Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.
Do jornalista, poeta e escritor Gilson Sousa:
Em tempos de discussões progressivas sobre mobilidade urbana nas grandes cidades do mundo, o aracajuano não tem nada para se orgulhar. Pelo contrário. Há muito o que lamentar quando se fala da capital do estado de Sergipe, o menor da federação brasileira. Constatadamente, Aracaju tem a pior malha asfáltica entre as principais Avenidas de capitais. Tirando um trecho da Beira Mar, que na verdade beira um rio, as demais avenidas são um terror para os veículos motorizados. Tancredo Neves, Hermes Fontes, Maranhão, Visconde de Maracaju, Euclides Figueiredo, José Carlos Silva, todas em péssimas condições de rodagem.
Além delas, as principais ruas do centro da cidade também sofrem com o descaso do poder público municipal. Ruas Laranjeiras, São Cristóvão, Propriá, Itaporanga, Maruim, Santo Amaro, Itabaianinha, Lagarto, tudo um horror.
De nada adianta querer levar a discussão da melhoria da mobilidade urbana falando apenas em renovação de frota de ônibus coletivo. Sim, também são uma merda, mas o problema das vias em péssimas condições afeta muito mais gente. E ainda tem quem afirme que Aracaju é a cidade do futuro. Conversa pra boi dormir.
Ansiedade exarcebada desencadeou forte diarreia na semana passada E um gestor pífio que se acha liderança política e quer a todo custo determinar o candidato a sucessão dele passou por maus bocados na semana passada durante uma reunião entre lideranças. Bastou ouvir que o candidato dele não aparece nem mesmo nas pesquisas começou a suar e pediu garantias de um compromisso para 2026. Como não gostou do que ouviu a ansiedade exarcebada desencadeou uma forte diarreia. Pelo jeito até o próximo ano haja remédio, não só para dor de barriga, mas rivotril, letoxan…
Água no feijão Na recente e apimentada feijoada da advocacia ficou claro que as pré-campanhas para sucessão da diretoria da OAB e para a formação da Lista Sêxtupla com nomes interessados no futuro cargo de desembargador já estão agitando os bastidores da seccional. O grupo chefiado pelo velho cacique Carlos Augusto Monteiro defende a reeleição do atual presidente Danniel Alves Costa.
Chapa alternativa A oposição, que andava sumida, ressurge agora mais animada pelo retorno à advocatícia do seu antigo band leader, mister Henri Clay. Essa turma já atua para lançar uma chapa alternativa à presidência da OAB que se auto-define como independente e renovadora. Para a lista de candidatos a desembargador, advogados e advogadas também já especulam nomes representativos da classe como Fabiano Feitosa, Ana Lúcia Aguiar, Rose Moraes, Aurélio Belém, Márcio Conrado, Eduardo Ribeiro, entre outros.
Estilos distintos Um detalhe curioso da festança: um grupo mobilizou adeptos e ruidosamente produziu cenas, caras e bocas, fotos e vídeos em torno do seu candidato. Outro grupo também foi criativo e intenso, porém reservado e cuidadoso com o fato, conforme recomenda o manual de cerimônias para movimentos institucionais dessa natureza e envergadura.
Aos navegantes À beira mar, um velho e sábio marinheiro da advocacia sergipana recomendou que todos os navegantes remassem devagar e, sutilmente, ainda lembrou que campanha para desembargador – com todo respeito devido aos edis – não é campanha para vereador. Os conteúdos e estilos são bem distintos e diferentes. Fica a lição.
Bacelar sobre Gustinho em CPI: Entrou com fama de vaqueiro e saiu com fama de pizzaiolo O deputado federal Gustinho Ribeiro (REPUBLICANOS-SE) pode participar de mais uma CPI na Câmara Federal, mas dessa vez como investigado. É o que propõe o também deputado federal João Bacelar (PL-BA), que acusa o sergipano de blindar alvos da CPI das Americanas. “Entrou com fama de Vaqueiro. Acabando a CPI com fama de pizzaiolo”, disse Bacelar sobre a condução de Gustinho como presidente na CPI que investigou o rombo bilionário na varejista.
“Relatório de blindagem” Bacelar concedeu entrevista semana passada ao radialista Roosevelt Santana, da Princesa FM, de Itabaiana, em Sergipe (vídeo abaixo). “Acabou em pizza a condução do deputado Gustinho Ribeiro na CPI das Americanas. A quadrilha que roubou as Americanas foi blindada pelo deputado Gustinho Ribeiro”, comentou João Bacelar durante a entrevista. Após concluídas as investigações, ele chamou o texto de “relatório da blindagem”. A CPI terminou sem indiciar os possíveis culpados pela fraude de R$ 20 bilhões na holding brasileira.
CPI da CPI Para se aprofundar na apuração da atuação do presidente da CPI, João Bacelar afirmou que irá propor a CPI da CPI das Americanas. “O deputado Gustinho Ribeiro foi ‘engavetador-mor’ de requerimento para beneficiar um grupo empresarial”, disse Bacelar durante sua participação no jornalístico da Princesa FM.
Cavalo de R$ 1 milhão Além de perguntar se havia escritórios de advocacia envolvidos na “blindagem”, o que foi confirmado por Bacelar, Roosevelt também perguntou se havia “cavalos”. “Eu vi um filme aqui e eu não sabia que o deputado Gustinho era esse empresário todo para comprar um cavalo tão caro assim”, disse sobre um arremate em leilão do animal valendo R$ 1 milhão por um suposto rancho pertencente ao deputado sergipano. “É muito estranho esse cavalo ser adquirido logo depois que acabou a CPI”, completou.
Show de entretenimento ou showmício em Campo do Brito na festa de Zominho automóveis? Até Sukita apareceu para anunciar que é candidato em Capela “Tou de volta a disputa na Capela. Serei com fé em Deus empregado do povo da Capela novamente. Rezo e peço a Deus que Campo do Brito florei e fique mais bonita e pujante…” Um dos trechos do discurso do ex-prefeito de Capela Sukita, na festa, ou showmício, em Campo do Brito que foi realizado por Zominho automóveis, pré-candidato a prefeito. O blog recebeu os vídeos que, segundo informações, foram repassados para a Justiça Eleitoral como campanha antecipada. É aguardar! Os vídeos postados aqui: Alô Sergipe e no k1 Notícias.
Sergipe na OTC Brasil 2023 O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, e equipe do Governo Estadual, estarão no Rio de Janeiro para participar, nesta terça-feira, 24, da abertura da Offshore Conference Technology Brasil – OTC Brasil 2023, um dos principais eventos mundiais dedicados à tecnologia offshore e o maior do país. Esta será mais uma oportunidade de divulgar as potencialidades energéticas sergipanas para diversos países e captar novos investimentos para o estado em várias áreas da indústria offshore, além das possibilidades de também também trazer investimentos em energia sustentável para o estado.
Vitrine Com o tema “Tecnologias para o Offshore Brasil Contribuindo para as Necessidades Energéticas Mundiais”, a OTC Brasil 2023 promete ser uma vitrine para as inovações e tecnologias necessárias para enfrentar os desafios energéticos globais. O evento ocorrerá no Centro de Convenções Expo Mag, no Rio de Janeiro, e abordará questões cruciais, incluindo novas tecnologias de perfuração, captura e armazenamento de carbono (CCUS), projetos em eólicas offshore, descomissionamento, soluções subsea e eletrificação, além de oportunidades para operadores independentes e os desafios da transição energética.
Brasil sem Misoginia Já na quarta-feira, 25, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, estará em Brasília para participar do lançamento do programa “Brasil sem Misoginia”. A iniciativa, promovida pelo Ministério das Mulheres, busca mobilizar a sociedade brasileira e estimular o debate sobre o enfrentamento à misoginia, que compreende o ódio e todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres no país. Além do governador Mitidieri, diversas autoridades e representantes de organizações engajadas na causa da igualdade de gênero também estarão presentes. A presença do governador Fábio mais um sinal do compromisso da atual gestão estadual em promover a equidade e erradicar a misoginia em todas as suas formas.
Jornada Espírita de Campo do Brito de amanhã, 25 até, quinta,26. Veja como participar. O Centro Espírita Unidos na Fé sediará JORNADA ESPÍRITA DE CAMPO DO BRITO, que acontecerá nos dia 25 e 26 de novembro de 2023, em sua sede. Os convidados: Ana Tereza Camasmei/RJ; Ítalo Francesco e Rodrigo Mendes/SE e Jorge Elarrat/RO. O evento acontecerá na sede do Centro Espírita Unidos na Fé, em Campo do Brito e o espaço só tem capacidade para 350 lugares. Como são poucos os lugares disponíveis, a instituição precisou adotar a modalidade de ingressos para dar acesso ao local o evento. Então, para assistir o evento será necessário adquirir o ingresso.
Como participar? Para cada dia do evento o ingresso será trocado por 01 pacote de leite em pó – 200g (qualquer marca). Se você deseja ir aos dois dias do evento, deverá trocar por dois pacotes de leite em pó – 200g. Os ingressos estão disponíveis nas instituições abaixo relacionadas: Aracaju – Federação Espírita de Sergipe – Rua Doctor José Mesquita Neto, 21 – Inácio Barbosa | 79 3249-2896 / 99999-2167 – Contato: Jeane Tavares; Caminho da Redenção – Permínio de Souza, 104 – Cirurgia – Contato: Fátima Neves; Irmão Fêgo – Rua Vereador João Claro, 261, Siqueira Campos – Contato: Luzi Mary; Campo do Brito – Centro Espírita Unidos na Fé – Praça Francisco Alves dos Santos, 23 – Centro – Contato: Luiz Antônio Ribeiro.
PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018
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ARTIGO
MUSEU-CASA VÓ IZABEL NO SERTÃO DE CANUDOS (BA)
Prof. Dr. Antônio Fernando de Araújo Sá
Departamento de História Universidade Federal de Sergipe
Nas últimas décadas, fiz inúmeras incursões no cenário da Guerra de Canudos, mas, recentemente, deparei-me com uma iniciativa memorial da maior importância para se pensar as batalhas da memória, o Museu-Casa Vó Izabel. Sob o influxo da “virada testemunhal do saber histórico”, que estabeleceu “novas modalidades de construção da memória, atravessadas pelos corpos, pela experiência individual e coletiva”, despedindo-se “aos poucos da noção mais abstrata e artificial de uma unidade do ‘povo’ e da ‘nação’” (SELIGMAN-SILVA, 2022, p. 31), o museu-casa se insere na proposta de democratização da noção de patrimônio, que emergiu no cenário de redemocratização no Brasil, nos anos 1980.
Não podemos esquecer que, desde os primórdios da República, os acontecimentos de Belo Monte/Canudos no Brasil foram/são fundamentais para a formação “da consciência histórica e política de um povo”, cuja memória produz significados diferenciados, segundo as representações das classes sociais e setores culturais (MACEDO e MAESTRI, 2004, p. 150-151).
Assim, longe do memoricídio do nacionalismo fundamentalista brasileiro, fundado na tríade negacionismo-apagamento-genocídios, as políticas memoriais de resistência das classes populares são fundamentais para a constituição de um patrimônio cultural que possa estimular certos traços da memória coletiva para o fortalecimento da cidadania, ampliando os horizontes classistas de determinada memória nacional.
A criação da casa-museu, em 2012, surgiu com a experiência de Paulo Régis, neto de Izabel da Conceição, como guia do Parque Estadual de Canudos após realizar curso profissionalizante da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), com o incentivo de João Batista S. Lima, então funcionário do referido parque. Segundo ele, o registro, no Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), foi realizado em 14 de dezembro de 2015, sob o nome de Museu Memórias de Régis. Posteriormente, em agosto de 2022, é transformado em Museu-Casa Vó Izabel, no Cadastro Nacional de Museus, que o registra como museu privado. Se a categoria museu-casa representa “casas que saíram da esfera privada e entraram na esfera pública, deixaram de abrigar pessoas, mas não deixaram necessariamente de abrigar objetos, muitos dos quais foram sensibilizados pelos antigos moradores da casa” (CHAGAS, 2010, p. 6), percebemos que, nesse caso, o museu-casa dedicado à Vó Izabel continua como a casa da família de Pedro Régis (Pedro Tuté), filho da homenageada. A musealização da casa traz “uma intencionalidade que ‘não é a história ou a vida mesma, senão sua evocação, não é o passado em si mesmo senão a sua representação’”. Nesse sentido, percebemos três elementos na composição do museu-casa: “o cenário (a casa), a história (vida da personagem) e a representação e teatralização (o museu-casa, com mobiliário e/ou ambientação)”. (CAYER e SCHEINER, 2021, p. 3 e 6).
A teatralização do espaço relaciona o universo familiar e cotidiano a contextos mais amplos das práticas culturais dos sertões brasileiros, como as relativas à chamada “civilização do couro”, mas também aos acontecimentos históricos da Guerra de Canudos, com a reunião de objetos garimpados no Parque Estadual de Canudos e comunidades vizinhas.
Nascida em 30 de janeiro de 1904 e falecida em 02 de março de 1994, era descendente de conselheiristas, sendo sua trajetória fortemente relacionada com a experiência histórica de Canudos. Tempos depois de seu falecimento, seu neto buscou recuperar sua presença na memória popular da região, enfatizando a institucionalização das narrativas vinculadas à UNEB, como João de Régis, e o esquecimento de outras, como a sua avó. Um aspecto relevante é que “a casa museu encena uma dramaturgia de memória toda especial, capaz de emocionar, de quebrar certas barreiras racionais, de provocar imaginações, sonhos e encantamentos” (CHAGAS, 2010, p. 6), diferenciando-se das instituições museais estatais no teatro da memória da região.
A museografia do lugar demonstra a simplicidade do modo de vida da homenageada, servindo de inspiração a outras possibilidades de memorialização da Guerra de Canudos. A centralidade da exposição preocupa-se em apresentar uma casa “autêntica” do sertão, com objetos do cotidiano feminino, como o ferro de passar de Dona Izabel, mas, ao mesmo tempo, se propõe a uma imersão na cultura local, no sentido de um turismo comunitário, marcado por atividades como o jantar sertanejo em dia de lua cheia, com bandas de pífano, de forró e comida típica do sertão.
Essa proposta de imersão cultural do visitante também está presente no envolvimento com a figura exemplar do vaqueiro, simbolizando o sertão de Canudos. Os apetrechos do cotidiano do vaqueiro podem ser usados pelos visitantes para fotografias, associando-se ao passado da civilização do couro, em que a atividade dos vaqueiros se constituiu como referência para a construção da diferença do universo sertanejo.
Os objetos reunidos no museu-casa representam uma forma de redesenhar o passado, com a intenção de mostrar os valores da cultura sertaneja e de enriquecer, no presente, os itinerários individuais e coletivos da região. Assim, a musealização não diz respeito apenas à instituição do museu em sentido estrito, mas penetra em todas as áreas da vida cotidiana.
Paralelamente, a instalação do painel no Parque Estadual de Canudos, em 24 de maio de 2022, incluindo uma poesia de José Américo Amorim e fotografia de Antônio Olavo (1987), consolida a presença memorial de Dona Izabel da Conceição como uma referência cultural na região de Canudos, estabelecendo uma memória de luta e resistência populares.
Assim, pensamos o Museu Casa Vó Izabel a partir de uma forma metonímica, em que figura o todo pela parte, para caracterizar essas iniciativas memoriais no sertão de Canudos, como um “projeto de comunidade periférica como contínuo à concreção futura do projeto de nação brasileira, transformando o primeiro em centro do segundo”. Nesse sentido, essa figura retórica metonímica “ganha ímpeto sociopolítico e passa a nomear um processo de ‘inversão’ em que o mestiço sertanejo – de Os Sertões a Grande Sertão: Veredas – é alçado à condição de ser superior ao civilizado, assumindo a condição de ideia moral e de princípio ético para a compreensão do Brasil” (SANTIAGO, 2015, p. 17).
Como construção histórica, criada intencionalmente, essa experiência museal pode contribuir para a manutenção da memória comunitária, trazendo elementos ligados às emoções e às evocações, que são “importantes para a compreensão das sociedades que as criou, recriou ou destruiu” (CAYER e SCHEINER, 2021, p. 12).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAYER, N. A., & SCHEINER, T. C. Casas históricas e museus-casa: conceitualização e desenvolvimento. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 16(2), 2021.
CHAGAS, Mário. A poética das casas museus de heróis populares. Revista Mosaico. V. 2, n. 4, 2010, p. 4-12.
MACEDO, José Rivair & MAESTRI, Mário. Belo Monte: Uma História da Guerra de Canudos. 4ª edição. São Paulo: Expressão Popular, 2004.
SANTIAGO, Silviano. Crítica de Mutirão. In: FARIA, Alexandre; PENNA, João Camilo e PATROCÍNIO, Paulo Roberto T. do (org.). Modos da margem: Figurações da marginalidade na literatura brasileira. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2015.
SELIGMAN-SILVA, Márcio. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico. Campinas: Editora da UNICAMP, 2022.
OPINIÃO
Confiar em quem? Por Antonio Samarone
A razão humana tem uma tendência para pensamentos delirantes ou assemelhados. A mente é um celeiro de ilusões. A nossa faculdade de análise é dirigida pelos desejos, interesses e ambições conscientes ou inconscientes.
Quem controla a consciência? O que é o inconsciente freudiano?
Para a ciência, a consciência é uma parte da mente, produtos do cérebro. O Eu é a consciência autobiográfica. Somos uma invenção do cérebro? A consciência somos nós, não existe uma dualidade.
A consciência é produto da evolução.
Essas verdades são frágeis. Como o cérebro, um monte de células estruturadas, produz a mente e como a mente produz a consciência?
A ciência patina, não responde de forma consistente como o cérebro faz a mente. A mente não é apenas um fenômeno físico-químico. As respostas metafísicas dependem da fé.
Não são questões simples!
A consciência é suspensa com o sono (sem sonhos), com a anestesia e com doenças cerebrais e mentais. A consciência é alterada pelo uso de substância. Como essas substâncias agem na alma?
As demências desmontam as explicações religiosas. O que ocorre com o espírito (alma)? Seguem outro caminho e abandonam antecipadamente o corpo?
A subjetividade é um imensa incógnita. A filosofia, a arte e a ciência são manifestações da mente, confirmadas ou não pela consciência.
A consciência desconfia dela própria. Aqui prá nós, uma desconfiança justificada. A fé não é necessária apenas a religião. A consciência é a mãe de todas as subjetividades.
Precisamos da fé. Talvez de uma fé objetiva, legitimada estatisticamente.
Sinto que a minha consciência anda sozinha, dirige os meus pensamentos. Também não controlo a ansiedade, ela chega. A quem cabe defender-me dessa chaga e de outras emoções patogênicas? As imagens produzidas pelas neurociências abrem fronteiras para integrar a mente ao corpo. Por fim a tradicional dualidade corpo/mente.
Acho uma bobagem interessada.
Em sentido diverso, a pôs modernidade incorporou a dualidade corpo/mente uma prótese, o celular. Somos hoje uma “trialidade”.
Urge o seu implante e a incorporação da memória do aparelho à nossa inconsistente e limitada memória. Inclusive com o acesso automático aos arquivos que estão nas nuvens.
Estou esquecendo o nome das pessoas. Sonho com uma lei que obrigue as pessoas andarem de crachá e com um código de barras na testa.
Um amigo, doutor em física, professor aposentado da UFS, acredita que a inteligência artificial é a única saída para controlar a arrogância da consciência, que a ninguém obedece.
O fanatismo político/religioso manipula eficazmente a consciência, mas com resultados duvidosos.
A inteligência artificial promete o controle da consciência pelo fanatismo racional, objetivo e planejado. Tudo sob o comando de uma nova religião, a ciência.
Estou aguardando!
PELO TWITTER
Todo fazedor de guerra não se contenta em regredir sozinho de bípede a quadrúpede. Faz questão de rolar pelos despenhadeiros do inferno com o máximo de companhia.
Não há maldade maior do que a de exterminar crianças em uma guerra suja. Devemos lutar por um mundo onde nossos pequenos possam crescer em paz e segurança. 🌍 #PelaPaz #CriançasInocentes #GuerraNuncaMais #palestinalivre
Todos nós somos culpados pela seca que assola a Amazônia. Quando provocamos o aquecimento da Mãe Terra; quando fingimos não ver o desmatamento acelerado; quando favorecemos a grilagem de terras: eis a consequência. Só os pobres que sofrem tudo isso.
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Frase do Dia
“O homem é mais duro que o ferro, mais forte que a pedra e mais frágil que uma rosa!” Provérbio turco.