Varias organizações públicas embutem no bojo de suas estruturas, projetos que visam dar apoio ao comportamento humano. Sem duvida nenhuma o adesismo é fruto de um distúrbio comportamental, é que pese por período ínfimo, período necessário para atingir o objetivo principal “permanecer onde estar”, principalmente os de última hora. Quando isso não ocorre o distúrbio é maior, surge o que é comum em qualquer organização, “a depressão”, esses adesistas prestam sem sobre de duvidas um desserviço a essas organizações, por não serem autênticos e sobre tudo, se tornando incrédulos deles mesmo. O que vem ocorrendo na estrutural governamental nas últimas semanas daria para escrever uma comédia teatral digna dos grandes escritores, porém como envolve recursos públicos acaba se transformando num drama shakespeariano. Os relatos são quase que idênticos. Os membros da equipe de transição do futuro governo ao chegarem nas secretarias e órgãos públicos encontram servidores e a maioria dos cargos comissionados todos eleitores de “carteirinha’” do futuro governador. Parece que João Alves Filho não recebeu nem um voto dos comissionados. Até mesmo daqueles da classe média, que estavam nas esquinas como na 13 de Julho, nos finais de tarde, colocando adesivos de João e que abordavam os motoristas de maneira tão incisiva e até mesmo com destemor, que ninguém em sã consciência poderia jurar que eles estavam representando e que na verdade todos votaram em Déda. Se a Globo descobre não fica um por aqui… Exageros à parte, o assunto é sério. O governo estadual vive uma expectativa nunca vista. Uma estrutura que foi montada há dezenas de anos está preste a mudar seu comandante maior. Pela primeira vez esse comandante assume em nome das mudanças. Com isso cargos comissionados e outras estruturas viciadas estão em pânico. Agarram-se a tudo neste momento. Procuram no final do túnel um amigo que é amigo ou parente de um deputado do novo governo, ou de um assessor, etc…Sem falar nos laços de parentescos. Os indicados para o primeiro escalão estão tendo a alegria de encontrar parentes que nunca imaginaram ter. Amigos que nunca se falaram e tudo mais. Porém, o mais grave não são os que vão diretamente tentar salvar seus cargos comissionados de há muito tempo no governo estadual. São os bilhetes. E quantos bilhetes. São de todos os tipos e de todas as assinaturas. Figuras representativas de todos os poderes constituídos. E têm alguns, os mais desinibidos, que enviam já o bilhete acompanhado do contra cheque do servidor com a seguinte frase: “veja o que pode fazer”. Agora caro leitor, imagine a situação do futuro secretário ao receber um bilhete de autoridades constituídas que mexem diariamente com o destino de pessoas. Em todas as situações uma certeza: seja através do adesismo de última hora; seja pelos pedidos dos aliados, ou seja, pelos bilhetes de autoridades constituídas o futuro governador tem uma responsabilidade maior com a mudança que pregou nas ruas para todos os sergipanos. Tudo aquilo que for obstáculo à mudança deverá ser mudado sem vacilação. Não há relação pessoal de simpatia, parentesco ou de amizade que mantenha uma situação que esteja criando dificuldades para que as mudanças sejam realizadas. Essa deve ser a tônica do novo governo do segundo escalão até todos os outros cargos comissionados. Isso representa um dos princípios fundamentais da mudança. Vá vender fertilizantes assim lá no Maranhão… Em Sergipe tem cada uma. Não é que depois da capilaridade esgotada na área de investimentos é a vez de testar as ações na área de fertilizantes. Não falta experiência, para que “conseguiu” fertilizar números fora da realidade e ajudar na abertura de um negócio, literalmente da “china” nos lençóis maranhenses. Esta última história será contada em detalhes em breve. Agora é hora de plantar com o fertilizante… (o leitor que decifrar esse enigma pode enviar um e-mail. De prêmio ganha uma viagem para o Maranhão). Dificuldades para ter acesso a contratos Ao entregar ontem os relatórios feitos pela equipe de transição, o coordenador, Nilson Lima, revelou que, em alguns casos, teve extrema dificuldades para ter acessos a alguns contratos. Alguns deles que estavam acabando agora e a equipe achou necessário à prorrogação, por 30 ou 60 dias, o pedido foi feito ao coordenador da equipe de João Alves, o secretário Gilmar Mendes. Hoje o governador eleito Marcelo Déda receberá a visita do atual governador, João Alves Filho, nas instalações do grupo de transição no Centro de Interesse Comunitário – CIC, a partir das 9hrs da manhã. Déda vai a Brasília ainda hoje comunicar ao presidente Lula que optou por ficar em Sergipe e não irá a posse em Brasília, por conta da solenidade durante todo o dia primeiro. Depois Déda descansa três dias com a família. Pedro Lopes já era esperado em Brasília Como chefe do escritório em Brasília, Déda anunciou que interinamente ficará Pedro Lopes, que trabalha com ele há muito tempo, desde os tempos de deputado. Para a área Deda disse que pretende fazer uma mudança estrutural dando mais dinamismo e com vários setores, como, por exemplo, um de relacionamento com a imprensa nacional. Bocão, o assessor para todas as horas Outro nome que não foi surpresa foi o de Rosalvo Alexandre como assessor especial. Déda lembrou que o famoso Bocão foi um dos principais articuladores da campanha dele no ano 200 para prefeito de Aracaju e sempre tem conselhos importantes. Cinco jornalistas no primeiro escalão Luiz Eduardo Costa, Leó Filho, Jorge Araújo, Jorge Carvalho e Oliveira Junior. Cinco secretários de Estado que têm em comum também à profissão: todos são jornalistas com registros profissionais. Sem falar na secretaria de Comunicação Social, Eloísa Galdino, que é formada em rádio e tv. Evangélicos no futuro governo O governador eleito, Marcelo Déda (PT) sabedor da força do segmento evangélico em Sergipe busca um interlocutor para o seu governo na área. Nos últimos anos os evangélicos tinham como interlocutor o pastor Virgilio Carvalho como secretário adjunto de governo. Reforma pode gerar convocação da AL O governador eleito não descartou a possibilidade de convocar a Assembléia em janeiro se o projeto de reforma administrativa estiver pronto até o dia 20. É porque os deputados só voltam a trabalhar em 15 de fevereiro. No dia primeiro de fevereiro eles tomam posse e elegem a nova Mesa Diretora. Empréstimos da Deso ficaram em R$ 35 milhões A coluna errou ao publicar que a Deso fez empréstimos de R$ 50 milhões. Foram R$ 35 milhões. O último, de R$ 16 milhões que estava quase pronto, não foi concretizado. E mais: os empréstimos feitos com base na antecipação de receita já estão sendo pagos. Por falar na Deso, ontem o governador eleito, Marcelo Déda não iria anunciar o engenheiro Max Maia Montalvão para a presidência da empresa. Foi através de um questionamento deste jornalista que ele anunciou. Aliás, Max é engenheiro de carreira do órgão, tem um excelente trânsito entre os servidores e conhece profundamente a empresa. Incorporações na Deso Lembram daquele projeto aprovado recentemente de iniciativa do governo estadual para incorporar gratificações e cargos comissionados? Ele já deu resultados altamente positivos para alguns figurões da Deso, do atual e de governos passados. Neste mês já foram pagos aos mesmos em torno de R$ 20 mil em salários. É pelo jeito, muita água terá que ser distribuída para pagar essas incorporações… Fotos comprovam crime ecológico na Barra Depois que a coluna denunciou ontem que a reforma do Hotel da Ilha chegou à beira da praia,com a construção de um muro de areia o site NeNoticias enviou uma equipe no local que comprovou a irregularidade. A fotos estão no site. Será que alguém do Ibama se habilita a tomar alguma providencia legal? Sobre o polêmico projeto de lei em Itabaiana I De um leitor sobre o projeto de lei municipal que trata da reforma administrativa de Itabaiana: “Provavelmente é do conhecimento de Vossa Senhoria os movimentos que tem ocorrido na Câmara Municipal de Itabaiana na manhão de hoje. O projeto de lei que trata da reforma administrativa do município realmente é polêmico, no entanto algumas questões devem ser revistas pela população; ao menos aquela digamos independente. Então vamos ao que interessa: 1 – Existem neste meio tempestuoso os oportunistas de plantão. Não estão preocupados com os funcionários que prestaram concurso. Preocupam-se apenas com os votos que poderão obter em 2008” Sobre o polêmico projeto de lei em Itabaiana II Continua o leitor: “2 – O concurso realmente foi anulado?;3 – Quem realmente começou a terceirização no município de Itabaiana, pelo menos nesse ano, foi o atual Governador João Alves. Só para lembrar o Hospital e o Centro de Especialidade foram entregues a SM (empresa baiana) e obviamente contratou os apadrinhados do ex-prefeito Luciano Bispo; 4 – Definir no projeto o que realmente é atividade meio e atividade fim. Para os serviços de limpeza urbana um gari, por exemplo´, é uma atividade fim; então requer concurso público. No caso de merendeira é uma atividade meio, visto que o professor é atividade fim; 5 – A terceirização “salvaria ” quem? Os ex-servidores, outros apadrinhados. Na verdade a terceirização um funcionário custa no mínimo o dobro do servidor efetivo, é só comprovar com qualquer contador; 6 – E para finalizar, por que o ex-prefeito não fez o concurso de forma transparente, assim essa celeuma não existiria”. Imprensa, Sergiportos e MP Coisas que só acontece em Sergipe, objetivando colher informações sobre o destino das lanchas que foram devolvidas a Sergiportos parte da imprensa – principalmente o programa Fala Sergipe, comandado por Fábio Henrique – passou mais de dez dias tentando localizar o presidente da mesma que no site do governo de Sergipe informa ser o ex-deputado Ismael Silva Santos. Faltou apenas um pouco mais de habilidade da imprensa para encaminhar um repórter até a Secretaria de Comunicação do Governo de Sergipe e cobrar de quem responde pela comunicação do governo, uma forma de se comunicar com o presidente daquele órgão público. O fato dos repórteres encontrarem a sede da Sergiportos constantemente com as portas fechadas e sem ninguém para responder em nome dela e imprensa alardeando diariamente esse fato, seria motivo suficiente para que o Ministério Público se manifestasse, porque afinal de contas os recursos utilizados para pagamento do salário e das gratificações dos responsáveis são públicos. Da série da informática na gestão pública I Do professor universitário Mário Vasconcelos sobre o artigo publicado ontem: “Achei bastante oportuna a sua preocupação em iniciar uma discussão sobre o uso da informática na gestão pública. Temos que entender que a informática deve ser encarada como uma política de Estado e não de Governo. Infelizmente os últimos governantes não entenderam, ou não quiseram entender, a importância desse setor para a manutenção da qualidade dos serviços prestados à comunidade. A Prodase (ou Agetis), apesar do grande esforço dos seus técnicos, não consegue acompanhar de forma consistente as necessidades dos seus clientes, os órgãos públicos”, explica. Da série da informática na gestão pública II Segundo o professor são diversos os problemas que contribuíram para a degradação da qualidade dos serviços: Falta de atualização técnica dos funcionários. Não estamos aqui falando de questões pontuais como o uso de um equipamento ou software; Falta de uma política de valorização profissional. Na área de informática, os bons profissionais são bastante disputados e a Agetis constantemente perde funcionários para outros órgãos públicos ou para a iniciativa privada. Uma boa proposta de valorização profissional garante a entrada e permanência de pessoas talentosas, temos como exemplo o Banese; Número reduzido de pessoal da área técnica. A proposta de um novo concurso público já é promessa antiga, a solução paliativa sempre foi à terceirização, o que cria as aberrações já conhecidas; Falta de investimento em pesquisa. Não existe produção tecnológica sem investimento em pesquisa e o Estado de Sergipe é um dos poucos que não tem (ou não tinha) Secretaria de Ciência e Tecnologia. A extinção da FAP criou vários problemas de continuidade nos projetos. Pouca integração entre os diversos projetos de informática executados pelos órgãos públicos.De fato, poderíamos passar horas falando dos problemas da informática pública. Apesar dos fatos, a Agetis ainda consegue executar um trabalho digno e que não pode ser desprezado. Mais uma vez, o que falta realmente é uma política pública para a adoção das tecnologias em todos os setores da sociedade”. Frase do Dia “O governador Marcelo Déda já possui a maturidade política necessária para não se deixar seduzir pelos mimos pontuais dos poderosos da comunicação. Sabe ele que chegou ao poder, mas que não hegemoniza e que não será cedendo aos caprichos e pressões dos interesses da mídia comercial que construirá a hegemonia. As chantagens e os fins da mídia privada são inversamente proporcionais às mudanças, as transformações, a construção de uma sociedade democrática”. Trecho do artigo de Cristian Góes publicado ontem, aqui na Infonet.
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