Certeza de Clarice Na retrospectiva dos 30 anos da morte da escritora Clarice Lispector me surpreendi com um depoimento da linda e enigmática escritora, que dizia: – Eu escrevo sem esperança de que o que escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada… Agora, na comemoração dos 80 anos de Gabriel García Márquez, o Gabo, declara algo parecido: – Jamais falo de literatura por não saber o que ela é. E emenda: – Ademais estou convencido que o mundo seria o mesmo sem ela… Essas declarações instigantes nos chocam, porém a constatação é verídica. Anos se passaram desde que mergulhamos na mítica “Macondo” dos “Buendia” e do cigano “Melquíades” e o mundo continua quase o mesmo. Afinal, ainda, são pouco os que lêem. Quando vemos o esforço inglório de jornalistas, cronistas, colunistas em páginas e páginas de jornais, revistas, blogs na Internet e nada de concreto acontece. São análises, denúncias com provas cabais que entram por aqui, saem por ali… e a vida continua. Se a Clarice pensava e o Gabo pensa assim, imagina eu, aqui com os meus botões… Ops! com meus escritos achando que posso mudar alguma coisa! P.S.- E finalmente aconteceu a posse do controverso Mangabeira Unger na, não menos controversa, Secretaria Especial de Planejamento de Longo Prazo que, fazendo jus ao nome, quase não empossa o secretário e que, por pouco, não se chamou SEALOPRA, ou seja, Secretaria de Ações a Longo Prazo.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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