Peço mais uma vez aos leitores a compreensão para usar o espaço desta coluna para publicar uma carta recebida de Mário Cabral. Para quem não conhece Mário Cabral é uma referência intelectual de Sergipe em todo país. Advogado, jornalista, poeta, historiador, critico literário, estão entre as profissões de um dos mais ilustres sergipanos dos últimos sessenta anos. Como bem escreveu Jackson da Silva Lima: “Na década de 40, ao lado de José Calasans, Fernando Porto e outros ilustres sergipanos, fez de Aracaju, um centro cultural de vanguarda, dando destaque nacional ao pequenino Sergipe, a partir do nosso próprio espaço, sem o aval prévio das grandes metrópoles”. Entre seus escritos “Cidade Morta”, que é um marco na literatura sergipana. O leitor deve imaginar como este mero jornalista sentiu-se orgulhoso ao receber uma carta deste que é um dos maiores intelectuais vivos sergipanos. A carta foi escrita no dia 16 de dezembro do ano passado, dez dias após o lançamento do livro. Só agora, após pedir autorização ao autor, que este jornalista resolveu publicá-la. Eis a carta: Caro Amigo Cláudio Nunes: Recebi seu livro, “A Liberdade da expressão”, enviado pelo nosso amigo comum Wagner Ribeiro. Não tenho o prazer de conhecê-lo pessoalmente. Mas conheço o que você pensa, escreve e divulga no jornalismo sergipano, área da política e seus bastidores. Estou na Bahia, desde 1955, governo de Antonio Balbino. Estou longe e estou perto, desde que atento às coisas da minha terra. Escrevo com esforço, doente e com 92 anos, também de luta, ficção e fora dela, quando da guerra de Hitler e Mussolini. Seu livro é um livro raro, o pensamento aberto e livre na defesa dos princípios essenciais da vida pública. O povo não sabe de nada, iludido, sempre, pela versão da máscara oficial. Mas abaixo vem o veneno, coberto. É preciso ir buscá-lo nos arquivos ou no bojo dos computadores, baú de segredos. E não há exceções. O país inteiro é uma bandalheira só, de ponta a ponta. Você tem brilho, força e coragem. A revelação da verdade custa tino e pesquisa, nos cofres, desvãos, linguagem secreta, ali, bem perto, ninho de sujeira e da corrupção. A impunidade, traz, para nós outros, quase o desânimo, amparada por normas especiais ou privilégios escusos. Esta, Cláudio Nunes, é a sua missão em Sergipe: a denúncia e a prova, a reposição da verdade para o povo faminto e espoliado. Seu livro retrata a revolta e o não-conformismo. Você, em livro forte e bem escrito, luta pela liberdade de expressão, com gana, garra e destemor de linguagem que se mostra claro e lúcido. Agora a nova trincheira da Internet, mais segura e abrangente. Parabéns, amigo. Uma bandeira se agita no céu de Sergipe. Uma esperança. Abraço do seu admirador, Mário Cabral. O que fazia um caminhão da Deso no Estado da Bahia? Um leitor retornava na última sexta-feira,19, a tarde de Salvador pela linha verde por volta das 15h50 nas mediações da entrada da praia Costa Azul e encontrou um caminhão de placa policial HZT 5604 SE com a logomarca da DESO com 2 (dois) ocupantes. O leitor quer saber da Deso: o que estava fazendo o caminhão no Estado da Bahia? Parlamentar faz duras criticas ao novo governo Quem ouviu ficou chocado. Sexta-feira, 19, aproximadamente às 12hs, no supermercado G.Barbosa do Jardins, quatro senhoras batiam um papo descontraído. Porém, a conversa era sobre política, ou melhor, criticas duras ao novo governo. Uma chamou de governo “descarado e que não para confiar”. Outra disse que “a engraçadinha recebeu tudo pronto na fundação”. Não seria nada demais se na roda da conversa estivesse uma parlamentar e uma ex-superintendente de um órgão governamental. O mais engraçado que o grupo político de que faz parte a parlamentar está se aproxima do novo governo. Arrepare, como diz Osmário… Tem gente que esquece que em Aracaju todos se conhecem, não dá para fazer nada escondido, quanto mais conversar numa rodinha em pleno supermercado G.Barbosa dos Jardins… Edvaldo recebe convite do presidente Lula O presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, convidou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, para o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que acontecerá na próxima segunda-feira, em Brasília. O PAC vem como uma forma de acelerar o crescimento do país por meio de um conjunto de medidas essenciais para o desenvolvimento do Brasil.O prefeito Edvaldo Nogueira sente-se honrado com o convite e acredita que o PAC pode ajudar muito no crescimento do município de Aracaju, principalmente porque muitas das políticas públicas estão sob responsabilidade da municipalidade (saúde, trânsito, assistência social e ensino fundamental). Rômulo Rodrigues tenta apagar possíveis incêndios O vice-presidente estadual do PT, Rômulo Rodrigues, está fazendo visitas programadas a diversos diretórios municípios, a convite das lideranças. Rômulo vem ouvindo as reivindicações dos petistas e possíveis demandas junto ao novo governo estadual. Foi uma formula encontrada para apagar possíveis focos de incêndios. Este final de semana ele vai a Laranjeiras, Riachuelo e Divina Pastora. Petista reclama das indicações para diretorias regionais I De um leitor petista do sertão: “Gostaria de comentar sobre os cargos comissionados do Governo do Estado, mais especificamente sobre as Diretorias Regionais. Aqui em N. Sra da Glória, cidade pólo do Alto-Sertão, as tentativas de indicações para a Diretoria Regional de Educação – DRE´09 por parte dos companheiros petistas têm sido frustradas. Nomes como o de João Everton (amigo de Conceição Vieira), o de Laudson (ex-vereador e ligado a Ana Lúcia) e de Nelmires Ferreira (defensora dos ideais de esquerda e simpatizante do PT), não tem sido bem aceitos pelo “consenso político do governo”. Esta última, por exemplo, é Mestre em Geografia Agrária e já passou no campo da docência pela UNIT, UVA e UFS. Ao analisar o seu curriculo verificamos que competência para assumir uma Regional não falta, talvez até tenha de sobra”. Petista reclama das indicações para diretorias regionais II Continua o petista: “Os “aliados”, contudo, riem a torto e a direito. É um tal de “Pastor Heleno vai indicar fulano”, “Aragão vai indicar sicrano”, “o prefeito Zico vai indicar a 1ª dama”,… É de chater e doer os ouvidos dos sertanejos. O pior disso tudo é que os indicados dos aliados não têm as mínimas condições de dirigir uma regional, no máximo uma secretaria municipal (como é o caso da 1º dama, esposa de Zico) O medo do sertanejo é continuar órfão de dirigentes comprometidos com a mudança em todos os campos: na agricultura, no trânsito, nos serviços básicos e na educação.É importante lembrar que a maioria dos companheiros petistas (aqui na região) está preocupada em indicar bons profissionais para os cargos de direção regional no Governo Estadual. Não se trata em querer cargos e sim ocupá-los por possoas que tenham competencia na área construindo a cartilha da mudança, sendo que esta deve ser baseada nas reais necessidades do povo sertanejo por que foram por esses objetivos que Marcelo Déda foi eleito”. Resposta ao vice presidente do PT, Rômulo Rodrigues Já outro petista, desta vez de Simão Dias, retornou o e-mail voltando a lamentar o tratamento diferenciado dentro do partido. O petista lembra que o vice-presidente, Rômulo Rodrigues disse que vai participar de reuniões em Itabaiana, Propriá, Simão Dias e outros para debater os problemas partidários. Como petista de Simão Dias ele explicou que as lideranças do PSB naquele município ficam nas esquinas dizendo que lá quem indica todos os cargos é o partido por conta da liderança do senador Valadares. “Estamos com um pouquinho de esperanças que vocês tentem chegar ao interior para socorre os companheiros que tanto lutaram para vocês chegarem ao poder”. Gestão Pública e Propaganda I Sobre o artigo “Publicidade, como ficará?”, publicado nesta coluna no último dia 18, o presidente do Sindicato das Agências de P ublicidade de Sergipe – Sinapse, Paulo Gusmão, enviou o seguinte texto: “Em primeiro lugar, quero parabenizar a sua visão clara, coerente a respeito de uma gestão local da propaganda nos últimos anos e a sua percepção quanto à evolução da comunicação em Sergipe. Sempre a nossa preocupação foi, justamente, fazer com que a gestão pública entendesse que quem mais conhece sobre a comunicação local são os profissionais atuantes neste mercado. E também, ao longo do tempo, nossa luta sempre foi fazer com que entendessem isso e não pensando em fazer esquemas com agências locais. Nós já provamos que estamos preparados para fazer qualquer tipo de intervenção na comunicação. O que precisa agora é a gente ter uma resposta de reserva de mercado, proteção de economia. Quando falamos de proteção de economia, queremos mostrar que nos preparamos em todos os níveis. Quando a gente fala de reserva de mercado, queremos mostrar que estamos investindo em profissionais, equipamentos, tecnologia de ponta para poder atender a este mercado. O que mais me preocupa é que alguns trabalhos da gestão pública vêm sendo feitos estilo house, tirando do mercado esta atividade. Por mais que seja pequeno a ilustração deste trabalho, ele gera uma economia e é preciso entender isso. A função da gestão pública não é tomar o lugar da iniciativa privada. Estamos em um país capitalista – esta é a regra do jogo. Nós empreendemos, investimos, qualificamos a mão-de-obra para que, em momentos como esse, as oportunidades aconteçam”. Gestão Pública e Propaganda II Continua a nota: “O que espero do Governo do Estado? Pelo discurso do Governador Marcelo Déda, ficamos mais seguros por sua visão ampla e de respeito aos profissionais da terra e, com isso, nos dá uma certa tranqüilidade. A qualquer momento, esperamos conversar sobre comunicação de Governo, porque não pode entender que o mercado publicitário é um mercado de tendências políticas. Nós somos profissionais, elaboramos comunicação para aquilo que somos contratados, podemos fazer bem feito, sobretudo, aquilo que realizamos. Não temos tendências políticas, nem correntes. Nós temos clientes. Nós temos anunciantes. Nós somos profissionais, não somos militantes partidários. Não vamos abrir mão desta discussão. Nenhuma gestão pública poder tirar a mão-de-obra especializada. Uma linguagem transparente com o Governo Municipal e Estadual é o que esperamos. O Sinapse é um sindicato organizado e, como o desenvolvimento gira em torno de sociedades organizadas, nós estamos atentos a todas estas discussões”. Paulo Gusmão – Presidente do Sinapse. Mais atenção para os servidores do HGJAF De uma servidora do Hospital João Alves: “Concordo em gênero e grau com o colega que enviou as informações sobre o João Alves e gostaria de acrescentar (sou profissional de nível superior, não médica) que o que acho também bastante interessante é que os profissionais receberam uma gratificação pelo volume de trabalho (mais que justo), pois existe o teto base para todos os profissionais em todas as unidades de saúde do Estado, porém tudo recai sobre o João Alves. Trabalhamos mais lá que qualquer outro profissional lotado em outras unidades, inclusive atendemos, realizamos exames, etc. e temos os mesmos valores de salário, salvo com essa gratificação que temos, que pelo volume de trabalho, ainda torna-se bastante pequena. É muito fácil trabalhar na Hildete Falcão, Sta Isabel, etc. ganhar os mesmos salários trabalhar dobrado enquanto eles recebem e mandam os exames todos pra gente. Quando vão enxergar isso? E para onde está indo o dinheiro de material, reagentes, equipamentos, etc. que são enviados para estes órgãos? Será que só o HGJAF consegue manter estes serviços funcionando? Vamos prestar atenção nos servidores do HGJAF, já não tem mais graça essa exploração!”. Sindicato dos Bancários preserva história de luta Momentos de disputa, decisões, conquistas, erros e acertos em diversos acontecimentos. De 1934 a 1996, o Sindicato dos Bancários de Sergipe tem muita história pra contar. Essa história está sendo resgatada e registrada através de um trabalho de organização do acervo permanente do arquivo do Sindicato. O projeto conta com a parceria da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Sergipe – Proex/UFS.A intenção do Sindicato é preservar a história de luta da categoria em Sergipe. “Esse projeto serve para mostrar que os trabalhadores também são protagonistas da história. Ao preservarmos a história do Sindicato, preservamos parte da história do movimento social”, considera Marcelo Vieira, secretário de Imprensa do Sindicato. A pesquisa conta com a participação das estagiárias Sayonara Rodrigues, graduanda em História bacharelado, e Carla Andrade, graduanda em História licenciatura, ambas pela UFS. O projeto tem a orientação dos professores Itamar Freitas, do departamento de Educação da UFS, e Fábio Maza, do departamento de História da UFS Frase do Dia
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