder udenista Leandro Maciel. Quando este se elegeu governador de Sergipe, em 1955, o professor foi trabalhar no Palácio Olímpio Campos. Em 1959, estimulado pelo próprio Leandro, disputou com sucesso uma cadeira de deputado estadual, mas não tentou o segundo mandato. Na década de 60, se mudou para Brasília onde, anos depois, conheceu a senhora Maria Estéfano Maluf, mãe de Paulo Maluf. Segundo as pessoas que conheceram Napoleão Dórea, a amizade entre os dois nasceu numa mesa de pôquer. Contam que a mãe do político paulista adorava vencer, enquanto o sergipano, para agradá-la, não se incomodava de perder, tornando-se o parceiro de jogo ideal da milionária. A amizade ficou tão intensa que, ao ser eleito governador de São Paulo, Maluf o nomeou secretário particular. O professor de desenho do ‘Atheneuzinho’ praticamente morava no Palácio dos Bandeirantes, sendo pessoa influente no governo. Morreu em São Paulo, onde seu corpo foi cremado. A pedido dele, as cinzas foram lançadas nas águas da Bahia e de Sergipe.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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