E este ano resolvemos, todos, botar o seu… o meu bloco na rua, e o carnaval rolou solto nos quatro cantos do Brasil. O fenômeno já se desenhava há alguns anos mas, de dois para cá, eclodiu com força total e se fez notar, especialmente em cidades sem tradição momesca. A propaganda unânime: –Aqui se brinca sem pagar! Numa explícita alusão aos baianos que, na sua industrialização do carnaval, desvirtuaram e demoliram três pilares básicos da festa: diversão gratuita, fantasia e mistura. Claro que adoro apreciar Ivete no alto do seu mega trio arrebanhando multidões. Não deixa de ser emocionante. Mas sempre achei muito esquisito e sem graça ver todo mundo vestido igual, sem falar no tal do cordão de isolamento e seus indefectíveis homens corda. Na pipoca tudo é, sempre, muito mais divertido. Mas o mais incrível é notar que na era da inclusão social proliferou o surgimento de espaços VIPS, sejam em aeroportos, restaurantes ou festas principalmente nos seus famosos camarotes-áreas VIP, símbolo maior de status nos dias atuais. É por essas e outras que custo acreditar que a igualdade seja, de fato, uma aspiração da humanidade.
Bloco Rasgadinho-Bairro Cirurgia-Aracaju/Se-Foto ana libório
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