“Se depender da Promotoria, a sociedade terá uma resposta rápida para essa tragédia”, assim falou o promotor Francisco Cembranelli, no caso Isabela. Alertou para o fato de a prisão acelerar o trâmite do processo, já que réus presos possuem prioridade de julgamento na pauta dos tribunais e disparou: “Com eles soltos, haverá uma enorme quantidade de recursos protelatórios que prejudicarão o andamento.” Dessa forma Cembranelli conquistou o Brasil: seu empenho, segurança e, acima de tudo, a coragem de concluir o caso sem rodeios nos encheu de esperança e, tocou num ponto crucial da justiça: a enorme quantidade de recursos. E a protelação interessa…a quem? Quem está correto quer logo é encerrar o caso. Os exemplos são muitos, é só lembrar do Tim Lopes (Elias Maluco estava solto), Chapinha era menor… Pimenta da Veiga responde solto e há anos, também, já estão soltos Gulilherme de Pádua e Paula Tomas. Imagino a dor da Glória Peres, e olha que ela, influente escritora de novelas da Globo, teve acesso a juízes, ministros e até ao Congresso. Mesmo assim… no máximo uma modificação na lei quanto a tipificação do crime. Neste caso, acredito, que a barbárie e a falta de motivação do crime despertou o Brasil do torpor cívico, catalisou e expôs a nossa sede de justiça. Todos se mobilizaram e saíram de trem, metrô, ônibus para protestar e clamar por justiça. Nunca mais havíamos visto as aglomerações espontâneas. É claro que o circo midiático estava lá, armado, mas a imprensa noticia o que as pessoas querem saber. Hoje em dia até as novelas são ditadas pela audiência. Não fosse assim a indústria das celebridades não seria tão próspera.
Redescobrindo Sergipe-Laranjeiras-Foto Ana Libório
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