A procura por profissionais que saibam realmente exercer o “encantamento” da liderança tem provocado uma grande busca nos mais diferentes cenários da Sociedade. O mundo mudou e vem mudando em uma velocidade fantástica e as pessoas não estão mais dispostas apenas executarem ordens, como se fossem incapazes de pensar, de buscar soluções alternativas iguais ou melhores do que aquelas encontradas pelos seus gerentes. Cada vez mais, as pessoas estão buscando encontrar no seu próprio ambiente de trabalho a capacidade de se realizar como ser humano e cidadão. Ou seja, transformar as suas horas de trabalho em algo que a realize pessoal e profissionalmente e não apenas executar a sua tarefa diária como um pesado fardo de oitos horas de trabalho e depois ir para casa assistir TV. Todas as pesquisas atuais sobre liderança sinalizam que os verdadeiros líderes, aqueles que são capazes de “encantar” conseguiram desenvolver também a sua inteligência emocional. Portanto, não são mais os líderes “cerebrais” que estão despontando, mas justamente aqueles que perceberam que é necessário haver um equilíbrio saudável entre a emoção e a razão para que a liderança possa ser exercitada com sucesso. Embora num primeiro momento, pode se pensar que os componentes básicos da inteligência emocional (autoconsciência, autodisciplina, motivação, empatia e habilidade social) podem parecer que não são muito adequados para os negócios do mundo atual, porque para muitos de nós ter controle da inteligência emocional pode parecer que é apenas controlar a raiva (na empresa ou em público), mas em vez disto, significa realmente que é necessário primeiramente se entender muito bem como pessoa para em seguida poder entender os outros e saber como é possível conquistar parceiros/aliados para juntos poder atingir os objetivos delineados pela empresa. Ao longo de muitos anos constatamos que as empresas, vêm investindo apenas nas habilidades técnicas dos seus pretensos líderes. Todavia, mais do que desenvolver essas habilidades técnicas é necessário que sejam também desenvolvidas habilidades cognitivas, como por exemplo, o raciocínio analítico, o pensamento sistêmico e as competências, tais como, a capacidade de trabalhar em equipe e a eficácia em liderar mudanças. Isso vem acontecendo porque se constata que é necessário que os executivos (os pretensos líderes) sejam capazes de entender de pessoas, de processos e de resultados. Por outro lado, para entender de pessoas é necessário antes de mais nada que o indivíduo se conheça profundamente para poder entender os outros e estabelecer a sua capacidade de antecipar (ver na frente), mobilizar (reunir parceiros e aliados) e fazer acontecer (chegar aos resultados desejados). O CENTRO DE LIDERANÇA CRIATIVA – CLC Entendendo essa angústia das organizações e analisando todo o seu material de apoio dos eventos que vem realizando nestes últimos quatro anos a Fundação Brasil Criativo estará inaugurando brevemente o seu CENTRO DE LIDERANÇA CRIATIVA, um espaço físico no qual serão realizadas pesquisas sobre liderança nos mais diferentes cenários da sociedade, programas para desenvolvimento da liderança criativa, construção de uma rede nacional e internacional, palestras, worskhops e eventos relacionados. Assim sendo, o propósito do CLC é trabalhar para que atuais e futuros executivos possam encontrar soluções criativas para os desafios mais complexos. Em outras palavras é fazer os indivíduos entenderem, praticarem e desenvolverem os seus estilos de liderança não apenas para si mesmos, mas também para suas equipes, empresas e para o benefício da sociedade em todo o mundo. Portanto, a proposta do CLC é tratar da liderança como um processo atitudinal que pode ser aprofundado e desenvolvido e que não deve ser tratado apenas como um “tópico” de abordagem trivial e corriqueira nas escolas e faculdades. Assim sendo, o CLC tem por objetivo principal disseminar a compreensão, entendimento, prática e desenvolvimento da liderança criativa com a finalidade de beneficiar a sociedade como um todo. E para isto acontecer estará ofertando um conjunto de programas de maior ou menor intensidade e aprofundamento em função do tipo de necessidade de abordagem para um conjunto ou grupo de pessoas. Alguns programas serão estruturados focando o entendimento básico do significado da liderança criativa através de pequenas atividades de grupos, discussões e reflexão pessoal; ao passo que outros terão abordagem mais focadas na busca de oportunidades através das simulações de negócios, exploração artística, exercícios para construção de times e práticas de novas habilidades. Esse é mais um passo da FBC, sempre na busca de novos horizontes e na procura de disseminar conhecimentos, desenvolver competências e dessa maneira juntamente com seus parceiros, aliados, amigos, consultores e clientes ir ajudando a construção de um mundo melhor para todos. * Fernando Viana é diretor presidente da Fundação Brasil Criativo presidente@fbcriativo.org.br