E o meu Café Pequeno hoje não poderia deixar de ser para o nosso querido poeta Araripe Coutinho.
Ma que Dilma e Palocci que nada…Com perdão do trocadilho Araripe é a bola da vez.
O fato é que o nosso fofo poeta causou ao pousar seminu no Palácio Olímpio Campos em controverso ensaio fotográfico realizado, segundo ele há seis anos atrás, e teve os seus muito mais que merecidos quinze minutos de fama tornando-se o primeiro artista sergipano nacionalmente famoso saindo no jornal A Tarde da Bahia, Bom Dia Brasil da Globo, Revistas Época e Veja.
Será que ele também vai dar no New York Times?
É bem verdade que a fama veio através do insólito ensaio e não pela sua poesia, mas o nosso loquaz poeta não se abala e defende-se evocando de Mário Jorge aos anjos da Capela Sistina, Michelangelo, Leonardo Da Vinci, a pintura barroca de Caravaggio, Michel Duchamps e as formas de Botero. Aí começa a fazer sentido…
Sim, Araripe também é erudito e cult! Em São Paulo conviveu com Hilda Hilst, a poetisa, e sempre exercitou, matreiro, um lado galã.
O governo pego de surpresa diz que vai investigar a travessura do poeta. Ah! Os poetas sempre prontos para fazer sonhar e escandalizar…barbarizar.
Com esse polêmico ensaio Araripe acabou de vez com o marasmo no nosso cenário artístico de vanguarda e abriu a discussão sobre a conveniência, ou não, de um voluptuoso ensaio nu em tempos de modelos anoréxicas!!!!
Lembro que em 1992 o fotografei para uma exposição. Quando chegamos ao seu apartamento, eu e meu marido, pedi que tirasse a blusa para que fizéssemos um retrato nu. No que ele refutou:
-Aiii, Ana Libório!
Pelo visto tomou gosto!
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Araripe-1992-Foto Ana Libório |