As incessantes chuvas que castigam São Paulo já causaram a morte de pelo menos 13 pessoas em diferentes localidades do estado e semeiam o caos na maior cidade do Brasil, que nesta terça-feira (12) amanheceu com amplas áreas debaixo d’água devido ao transbordamento dos rios urbanos.
Entre os 13 mortos registrados desde segunda-feira (11), há três mulheres e duas meninas que perderam a vida nesta madrugada após o desmoronamento de três casas, provocado por deslizamentos de terra
A Prefeitura do município indicou em comunicado que outras duas adolescentes puderam ser resgatadas com vida.
Em Mauá, duas casas desabaram e provocaram a morte de três pessoas. Um acidente semelhante matou outro homem em Mogi das Cruzes.
Também de madrugada, um deslizamento de terra soterrou uma casa na Zona Norte da cidade de São Paulo e causou a morte de uma mulher e de uma menina, segundo o Corpo de Bombeiros.
A força da corrente das águas que inundaram a capital paulista arrastou um morador de rua, que acabou morrendo. Por sua vez, outra vítima de deslizamento de terra foi registrada próximo à região do Capão Redondo, no limite entre São Paulo e Embu.
Segundo o último boletim da Defesa Civil, nas primeiras horas da madrugada desta terça-feira, os rios Tietê e Pinheiros transbordaram e chegaram a alagar cerca de 70 pontos da cidade, dos quais 38 ficaram completamente intransitáveis.
A cheia do Tietê inundou alguns trechos da Marginal, o que provocou intensos transtornos no tráfego de manhã.
Alguns veículos ficaram isolados pelo transbordamento do rio. Em vários bairros da cidade também foram registradas enchentes, tal como mostraram as imagens de televisão.
As autoridades determinaram a interdição de túneis no centro da cidade que tinham ficado bloqueados pelas águas.
Enquanto isso, a estação de metrô República, em pleno coração da cidade, ficou parcialmente inundada, embora o transporte urbano não tenha sofrido interrupções.
A situação melhorava com o passar das horas e a diminuição das chuvas, mas o boletim meteorológico da Defesa Civil alerta para o risco de novas tempestades e precipitações a partir das próximas horas até domingo.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que as chuvas que caem sobre a cidade desde o primeiro dia do ano já equivalem a 93% da média de precipitações registrada em um mês de janeiro nos últimos anos.
“Os piscinões corresponderam à expectativa em relação à sua capacidade. Todos eles estavam preparados e ajudaram para que a consequência não fosse maior ainda”, declarou Kassab.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião para discutir a coordenação de ações de emergência e medidas preventivas contra as inundações, segundo um comunicado oficial.
As chuvas na região Sudeste não afetam somente o estado de São Paulo.
O temporal no Sudeste forçou o deslocamento de mais de 13 mil pessoas e já causou a destruição de 68 pontes e 184 casas. (AMBIENTEBRASIL)