Semana passada uma nota no Cláudio Nunes me chamou a atenção: Enterrado Chico Mocó… Pelo perfil senti que era um contemporâneo. O filme rodou mas a ficha não caiu. Primeiro porquê de Mocó ele não tinha quase nada, talvez uma alma sedosa. Era culto, inteligente, irônico e extremamente gentil, especialmente com as mulheres. Quando o conheci em 1985, fazia o tipo cabeça e tinha uma “amizade colorida” com uma amiga minha. Eles ficavam… Depois perdi o Chico de vista para reencontrá-lo todo final de semana, vizinho de casa de praia. Jamais poderia supor que aquela ingênua cervejinha, aparentemente de fim de semana, iria abatê-lo. É incrível como somos levianos com o álcool. Tememos o vício das outras drogas e instalamos uma das mais perigosas, e porta de entrada, O cara que bebe, geralmente farrista, é conhecido como gente boa e ela insidiosa e, principalmente, liberada está em todos os lugares e comemorações, inclusive em aniversário de criança. Não se faz mais nada, hoje em dia, sem uma cervejinha, vinho, uísque e até a velha e boa cachaça está na moda! Não sou contra, muito antes pelo contrário! Viver requer uma boa dose de loucura. Mas se sobreviver de cara é impossível, parar de beber não é tarefa para qualquer um, principalmente quando todos insistem: – Que é isso? É só um golinho. P.S.- Na despedida do amigo um Deda, à paisana, em artigo na “Folha da Praia” elenca uma geração de queridos amigos,( ai, que saudade), apartados no tempo e pela liturgia do cargo. E viva a “resistência ao ordinário” ! ( O Capital)
em casa.
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