Café Pequeno-Anita Roddick

Anita Roddick

 

Morreu Anita Roddick, fundadora da rede de cosméticos Body Shop,  que provou ser possível a uma ativista criar uma marca de sucesso e ser uma empresária bem sucedida.

 

Em 1976 Anita iniciou a produção de cremes com receitas caseiras da vovó utilizando produtos cem por cento biológicos, sem experimentação com animais e com preocupação verde quando o conceito não existia.

 

Costumava frisar que cremes apenas hidratam a pele e shampoos, apenas, limpam cabelos e que:  “Se você realmente não queria ter rugas, deveria ter deixado de sorrir há muitos anos”.

 

Mas Anita revolucionou o mundo corporativo por rimar ética com negócios. Essa estória ela nos conta no seu livro “Meu Jeito de Fazer Negócios” um relato apaixonado de como crescer sem abrir mão de princípios humanitários.

 

Atuou junto ao Greenpeace na defesa do meio ambiente e  de comunidades exploradas alertando que “política é algo muito importante para ser entregue aos políticos”.

 

Ousada e criativa colocou em prática suas idéias na empresa protagonizando a era das empresas com responsabilidade social.

 

Vale a pena conhecer seu pensamento radical que desafiou, com sucesso, a globalização predatória. Doce alento para nós mulheres que ousamos empresariar com o coração.

 

“Precisamos redefinir o lucro passando a medir o progresso com base no desenvolvimento humano, e não no produto nacional”.

 

Sobre seu afastamento voluntário da direção da empresa disparou:

 

“Eu não queria ficar na Body Shop me sentindo como uma metralhadora velha, atirando em todas as direções. Abaixo o tédio e a chatice”… Há três anos eu me lembro de ter dito que “nós temos de ser a companhia internacional que desafia a globalização”.

 

Mas uma frase me fez virar, definitivamente, sua admiradora, além de consumidora, sempre que possível, dos seus produtos:

 

“Se você acha que a educação custa caro, experimente a ignorância”.

 

P.S.- Ah! Os produtos são maravilhosos e em 2006 ela também sucumbiu a globalização e a Body Shop foi vendida a gigante francesa L’Oreal. Mas o negócio continua sendo gerido segundo o modelo da matriz inglesa.

Redescobrindo Sergipe-FotoAnaLiborio
 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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