Campanha Eleitoral

Amarra-me o coração, a alma, eu menino que vim lá do subúrbio de Magé, orfanato mantido pela igreja católica, quase órfão uma campanha eleitoral de pão e circo. Aprendi que não devo sofrer com esta parafernália esquiso-democrática que disseram que é livre, o voto dado. Como sabemos que tudo hoje é cooptado, inclusive nosso sexo calígula, dentro das pernas, que a uns cresce, a outros decresce e a outros ainda molha, percebi que é uma sacanagem ficar sofrendo com esta bolha de pus, fístula do nosso tempo que é a política brasileira. Rio muito das quebras de sigilo da receita federal, mesmo antiética, todas, digamos de baixo teor de princípios, ou nenhum, quem teria medo de quebrar o sigilo? Ah, não é esta a questão. E qual seria? Não importa se o motorista, o office-boy, a digitadora, a contadora, a gerente do sistema ou etc.etc.etc  O que vemos é que todo mundo quer espiar um pouquinho. E Aí não cabe chamar o Bial, que um dia ensaiou alguns versos satânicos e chamaram-no de poeta. Pobre de nós. Caçando níquel no torpedão do domingão, estava Cissa Guimarães quando seu filho Rafa, brincava depois da meia noite num túnel do Riô. Falo Riô para lembrar os franceses, estes nossos gozadores, porque eles podem até feder, mas gozam e bem! Agora, eu sei o TRE – Tribunal Reginonal Eleitoral, o TSE-Tribunal Superior Eleitoral e mesmo o STF- Supremo Tribunal Federal estão corretos em cassar, cassar, cassar. Ou seria caçar, non saber. Leio notícias esquisofrênicas de que a Ministra Carmem Lúcia indeferiu candidaturas por não prestação de contas dos candidatos ou mesmo porque passou do prazo. Corretíssimo. Mas que diferença faz se empresas e indústrias e bancos e estatais doam fortunas para candidatos e tome gente com bandeira segurando o dia todo, gráficas às turras de dinheiro rodando, rodando, rodando aquele monte de foto que não vai servir nem para limpar o fiofó da vovozinha. E aí eu fico daqui da minha janela pensando porque o povo não quis o genérico do Serra e preferiu a vaselina da Dilma. Mesmo assim acredito que deva comprar um hamburguer para Marina e um livro de James Joyce, aquele chatéssimo, qual o nome mesmo? “Ulisses”,(ai  como  posso esquecer nome tão forte, tão atraente, tão michechístico como este?!) enfim para aquele magrelo candidato também, que fala parecendo que está montado num touro, que o Brasil precisa atrair mais investimentos estrangeiros, universidades públicas e muita cerveja para os médicos peritos do INSS terem condição, de aposentar todo mundo por cirrose. Como é o nome desse candidato: Enéas? Não, Morreu. Darcy Ribeiro? Não, morreu. Murilo Benício? Não, virou Jaques Éclair. Ai, como é o nome daquele anoréxico que fica parecendo que engoliu uma radiola com os preceitos do Fidel? Hum, lembrei. Cirilo. Não, ciro come atriz. Não. Plínio Arruda Sampaio. Ai, que alívio. Aos 41 anos me falta ereção cerebral. Este país é mesmo um antiquário que ninguém visita. Desça, autue, registre. Dona Dilma está chegando. Sua primeira aula: como limpar coco mole de netinho depois que ele comer seu potinho de lula ao coco. Parfait!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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