O governador Marcelo Déda (PT) faz nesta segunda-feira, 05, uma reunião no Palácio de Despachos com todo o secretariado. Na pauta, além de avaliar as ações iniciais do governo, Déda deve anunciar também alguns novos direcionamentos em obras e ações de várias pastas. O governador já tem um diagnóstico da máquina, principalmente da área financeira, que vai balizar todas as ações realizadas nos próximos meses. Ele percebeu também que a contenção de despesa estabelecida no primeiro mês fez o efeito esperado. Déda deve anunciar nos próximos dias o plano emergencial para as rodovias estaduais, entre outras ações. Porém, o ponto mais importante desta reunião será, com certeza, a agilização para as mudanças em cargos comissionados na capital e no interior do Estado. Estava claro que o governador Marcelo Déda esperou a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa para começar as mudanças em cargos importantes, principalmente nos municípios do interior. Político experiente e ex-integrante do legislativo, Déda sabe que poderia causar alguns problemas graves na eleição de Ulices Andrade (PDT) para presidente da Assembléia Legislativa se tivesse iniciado as mudanças de uma vez em toda a máquina estatal. Soube esperar, mesmo recebendo criticas de aliados, de eleitores e de amigos mais próximos. Esperou calado, apenas poucos de seus assessores sabiam o que realmente passava pela cabeça do governador. Esta coluna vem recebendo diversos e-mails de eleitores e correligionários políticos do governador com queixas sobre a condução do governo e a manutenção de diversos alvistas em cargos comissionados. Muitos lembram que mesmo pelo critério de competência, não é possível que do lado dos aliados que venceram o pleito eleitoral, não existam também técnicos competentes para ocupar estes espaços. Se por um lado o governador está alegre por ter conseguido realizar uma das eleições para a Assembléia Legislativa que não comprometeu o governo estadual (isto mesmo caro leitor, quem conhece os bastidores das eleições do legislativo sabe como acontecem essas votações), por outro lado Marcelo Déda entra numa fase de definir os novos nomes para cargos espalhados em todos os municípios. Ele já disse em várias entrevistas que privilegiará os aliados que abriram mão de “mundos e fundos” para seguirem com eles na eleição estadual. Terá também que conter a fúria de alguns integrantes do PSC, que após as eleições de Flávio Conceição, para o TC e Ulices Andrade para a AL, pensam agora em continuar no governo estadual com os mesmos tentáculos que tinham no governo João Alves Filho. O pior que alguns integrantes do PSC, querem cargos e começam a plantar notas em setores da imprensa criticando o espaço dado ao PMDB e ao PL no atual governo, já que os dois partidos não têm deputado federal e eles têm um. Esquecem os “peixinhos” que na eleição estadual eles preferiram seguir ao lado de João Alves, não abriram mão de suas “boquinhas” no governo estadual e não foram para o sacrifício, como, por exemplo, como o PMDB, que deixou tudo que tinha para acompanhar o barco do PT. Ou seja, o PSC quer ser tratado como aliado, mas na verdade é apenas um adesista do governador de plantão no Palácio Olimpio Campos. Governabilidade é necessária para qualquer executivo, mas não é preciso leiloar a máquina estatal. Espera-se que desta reunião com o secretariado as mudanças tão propaladas comecem realmente a aparecer. Já foram exonerados cerca de dois mil cargos comissionados (é bom lembrar que destes, mil e duzentos foram exonerados pelo ex-governador), mas é preciso não apenas mudar. É preciso que o governador diga aos secretários que não dá para aceitar perseguições a eleitores petistas como as que vêm ocorrendo na empresa Deso, não dá para aceitar que pefelistas continuem mantendo seus tentáculos em várias áreas do governo e não dá para que os seus eleitores no serviço público sejam motivo de chacota por parte daqueles que xingavam ele e agora continuam “numa boa”. Depois de um mês à frente do governo estadual chegou a hora de Marcelo Déda mostrar que realmente está determinado em mudar Sergipe. Disciplinando os chamados “grupo de trabalho” O governador Marcelo Déda (PT) assinou portaria disciplinando as nomeações em secretarias e órgãos estatais dos chamados grupos de trabalho. O governo anterior abusou deste artifício para aumentar o salário de muita gente. Somente nos últimos dois anos foram criados cerca de 190 grupos – denúncia publicada nesta coluna no dia 22 de dezembro de 2006 – que custaram aos cofres públicos aproximadamente R$ 500 mil. Estes grupos de trabalho são integrados por até cinco servidores, recebendo, cada um, 30 UFP, que dava uma média de R$ 633,90 para cada membro. Na maioria destes grupos de trabalho não havia necessidade do objetivo principal da nomeação do mesmo e era um artifício usado para pagar para o servidor exercer tarefas dentro do próprio horário do expediente. Assembléia dos funcionários da Deso Este jornalista recebeu informações sobre a assembléia geral dos funcionários da Deso realizada no sábado, 03, pela manhã, para aprovar ou não a contra proposta salarial encaminhada pela direção da empresa. Para não cometer injustiça à coluna está averiguando todas as informações recebidas e amanhã publica uma análise da situação. Machado é tido como um dos rebeldes na Mesa Diretora Com o título “Rebeldes”, a Folha de São Paulo desta segunda-feira, 5, publica a seguinte nota na coluna Painel: “Em sua gestão na Câmara, Chinaglia terá uma trinca que promete não se alinhar automaticamente a ele na Mesa. São eles Osmar Serraglio (PMDB-PR), primeiro-secretário, Ciro Nogueira (PP-PI), segundo-secretário, e José Carlos Machado (PFL-SE), quarto-secretário”. Déda é citado na Folha desta segunda-feira Em matéria com o título “PT retoma disputa interna no segundo mandato de Lula”, publicada nesta segunda-feira, 5, na Fola de São Paulo, o governador Marcelo Déda volta a ser citado como liderança dentro do PT. Leia parte da matéria: “Encerrada ontem em São Roque (60 km de São Paulo), a reunião do Campo Majoritário do PT acentuou a divisão interna da sigla e evidenciou a pouca disposição de seus integrantes de alterar rumos do partido e discutir em profundidade as últimas crises… Tarso tem buscado apoios contra os paulistas nos governadores Jaques Wagner (BA), Marcelo Déda (SE) e no prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Nenhum deles foi ao evento em São Roque”. Espaços saudosos das dispensas de licitação Deu no site de Gilmar Carvalho: “Na imprensa, espaços independentes começam a ser ocupados por notas que apontam para uma contrariedade manifestada em reações do governador Marcelo Déda (PT) a supostas exigências que estariam sendo feitas por Jackson. Outros espaços, saudosos das dispensas de licitação, trabalham para apresentar ao eleitorado um Jackson desagregador, que pode transformar em pesadelo o sonho das mudanças”. A verdade é que esses espaços saudosos das dispensas de licitação – que Gilmar se refere – são aqueles que hoje tentam passar para os leitores que nunca penderam para lado nenhum, sempre ficaram em cima do muro. Como o que foi escrito fica para a história, a coluna vai começar a publicar partes de alguns textos destes “profissionais” para mostrar com foram à atuação deles no período eleitoral da maneira mais objetiva possível para agradar o chefe de plantão, que em contra partida mantinha o esquema de gordas verbas na comunicação governamental… Mamãe eu quero mamar! Para os desesperados da imprensa por conta da CPI da Comunicação.Alguém lembra do autor desta letra e o nome da música: Mamãe eu quero mamar! O jeito é cantar o resto: “dá chupeta pro bebê não chorar”. Documentário sobre Seixas Dória Espetacular o documentário produzido pela equipe da TV Alese sobre a história política do ex-governador Seixas Dória. De parabéns a jornalista Risia Rodrigues e toda equipe. O documentário tem também a participação de historiadores e jornalistas sergipanos. Seixas Dória revela, entre outras coisas, que o então governador de Minas, Magalhães Pinto, amigo dele, tentou levá-lo para o lado dos golpistas em 64, mas ele não aceitou. Depois de preso, ainda na prisão na Bahia, tentaram que ele assinasse um manifesto de apoio ao golpe para que voltasse ao governo. Ele teve coragem e dignidade para não mudar seus princípios. Um exemplo para todas as gerações bastante raro nos dias atuais. Almeida Lima precisa mudar de estilo O senador Almeida Lima precisa demonstrar aos políticos de Sergipe que mudou de estilo. Após a saída do PDT, onde se elegeu senador, Almeida Lima tentou ir para o PSDB, mas por conta do estilo desagregador não foi aceito por ninguém em Sergipe e a direção nacional recuou na decisão de entregá-lo o comando da sigla. Com isso Almeida Lima acabou indo para o PMDB, onde mesmo com o mandato de senador, continuou isolado sem conseguir eleger nenhuma liderança expressiva. Agora tenta ir para o PPS, mas as principais lideranças com mandato, José Franco e diversos vereadores, prometem mudar de partido se ele chegar. Almeida Lima é senador da República até janeiro de 2010 e tem muito tempo para recuperar o espaço perdido e mostrar que não é mais um desagregador de partidos, para isso tem que mudar de estilo. Queda do repasse de recursos do governo federal I O jornal Folha de São Paulo publicou no último sábado uma matéria mostrando que o repasse de recursos do governo federal para os Estados diminuiu muito nos últimos anos. Essa tese foi levantada nos últimos anos pelos ex-governadores Albano Franco e João Alves Filho e no último mês pelo governador Marcelo Déda. Dê uma lida: “Nos últimos dez anos, a alta na arrecadação do governo federal foi baseada, principalmente, no maior recolhimento de tributos que não são divididos com Estados e municípios.Em 1995, de um total de R$ 84 bilhões (em valores da época) arrecadados pela Receita, 47,2% se referiam a Imposto de Renda e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que, segundo a Constituição, devem ser repartidos com governos regionais. Em 2005, esse peso havia caído para 42,4%.Os números são do Ministério da Fazenda e da Receita Federal. Os repasses para Estados e municípios chegaram a representar 21% da arrecadação total de tributos do governo federal entre 1997 e 1999, mas esse peso caiu para 17,6% em 2004, num sinal de que a União arrecadou mais, mas dividiu, proporcionalmente, um pouco menos com governos regionais”. Queda do repasse de recursos do governo federal II Continua a matéria: “Ainda assim, o valor dos repasses cresceu, nos últimos dez anos, mais que a arrecadação do ICMS, principal imposto recolhido pelos Estados. Entre 1995 e 2005, os repasses aumentaram em 304%, e a cobrança de ICMS, 229%.O economista Francisco Lopreato, professor da Unicamp, diz que, nos últimos anos, o governo deu ênfase às preocupações com o ajuste fiscal, deixando de lado uma discussão aprofundada sobre a relação entre União e governos regionais.“E quem toma na cabeça são os Estados, que estão estrangulados porque precisam pagar os juros das suas dívidas. Os Estados estão quebrando, e não se discute o pacto federativo”, diz.Segundo Lopreato, as prefeituras não têm sido tão prejudicadas pelo atual sistema de distribuição de recursos porque, além de ficar com parte do IR e do IPI arrecadados pela União, recebem repasses do SUS (Sistema Único de Saúde) e do antigo Fundef, atual Fundeb (fundos para a educação).Para Fabio Giambiagi, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o movimento de governadores que surge agora reivindicando uma parte do dinheiro arrecadado com a CPMF “faz parte do processo político normal”. Plano de recuperação do futebol sergipano I O leitor Antônio Lima enviou o seguinte e-mail para a coluna que também já foi enviado para setores do governo estadual sobre o futebol sergipano: “Situação atual – Nosso futebol não tem nenhuma condição de aspirar o acesso para a segunda divisão do futebol brasileiro. Falta qualidade técnica e estrutura, além de recursos para buscá-las. Causas – Falta de Gerenciamento: Não se vê nenhuma ação dos dirigentes que nos possibilite ter alguma esperança de irmos para a 2ª Divisão; Falta de Investimentos: Sem uma política de gestão bem clara e definida, os Investimentos externos não aparecem e não se podem buscar esses investimentos, sem um mínimo de organização no gerenciamento dos clubes. Conseqüências – Deficiência Técnica: Não temos craques nas nossas equipes. Ninguém tem condições de contratar bons jogadores;Baixa Freqüência de Público: sem craques, não tem torcida. Por isso as rendas são medíocres; Falta de Perspectivas: Sem rendas e investimentos que possibilitem buscar em qualidade técnica, não há perspectivas”. Plano de recuperação do futebol sergipano II Continua Antônio Lima: “Sugestão 01 – Profissionalizar o campeonato: Além do troféu habitual, disputar um prêmio em dinheiro.Como fazer? Criar um fundo de premiação com um percentual da renda dos jogos. Esse fundo premiaria no final da competição as 5 melhores equipes e a seleção dos melhores do ano (jogadores e comissão técnica).Objetivo: As equipes contratariam melhores atletas, buscando alcançar o prêmio máximo;Elevariam o nível técnico da competição;Atrairiam mais torcedores aos estádios;Aumentariam as arrecadações e;O prêmio em conseqüência seria maior.Como se vê, o futebol seria sua própria mola propulsora. Sugestão 02: Investimento Privado: Atrair investidores no meio empresarial. Não podemos viver eternamente dependentes do Gol da Sorte. Pois o papel do Estado é incentivar e não financiar o esporte.Como fazer? O governo criaria um incentivo fiscal para as empresas que investissem no esporte. Por exemplo, isentaria parte do ICMS mensal dessas empresas. Exemplo: Para cada valor investido, o dobro estaria isento do imposto, até o limite de 25% do faturamento mensal das empresas. Esses valores seriam registrados na contabilidade da empresa e do clube para efeito de fiscalização da fazenda pública.Objetivo: Possibilitar às equipes buscarem patrocínios e parcerias junto a bancos, comércio e indústria ou investidores privados;Com a possibilidade de isenção de tributos os empresários se sentiriam encorajados a investir para ajudar ao time de sua preferência, como uma nova modalidade de negócio onde teriam a possibilidade de auferir lucros financeiros ou promocionais para suas empresas.Tornar o seguimento do esporte um atrativo a mais de investimento para o mercado financeiro”. Plano de recuperação do futebol sergipano III Prossegue Antônio Lima: “Sugestão 03 – Cartão de relacionamento: Criação de cartões de crédito dos Clubes de Futebol.Como fazer? Através de parceria com o Banesecard criar cartões de crédito com a marca dos 4 maiores clubes, localizados nas cidades de maior atividade comercial (Sergipe, Confiança, Itabaiana e Lagartense).Objetivo: O Banesecard destinaria um percentual (por exemplo: 2 %) dos gastos com cada cartão para o clube correspondente;O torcedor seria estimulado através de campanhas publicitárias a aderir ao cartão de relacionamento do seu clube de coração e contribuir assim para o seu crescimento. O objetivo deste trabalho é contribuir de alguma forma com a discussão e formulação de propostas inovadoras que criem mecanismos eficientes para promover o crescimento do nosso futebol”. Frase do Dia “Dai-me Senhor serenidade para aceitar coisas que não posso mudar, coragem para mudar aquilo que sou capaz e sabedoria para ver a diferença.” Reihold Niebuhr.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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