…Fez a obrigação com força Parece até que tudo ali é seu… Só poder sentar no morro E ver tudo verdinho, lindo e a crescer… …Filho do branco e do preto Correndo pela estrada atrás de passarinho… …Filho do sinhô vai embora Tempos de estudos na cidade grande… “Não se esqueça amigo eu vou voltar”… …Quando volta já é outro Trouxe até sinhá mocinha para apresentar… Passamos da total interação infantil para a brutal estratificação social na juventude. E a mudança é abrupta. Várias vezes vi e vivi isso na minha vida… casa…família… E quem não viveu de um lado ou do outro? _ Eu sou pobre, pobre, pobre…de marré, marré, marré… _ Eu sou rica, rica, rica…de marré deci… Cantam as cantigas de roda e, assim, prossegue o Brasil há desde 500 anos. Os casos dos Daniel Dantas, Marcos valerios ilustram a repetição do modelo de cabo a rabo. Se o suspeito é preto e principalmente pobre, é um tal de pega ladrão prende e arrebenta. Depois a gente investiga e muita porrada… – Que direitos humanos que nada! -Ladrãozinho safado, dizem… No entanto se o meliante é almofadinha acaba gerando uma crise institucional nas três esferas. Tenho até uma proposta para resolver o problema carcerário brasileiro. Basta soltar as moças e rapazes negros e pobres acusados de roubar sabonetes Ah! Mas voltando aos amigos do peito, não há nada igual a amigo de infância e de juventude. Não existe nada igual do que brincar sem o mínimo interesse a não ser brincar, brincar, brincar… Nessa hora somos todos iguais.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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