Os mineiros são conhecidos no Brasil inteiro pela fama de come quieto, imortalizada por Ziraldo e o seu “Mineirinho – O Comequieto”, e como conciliadores o que, decerto, lhes facilita bastante a vida. O governador de Minas não foge à regra. Quanto ao primeiro aspecto da sua mineirice é bastante discreto, apesar de estar nos eventos mais descolados do eixo Rio Bahia sempre bem acompanhado, mas alimenta a fama quanto ao segundo adjetivo. D.N.A. não lhe falta. Neto de Tancredo, por quem deve ter sido entronizado no meio, conheceu de perto os personagens do movimento “Diretas Já”, a ampla frente suprapartidária dos democratas, que reunia a nata da política nacional, e logo depois, acredito, aprofundou esses laços quando enfrentou, ainda novinho, a via crucis do avô, quase, presidente. Talvez, nessa convivência, tenha sido forjado o político acostumado, que sempre esteve, a uma convivência fraterna com os, agora, inimigos ferrenhos. Essa rusga entre os outrora companheiros de luta e que, de fato, não passa de mera disputa pelo poder, não é bom para o Brasil, não é bom para ninguém. Que o espírito da conciliação reúna os corações e mentes em busca de um país mais eficiente e assim, talvez, possamos, enfim, romper com o Brasil arcaico.
Loja de santos no Bonfim-Salvador-Foto Ana Libório
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