Semana passada fui ao médico, ops médica, que holista fez uma consulta super demorada em que conversamos muito. Segundo ela vivemos um momento único. Pela primeira vez na história da humanidade os jovens sabem mais que os mais velhos , os filhos mais que os pais… De certa forma eu já percebia o fato, afinal não dá para ignorar a habilidade com que eles lidam com as novas tecnologias, a destreza com o celular, o computador ou simplesmente um vídeo-game que uma criança de quatro anos opera sem temor. Mas não é só na tecnologia que eles dão banho, não. Domingo à noite conversando com minha filha sobre política ela muito articulada filosofou: -Mãe sabe o que não acho certo? Umas pessoas terem tanto dinheiro enquanto outras não têm nada. Acho que a riqueza devia ser dividida, ao mesmo tempo não acho justo, porquê os que não se esforçam iriam ganhar a mesma coisa que aqueles que se esforçam tanto. Diante do argumento relembrei quando aos sete anos perguntei ao meu pai o que significava aquela palavra tão proibida, comunismo? Usando uma parábola ele explicou que existiam países onde não era permitido, como aqui, uma pessoa ter sete pares de sapatos enquanto outras não tinham nenhum. Os sete sapatos eram distribuídos e todos ficavam com, no mínimo, um par cada um. E assim tive certeza de que somos a geração sanduíche!
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