Foi-se o tempo que ecologia era coisa de “eco-chato”. Desde que a tsunami varreu a Polinésia e, segundo estudiosos, alterou até o eixo de inclinação da terra, que a natureza dá sinais de que não está para brincadeiras. Enchentes, soterramentos, deslizamentos, terremotos. Todo ano é uma tragédia atrás da outra e já estamos especialistas em contabilizar vítimas e recolher doações. Santa Catarina, Angra, a destruição de Porto Príncipe no Haiti, a tragédia nas Ilhas Madeiras e agora o terremoto no Chile sentido até em Sampa. Ai, Ai, Ai…Dia desses tivemos um vendaval diferente em Aracaju e a seca na Amazônia, coisa que nunca esperei ver na vida, já virou rotina…. É, vamos ter que dar um break e parar para pensar. Essa semana uma notícia no Jornal Nacional sobre a onda de calor com registro de mortes e os efeitos dos raios UV sobre a pele que, esse ano estão altíssimos, me levou a uma simples reflexão: Que tal se ao invés de ficarmos apenas na recomendação de óculos escuros, chapéu e uso de filtro solar partíssemos para um grande plano de arborização das cidades? Quantos ganhos reais teríamos em sombreamento, proteção de encostas e controle da poluição? Efeito estufa? Que tal trocarmos as esteiras das academias e irmos trabalhar a pé e as crianças de bike para a escola? Vamos precisar mudar, e muito, nosso estilo de vida e essas mudanças não são apenas questão de foro íntimo, são principalmente decisão política, pois as cidades, onde estão as grandes aglomerações e as vítimas em potencial, são hoje as mais atingidas e precisam se aparelhar para essa nova etapa da vida no planeta. E no mais é só deixar a maré de março passar…
Por do sol em Ipanema-Foto Ana Libório
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