Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.
Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na semana passada mostrou o que todo aracajuano consciente tinha conhecimento, por conta da clara derrubada de árvores e uma falta de uma política urbana para replantio das mesmas: Aracaju é a 5ª capital do país (44%) com menor número de árvores e, pasme caro leitor, é também a quinta capital com menor número de vias públicas arborizadas. O estudo mostrou também que Sergipe tem o menor índice de pessoas residindo em vias arborizadas no país. Aqui matéria da Infonet.
A média brasileira é o dobro de Aracaju. Um dos casos mais explícitos da política edvaldiana de não gostar de árvores foi a reurbanização das avenidas Hermes Fontes e Adélia Franco (cerca de 250 árvores derrubadas). Foi um crime praticado com a complacência de todos. A voz de alguns poucos foi silenciada pelo marketing do mal dos oito anos das duas últimas gestões de Edvaldo.
Já o Parque governador Augusto Franco, conhecido como Sementeira, virou “cementeira” para os aracajuanos conscientes. A obra está paralisada e a nova gestão deveria mudar o projeto e focar mais para o plantio de árvores. Vário espaços verdes foram transformados em concreto.
Bastar olhar mais minuciosamente que as obras e as praças inauguradas sem nenhum projeto comprometido a arborização.
Pelo que vem demonstrando a gestão de Emília e Ricardo Marques dará uma atenção ao meio ambiente. E preciso um projeto amplo de plantio de árvores, inclusive com parcerias com a iniciativa privada.
Morre Ivan Valença, um dos grandes nomes do jornalismo sergipano Um dos grandes nomes do jornalismo sergipano, o jornalista Ivan Valença, faleceu na segunda-feira, 21. A informação foi confirmada por familiares. “Seu Ivan”, como era conhecido, foi pioneiro no webjornalismo em Sergipe e um dos fundadores do Portal Infonet, onde possuía uma coluna sobre política e colaborava com a seção de cinema. A causa da morte ainda não foi divulgada. O sepultamento ocorreu ontem, às 11h, no Cemitério da Cruz Vermelha. O Portal Infonet lamenta, com imenso pesar, a partida de Ivan Valença — não apenas um grande nome na nossa trajetória, mas também um amigo querido, conselheiro generoso e referência para todos que fazem parte da equipe. Com seu olhar sensível e sua escrita afiada, Seu Ivan ajudou a moldar o jornalismo digital em Sergipe e compartilhou conosco sua paixão pelo cinema, pela política e pela vida. Seu legado permanecerá vivo em cada linha escrita, em cada jornalista que inspirou e em cada memória que deixou entre nós. O jornalismo sergipano se despede de um mestre. Toda matéria aqui da Infonet.
Responsável pela chegada a Infonet Ivan Valença foi quem convidou este jornalista para iniciar o blog na Infonet em maio de 2006. Além de um grande jornalista, foi um conselheiro no início da trajetória deste blog. Ivan, no início da carreira tinha um gráfica onde foram impressos diversos jornais alternativos da história de Sergipe. Um grande homem, profissional e cidadão. Descanse em Paz Mestre Ivan! Toda solidariedade aos familiares.
Lagarto: prefeito Sérgio Reis agradece ao senador Rogério e destaca obra do Rodoanel como marco de uma “nova era” Em publicação feita nas redes sociais no domingo, 20, o prefeito de Lagarto, Sérgio Reis, fez um agradecimento especial ao senador Rogério Carvalho (PT/SE) pelo empenho e dedicação ao município. Durante o anúncio do início das obras do Rodoanel, o gestor municipal destacou o parlamentar como “padrinho” da obra, considerada um divisor de águas para a economia e a mobilidade da região. “Nesse momento, a gente marca o início de uma nova era, de uma nova história de desenvolvimento e progresso da nossa cidade. Demos aqui início à construção do nosso Rodoanel”, afirmou o prefeito.
Apoio importante Sérgio Reis reforçou a importância do apoio do senador Rogério Carvalho na viabilização do projeto. “A gente faz um agradecimento especial ao senador Rogério Carvalho, padrinho dessa obra, que está proporcionando ao nosso município, à nossa região, centro-sul do estado de Sergipe, que Lagarto seja precursor de desenvolvimento, geração de emprego e renda.”
Logística e crescimento da região Com investimento significativo, o Rodoanel será fundamental para desafogar o trânsito urbano, melhorar a logística de transporte e impulsionar o crescimento econômico da região. Para o prefeito, trata-se de um marco histórico para Lagarto. “E que a gente entra nesse momento numa nova era. Lagarto, fazer mais, fazer bem”, concluiu.
Aracaju: acabou a “panelinha” de 8 anos da Secom E não é que após três meses de gestão tem gente que estava acostumada com a “panelinha” criada na gestão edvaldiana na Secom por oito anos que não aceita o tratamento igualitário para todos, sem distinção. A equipe montada pelo jornalista Ricardo Marques, além de competente e experiente o bastante, por isso entendeu a necessidade de uma ruptura em vícios e mais vícios de anos na Secom de Aracaju. Isto está incomodando muito os que estavam acostumados com a “panelinha”…
Mesa Redonda na sexta-feira, 25: Operação Cajueiro. Na Casa Cultural Careca e Camaradas A Casa Cultural Careca e Camaradas realiza na próxima sexta-feira, 25, na Rua Aquilino Macena 295 , conjunto Augusto Franco, uma Mesa Redonda tendo como tema principal a Operação Cajueiros. O mediador será o jornalista Narcizo Machado com a participação Andrea Dipiiere coordenadora da comissão da verdade Sergipe, presos políticos da operação Cajueiros Carlos Alberto Menezes e Marcelio Bonfim ambos foram torturados. A coordenação é do ex-vereador ão Max Prejuízo neto de Gervásio dos Santos um dos presos políticos e torturados durante o período da ditadura militar.
MPT-SE abre período de convênio de instituições para seleção de estágio. Prazo para firmar convênio vai até o dia 30/04 O Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) divulgou o prazo para firmar convênio com instituições de ensino. O objetivo é possibilitar que mais estudantes participem das seleções de estágio no órgão. Atualmente, nove faculdades e universidades já estão conveniadas ao MPT-SE. As instituições que não integram a lista têm até o dia 30/04 para firmar convênio, de acordo com a nova convocatória divulgada no site da instituição. O próximo processo seletivo de estágio está previsto para o mês de Maio, com aplicação das provas objetivas e subjetivas, de forma presencial, em data a ser definida. As solicitações de convênio poderão ser encaminhadas para o e-mail: prt20.estagio@mpt.mp.br.
Secretária Débora Leite visita Hospital Nestor Piva e confirma normalidade no atendimento de Ortopedia A secretária municipal de Saúde de Aracaju, Débora Leite, esteve no Hospital Nestor Piva na quinta-feira, 17, para acompanhar de perto o funcionamento do serviço de Ortopedia. Durante a visita, a gestora percorreu as áreas de atendimento, conversou com profissionais e pacientes e constatou que a assistência na especialidade segue normalmente, sem qualquer interrupção.
Fluxo definidos A secretária foi acompanhada da diretora, Marbene Souza, e equipe técnica do hospital, que é administrado pelo Instituto de Gestão e Cidadania (IGC). Durante a vistoria, foi possível verificar que o atendimento no setor de Ortopedia permanece organizado e com fluxos bem definidos, refletindo o esforço conjunto para garantir a qualidade dos serviços.
Avanços significativos Nos últimos semanas, o setor apresentou avanços significativos, como evidenciado pelo aumento de manifestações positivas na Ouvidoria — foram mais de 21 elogios apenas nos últimos dois meses. A direção do hospital reforçou que, desde o início da atuação do IGC, o serviço de Ortopedia vem sendo constantemente aprimorado, com foco na eficiência e na segurança dos pacientes.
Maior destaque da modalidade: Sergipe tem alta de 44,6% na contratação de seguro residencial Os seguros residenciais estão em tendência de alta no Nordeste e Norte do país. A procura por novos imóveis e o aumento de eventos climáticos severos estão entre os motivos de crescimento da procura deste serviço. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras- CNseg, em 2024 a modalidade arrecadou no estado de Sergipe R$ 26 milhões, alta de 44,6%. Em todo o país, a modalidade somou um valor de arrecadação de R$ 6 bilhões, aumento de 16,5% em relação ao ano anterior. Na foto acima, Dyogo Oliveira, Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Cybele Neumman, representante do Sindicato das Seguradoras da Bahia, de Sergipe e de Tocantins. Paulo César Souza Martins, Presidente do Sindicato das Seguradoras da Bahia, de Sergipe e de Tocantins.
Contexto de mudanças climáticas Segundo Cybele Neumman, representante do Sindicato das Seguradoras da Bahia, de Sergipe e de Tocantins, neste contexto de mudanças climáticas e chuvas fortes, o seguro residencial é um importante aliado para manutenção do patrimônio físico, onde a modalidade oferece diversas coberturas, que vão além do seguro do imóvel.“O seguro residencial é um produto que garante cobertura para os mais diversos riscos que estão presentes no dia a dia, como incêndio, danos elétricos, roubo, entre outros. Sem falar na amplitude de serviços prestados, que vão desde a troca de um chuveiro elétrico, passando por serviços de conservação do imóvel até o descarte sustentável de móveis e equipamentos. Além disso, seucusto é infinitamente baixo, quando comparado proporcionalmente a outros tipos de seguros que os brasileiros estão mais habituados a contratar”, afirmou.
MPT-SE reconhece e recomenda política de diversidade e inclusão da Estácio As ações de diversidade e inclusão promovidas pelo Centro Universitário Estácio, em Sergipe, foram reconhecidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SE), que recomendou a adoção de suas práticas como referência para outras instituições de ensino superior no estado. O reconhecimento veio após audiência coletiva realizada em dezembro do ano passado, que discutiu a desigualdade racial no ambiente acadêmico e profissional.
Inclusão é um desafio urgente A iniciativa da Estácio se destaca em um cenário onde a inclusão ainda é um desafio urgente. Pesquisas apontam que 84% dos jovens negros já presenciaram ou vivenciaram situações de preconceito no ambiente educacional, e mais da metade dos estudantes universitários negros relatam terem sido vítimas de racismo. A participação de pessoas com deficiência no ensino superior ainda é de apenas 0,4%, segundo dados nacionais.
Pioneirismo da Estácio Frente a essa realidade, a Estácio tem se consolidado como pioneira em políticas afirmativas no estado. Entre as iniciativas reconhecidas pelo MPT-SE estão os grupos de afinidade voltados para mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+, entre outros. Esses espaços promovem escuta ativa, acolhimento e aprendizado contínuo.
“Cartão Amarelo”: lembrete respeitoso A advogada da instituição, Eline Mendonça, destacou a atuação do Programa de Excelência em Gestão (PEG), que reserva vagas para grupos minorizados, além da adoção do “cartão amarelo” — um símbolo educativo fixado nos crachás dos colaboradores, que serve como lembrete de condutas inclusivas e do combate à linguagem discriminatória. “Quando identificamos uma fala capacitista, racista ou homofóbica, usamos o cartão como um lembrete respeitoso da política da instituição”, explicou Eline.
Compromisso prático da Estácio Bárbara Souza, coordenadora de relacionamento da Estácio, é um exemplo vivo da eficácia dessa cultura. Mulher negra, ela ingressou como aluna de marketing e, em 2020, foi contratada como assistente no Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE). Hoje, lidera uma equipe e vê sua trajetória como reflexo do compromisso prático da instituição: “Aqui não é só discurso. É ação. Me sinto acolhida e orgulhosa por fazer parte de uma universidade que realmente pratica a inclusão.”
Práticas elogiadas e novas rodadas de diálogo O MPT-SE elogiou publicamente essas práticas e incentivou outras instituições privadas de ensino superior a seguirem o exemplo. “Eu fiquei muito contente, mas triste por saber que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Somos pioneiros, mas não estamos fazendo mais que a nossa obrigação constitucional”, afirma Eline. Nos próximos meses, novas rodadas de diálogo devem ocorrer com instituições sergipanas e o MPT-SE, buscando a construção coletiva de políticas educacionais mais representativas, que garantam não apenas o acesso, mas a permanência e o sucesso de todos os grupos sociais no ambiente acadêmico.
Jean Rezende, presidente do Sinpol-SE, é eleito por unanimidade para presidir a Feipol Nordeste O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol-SE), Jean Rezende, foi eleito por unanimidade como novo presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis do Nordeste (Feipol-NE) para os próximos dois anos. A eleição ocorreu na semana passada durante o IX Congresso da Feipol Nordeste, realizado em Natal (RN). A nova diretoria foi definida logo após a eleição e posse, com a participação dos presidentes e delegações dos sindicatos dos nove estados do Nordeste. Sergipe esteve representado pelos diretores do Sinpol-SE: Rickson Hipólito, Luís Borges, Evane da Silva Santos, Marivaldo Santos e Heráclito Menezes.
Confiança Jean Rezende agradeceu a confiança da base e das entidades coirmãs. “A diretoria da entidade sindical colocou meu nome à disposição para avaliação das demais entidades, e por aclamação, por unanimidade, todos os estados aprovaram e elegeram Sergipe para a presidência da Feipol Nordeste neste próximo biênio. É uma missão extremamente honrosa, mas também muito desafiadora. Quero dizer que a diretoria do Sinpol Sergipe está pronta para esse desafio e que não apenas o Estado de Sergipe, mas todo o Nordeste, e também os policiais civis do Brasil, poderão contar com nosso total e irrestrito empenho nesta honrosa missão”, assegurou.
Fortalecimento e diálogo A eleição de Jean Rezende para a presidência da Feipol Nordeste simboliza o reconhecimento nacional da atuação firme, ética e comprometida da atual gestão do Sinpol Sergipe. A nova diretoria assume o compromisso de fortalecer a representação sindical, ampliar o diálogo com os estados e unificar pautas essenciais para a valorização dos policiais civis do Nordeste.
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HOMENAGEM
Sergipe mais pobre, morre Ivan Valença Por Nilson Socorro
Tem frases que mesmo sendo lugar comum, em determinadas circunstâncias se encaixam como a mão e a luva. Sergipe fica hoje mais pobre. Perde um dos seus mais brilhantes e dignos jornalistas e eu um dos melhores amigos. Faleceu às 17,30 horas, desta segunda-feira, 21, aos 81 anos, o jornalista Ivan Macedo Valença. Estava internado desde o dia 21 de fevereiro passado, no Hospital da Unimed e o quadro se agravou nos últimos dias devido a problemas respiratórios e infecções.
O velório inicia às 07,00 horas desta terça-feira, no Velatório Osaf, na Rua Itaporanga, 436, Centro e o sepultamento às 11 horas, no Cemitério da Cruz Vermelha. Descansou, pois, há cerca de três anos vinha sofrendo com sua saúde debilitada, devido a progressivo e acelerado quadro de Alzheimer, diabetes complicações pulmonares. Em março de 2022 perdeu sua grande companheira, Ana Noronha Valença e, desde então, passou a morar com sua irmã, a professora Ana Macedo Valença que com dedicação samaritana dele cuidou até hoje.
Nascido em Aracaju, no dia 08 de fevereiro de 1944, Ivan Valença, culturalmente teve duas grandes paixões: o cinema e o jornalismo. E, em ambas, começou cedo e foi sempre protagonista. Como amante do cinema, desde a infância frequentava todas as salas das telonas em Aracaju. Não perdia um só lançamento. Já trabalhando, nos finais de semana, inquieto, ia para Salvador só para assistir os novos filmes antes que chegassem aos cinemas de Aracaju. Depois, quando as condições financeiras permitiam, atravessava o Atlântico em direção a Cannes, na França, só para participar do famoso festival internacional de cinema.
Como jornalista, também foi precoce. Começou por volta dos 13 anos escrevendo críticas de cinema na Gazeta de Sergipe, sua referência de trabalho mais marcante. Enfrentou, sem a ela se curvar, os anos mais duros da ditadura militar com a rígida censura imprensa.
Em 1971, com mentalidade inovadora e espírito empreendedor, em sociedade com o jornalista e empresário Nazário Ramos Pimentel, fundou o Jornal da Cidade, revolucionário na implantação do sistema de composição off set e a impressão em máquinas rotativas, substituindo a ultrapassada composição nas velhas linotipos e as impressoras planas. Quando o Jornal da Cidade foi adquirido pelo empresário Antônio Carlos Franco, Ivan retornou para a velha casa, a Gazeta de Sergipe, onde em 1978 implantou também composição off set e a impressão em cores em impressora rotativa.
Elencar os feitos de Ivan Valença é tarefa que não me arvoro pelo grau de amizade e os sentimentos pessoais que certamente podem, neste momento, embotar minha mente e diminuir sua rica biografia. Deixo para os que amanhã a essa tarefa se dedicarem, mas, me permito apenas registrar que com o jornalista Djaldino Mota Moreno e outros amantes da Sétima Arte, fundou o Clube de Cinema de Sergipe e, depois, empresarialmente, a primeira videolocadora de Sergipe. Na área gráfica, implantou a Composer que editava e imprimia jornais para os mais diferentes clientes, desde partidos políticos, órgãos públicos, prefeituras e entidades sindicais e associativas. No final dos anos 70, Ivan chegou a ser diretor da Empresa Gráfica de Sergipe – Segrase.
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Conhecei Ivan como editor da Gazeta de Sergipe. Exatamente no dia 19 de maio de 1975. Nasceu amizade que nunca se encerrou e que nesses quase 50 anos não foi acometida de qualquer intercorrência desestabilizadora. Entrei na redação da Gazeta de Sergipe, na Avenida Rio Branco, naquela noite chuvosa de maio, indicado pelo amigo jornalista Givaldo Batista, para me candidatar a uma vaga de repórter na “Faculdade de Jornalismo de Seu Orlando Dantas”.
Convivi diretamente com Ivan, na Gazeta, até 1980. Foi período de grande aprendizado. Quase tudo que aprendi no jornalismo impresso foi iniciado através dele, que não só para mim, mas, certamente para todos que ingressaram na Gazeta no início dos anos 70 e até os anos 80, foi o grande mestre do jornalismo em Sergipe. Não só das técnicas, mas, sobretudo, compromisso, dignidade e caráter no exercício profissional.
Os últimos trabalhos profissionais do Ivan foram como colunista no Jornal da Cidade, na Infonet e redator na Secretaria de Imprensa da Assembleia Legislativa. Além de meu amigo, Ivan era o padrinho de minha primogênita, Helena Cristina.
ESPECIAL
Quando um Papa morre na Páscoa! Por Padre Zezinho.
Não sei o que isto significa para vocês, mas para mim, padre catequista por 60 anos, é simbólico.
Ele sabia ! Foi lá dar a última palavra e a última benção no dia da Páscoa.
Para outras religiões PÁSCOA é passagem. Para nossos irmãos hebreus e israelitas era o dia da sua esperançosa e sofrida libertação.
Por 40 anos tinham atravessado o deserto enfrentado todos os perigos da travessia. Mas nunca mais voltariam à escravidão do Egito.
Com Moisés, sabiam que haveria outras escravidões. Não estava tudo concluído. Haveria outros desafios. Então a Páscoa para eles, era e é fundamental!
É dia de Libertação Continuada.
Para nós cristãos, católicos, ortodoxos e evangélicos também é dia do cordeiro imolado! Foi o dia em que Jesus venceu a morte e ressuscitou de madrugada!
Temos nossas diferenças , mas nisso somos iguais: é dia de LIBERTAÇÃO. Eu prego esta Teologia Bíblica que nada tem de marxista. Sem Libertação não há futuro!
Para o Papa que acaba de morrer, é dia não de luto mas de despedida e de gratidão, e não só para os católicos. FRANCISCO BERGOGLIO mostrou-se um Papa totalmente Católico: veio para todos. ( kat holos)
A todos abrangeu. Cristãos, judeus, muçulmanos, incluiu todos. Discordava com gentileza, e sem odiar. Pedia perdão quando falhava. Não excluía ninguém, mesmo quando não concordava.
Ao dar seu último passeio pelo Vaticano ele sabia que estava se despedindo. E ao pedir que orassem por ele, ele sabia que estava começando sua PÁSCOA de dois meses de sofrimento. Ele sabia!
Jesus o chamou no dia da Páscoa! Nunca teve medo e não seria agora que teria.
Deu um “ciao, adio, hasta la vuelta, Good Bye, inté, e um “a gente se vê se Deus quiser!”
Quem tentou romper com ele perdeu. Quem ficou com ele venceu . Não haveria retorno ao passado saudosista.
Como com todos os sete Papas dos últimos 60 anos, viveu uma catequese continuada, sempre com as devidas correções, mas nunca foi uma volta ao passado!
O Papa Francisco Bergoglio descansou solenemente no dia da Ressurreição de Jesus. Que linda mensagem de um Papa que fez sua Páscoa no dia da Páscoa!
Para mim ele foi mais um santo que Deus me deu a graça de conhecer . Nossa Igreja teve muitos deles nesses 60 anos de Concílio. Afinal somos a Igreja peregrina do Concílio, do diálogo e do pão repartido!
E Francisco Jorge Bergoglio foi mais um deles!
Continuou a mesma atualização desses últimos 20 séculos porque o Rio da Fé católica não corre para trás! Nas águas do Reino de Deus inaugurado por Jesus ainda não correm leite e mel. O mundo está longe de ser um paraíso de centro, de direita ou de esquerda. E os crentes incapazes de fraternidade ainda acham que Deus escolheu apenas ovelhas do seu cercado!..
O ancião de 88 anos que acaba de morrer deu mais um passo para a frente. Incluiu todos os go-el do nosso tempo. Go-el eram o que não pertenciam a nenhum grupo! Só tinham Deus por eles! E Francisco de Buenos Aires tentou incluir todos.
Francisco de bons ares, abriu as portas da Igreja EM SAÍDA para que nossa Igreja não acabasse uma igreja SEM SAÍDA!
Mundo será melhor porque ele aceitou ser mais um dos Papas dos pobres, do ecumenismo, do sínodo, de quem caminha junto e senta junto para dialogar com todos os povos! Todos eles foram frutos do Concílio desses 60 anos de mudanças urgentes e necessárias!
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Frase do Dia
“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente”. Romanos 1:20.
VATICAN NEWS
O Papa da misericórdia Andrea Tornielli
“A misericórdia de Deus é a nossa libertação e a nossa felicidade. Vivemos da misericórdia e não podemos nos dar ao luxo de ficar sem misericórdia: ela é o ar que respiramos. Somos pobres demais para estabelecer condições, precisamos perdoar, porque precisamos ser perdoados”. Se há uma mensagem que, mais do que qualquer outra, caracterizou o pontificado do Papa Francisco e está destinada a permanecer, é a da misericórdia. O Papa nos deixou repentinamente nesta manhã, depois de ter dado a última bênção Urbi et Obi no dia de Páscoa, do balcão central da Basílica de São Pedro, depois de ter dado a última volta pela multidão, para abençoar e saudar.
Muitos temas foram abordados pelo primeiro pontífice argentino na história da Igreja, em especial a preocupação com os pobres, a fraternidade, o cuidado com a Casa Comum, o firme e incondicional não à guerra. Mas o coração de sua mensagem, o que certamente causou mais impressão, é o chamado evangélico à misericórdia. A proximidade e ternura de Deus para com aqueles que se reconhecem necessitados da sua ajuda. A misericórdia como “o ar para respirar”, isto é, do que mais precisamos, sem o qual seria impossível viver.
Todo o pontificado de Jorge Mario Bergoglio foi vivido sob o lema dessa mensagem, que é o coração do cristianismo. Desde o primeiro Angelus recitado em 17 de março de 2013 da janela do apartamento papal que ele nunca habitaria, Francisco falou da centralidade da misericórdia, lembrando as palavras ditas a ele por uma senhora idosa que foi se confessar quando ele tinha sido apenas ordenado bispo auxiliar de Buenos Aires: “O Senhor perdoa tudo… Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria”.
O Papa que veio “do fim do mundo” não fez mudanças nos ensinamentos da tradição cristã de dois mil anos, mas ao trazer de modo novo a misericórdia ao centro de seu magistério, ele mudou a percepção que muitos tinham da Igreja. Ele deu testemunho da face materna de uma Igreja que se inclina sobre aqueles que estão feridos e, em particular, sobre aqueles que estão feridos pelo pecado. Uma Igreja que dá o primeiro passo em direção ao pecador, assim como Jesus fez em Jericó, convidando-se para ir à casa do pouco apresentável e odiado Zaqueu, sem lhe pedir nada, sem condições prévias. E foi por se sentir olhado e amado dessa maneira pela primeira vez que Zaqueu se reconheceu pecador, encontrando naquele olhar do Nazareno o impulso para se converter.
Muitas pessoas, há dois mil anos, ficaram escandalizadas quando viram o Mestre entrar na casa do publicano de Jericó. Tantas pessoas se escandalizaram nos últimos anos com os gestos de boas-vindas e proximidade do pontífice argentino em relação a todas as categorias de pessoas, especialmente os “pouco apresentáveis” e pecadores. Em sua primeira homilia em uma missa com o povo, na Igreja de Santa Ana, no Vaticano, Francisco disse: “Quantos de nós talvez mereceríamos uma condenação! E seria também justa. Mas Ele perdoa! Como? Com a misericórdia, que não apaga o pecado: é somente o perdão de Deus que o apaga, enquanto a misericórdia vai além. É como o céu: olhamos para o céu, tantas estrelas, mas quando o sol vem pela manhã, com tanta luz, as estrelas não podem ser vistas. Assim é a misericórdia de Deus: uma grande luz de amor, de ternura, porque Deus perdoa não com um decreto, mas com uma carícia”.
Ao longo dos anos de seu pontificado, o 266º sucessor de Pedro mostrou o rosto de uma Igreja próxima, capaz de testemunhar ternura e compaixão, acolhendo e abraçando a todos, mesmo à custa de assumir riscos e sem se preocupar com as reações dos simpatizantes. “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e suja por estar nas ruas” – escreveu Francisco na ‘Evangelii gaudium’, a road map de seu pontificado -, “do que uma Igreja doente por estar fechada e a comodidade de agarrar-se à sua própria segurança. Uma Igreja que não confia nas capacidades humanas, no protagonismo de influenciadores que só se referem a si mesmos e nas estratégias de marketing religioso, mas que se torna transparente para tornar conhecido o rosto misericordioso d’Aquele que a fundou e a faz viver, apesar de tudo, há dois mil anos.
É esse rosto e esse abraço que tantos reconheceram no idoso bispo argentino de Roma, que começou seu pontificado indo rezar pelos migrantes que morreram no mar em Lampedusa, e o terminou imobilizado em uma cadeira de rodas, dedicando todos os últimos momentos para testemunhar ao mundo o abraço misericordioso de um Deus próximo e fiel em seu amor por todas as suas criaturas.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.