HAVIA UM MURO DE CONCRETO EM SEU CAMINHO… Novamente o jogo de empurra-empurra entra em cena. Tal e qual no acidente do avião da Gol, que quase um ano depois, ainda especula-se, se foi o Legacy, os pilotos, os controladores de vôo… Agora a novela se repete, e de quem foi a culpa? Da TAM, do piloto ou do aeroporto? E teremos mais um ano de acusações mútuas e poucos resultados práticos nas investigações. Provavelmente acusarão o piloto, afinal a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, que neste caso não poderá nem se defender. Levantou-se, inclusive, a tese de excesso de experiência. Os dois pilotos experientes entraram em choque, será? São muitas as teses e nestes episódios a gente acaba aprendendo muito. Novos termos se incorporam ao nosso vocabulário: transponder, grooving etc e tal… Mas a verdade é uma só: ninguém consegue ser conclusivo. Hipóteses à parte, eu particularmente, enquanto arquiteta, acredito que a falta de estrutura do aeroporto contribuiu, e muito, para a fatalidade do acidente. Homens e máquinas podem falhar, a arquitetura nunca. Ela deve existir para garantir a segurança em caso de falhas técnicas. E faço um trágico paralelo com a morte precoce de Airton Sena que se espatifou, à 300 Km por hora, num muro de concreto no autódromo de Imola. Pois é, se houvessem áreas de escape em Imola, principalmente numa curva de noventa graus, o carro dele poderia ter, até, quebrado a barra de direção. Mas, ao invés de escapes, havia um muro de concreto em seu caminho…
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários