Camisinhas grampeadas: Uma brincadeira de mau gosto

Em pleno período de divulgação da Campanha de Primeiro de Dezembro – Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, uma brincadeira de mau gosto, publicada em um facebook de um humorista, trazendo a imagem de camisinhas grampeadas a folhetos informativos sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis e ao laço vermelho que é o símbolo da luta contra a AIDS, está circulando em redes sociais, em todo o Brasil e, em cada Estado e Município, está sendo atribuída, com um tom irônico, às respectivas secretarias de saúde.

A imagem dos preservativos perfurados por grampos é acompanhada da seguinte mensagem irônica e maldosa: “Queria aqui, em público, dar os parabéns ao pessoal da secretaria de saúde que teve a brilhante ideia de grampear as camisinhas nos pacotinhos para distribuir na campanha contra as doenças sexualmente transmissíveis. Ótimo trabalho, agora é só comprar o enxoval”.  Em cada estado ou município, muitos internautas que receberam a imagem das camisinhas grampeadas introduziram, na mensagem, o nome do estado ou município correspondente, como sendo responsável pela ação de divulgar a campanha com camisinhas perfuradas.

Trata-se do que se chama, na linguagem da informática, de HOAX – ato de propagar boatos pela internet de forma que a informação falsa ou distorcida chegue ao maior número possível de indivíduos.

Como seres sociáveis que somos muitas vezes nos sentimos impelidos a compartilhar uma determinada mensagem, não só para que as pessoas ao nosso redor sejam informadas de algo que, a princípio, é importante, mas também porque esta é uma maneira de lidarmos com a informação, de buscarmos apoio sobre nossas impressões e sentimentos sobre um determinado assunto.

Em situações como a divulgação de fotos de camisinhas perfuradas, a mensagem visa provocar indignação nas pessoas contra o trabalho educativo que os diversos estados e municípios do Brasil vêm realizando, no difícil enfrentamento à epidemia do HIV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

As redes sociais bem que podiam ajudar na prevenção, divulgando informações sobre a importância do uso correto do preservativo. As pesquisas mostram que as pessoas estão apresentando mais parceiros (as) sexuais e usando menos o preservativo, motivo principal do aumento das IST.
A responsabilidade de reduzir a vulnerabilidade ao HIV e a outras IST não é apenas dos órgãos governamentais. É de todos, inclusive dos internautas.

Solicitamos aos internautas que não passem a diante, as mensagens que não possuem fonte ou que não sabem se são verdadeiras.  A divulgação de uma mensagem falsa se propaga como um vírus de difícil combate, como acontece com a própria disseminação do HIV na população mundial.

Cuidados com o preservativo masculino:

Armazená-lo afastado do calor; Evitar uso de objetos cortantes ou pontiagudos na hora de abrir o pacote da camisinha; Observar integridade da embalagem, bem como o prazo de validade; Usar apenas lubrificantes de base aquosa (gel lubrificante); Sempre colocar a camisinha antes do início da relação sexual; Apertar o bico da camisinha até sair todo o ar; Substituir o preservativo imediatamente, em caso de ruptura; Não reutilizar o preservativo e descartar no lixo; Não usar dois preservativos ao mesmo tempo (devido à fricção que ocorre entre eles).

Cuidados com o preservativo feminino:

A camisinha deve estar na vagina antes do inicio da relação sexual; Evitar o uso de objetos cortantes ou pontiagudos na hora de abrir o pacote da camisinha; Antes da relação sexual, é importante conferir se a camisinha está em boas condições e dentro da data de validade; O anel de fora da camisinha deve cobrir então a entrada da vagina e a vulva (parte externa do genital da mulher). O homem poderá então introduzir o pênis na vagina, tomando cuidado para que este entre por dentro da camisinha; Após o homem ejacular, ele deve tirar o pênis de dentro da vagina da mulher e a camisinha feminina deve ser retirada imediatamente. Para retirar, é só dar uma leve torcida na camisinha para evitar que o esperma vaze.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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